Então, boas tacadas XL
O
Golfe e a Crise
Para quem joga golfe é
fácil entender o que se está a passar no mundo e em Portugal.
Uma boa pancada exige
um bom grip, firme mas não excessivamente apertado de tal forma
que contraia os músculos e iniba o movimento; uma boa postura,
equilibrada, com os pés e os ombros paralelos em relação longitudinal ao
objectivo que se quer atingir com a bola; uma boa ideia na cabeça, isto
é, uma pré-visualização do voo da bola e do destino que se quer dar-lhe.
Estes três elementos –
grip, postura e antecipação do objectivo – são a base de um bom
swing, que em condições normais proporciona os melhores
resultados.
Na economia o que está
a acontecer é que o grip é mau. Foi demasiado relaxado. Não foi
firme e os reguladores não funcionaram, não controlaram. Deixaram fazer
batota.
A postura dos agentes
económicos é irregular, porque não está assente em bases sólidas. A
energia, as suas ineficiências, a sua falta, as suas incongruências em
termos de aplicabilidade; as desigualdades que têm origem no demasiado
poder dos países mais ricos em relação aos mais pobres não é uma postura
correcta. Não está assente em bases sólidas.
A falta de estratégia
para o mundo e no caso particular de Portugal é por demais evidente. Não
há ideologia de suporte. Ninguém sabe muito bem por onde vamos. As
previsões são catastróficas. No caso português está-se completamente à
deriva. Não há destino. Nem há liderança. Ou a que se perfila não é
convincente.
Por estas razões o
swing é muito mau e só pode trazer maus resultados.
É preciso ser firme,
ser correcto e ter objectivos bem definidos. Tal qual como no golfe.
Então, boas tacadas
Fernando Nunes Pedro
fernandonp@npgolf.pt
fnp-golfe@netcabo.pt
23 de Fevereiro 2009 |