Sempre com vento, como é habitual,
realizou-se no Oitavos Dunes pela terceira vez consecutiva o Open de Portugal, cujo vencedor foi o natural da Irlanda do Norte,
Michael Hoey, 30 anos – nº 273 do ranking mundial – que derrotou,
num terceiro buraco de play-off, o madrileno Gonzalo
Fernandez-Castaño, 28 anos, após ambos terem concluído as voltas
regulamentares com 7 pancadas abaixo do par do campo.
Os dois concorrentes que efectuaram o desempate, deram ‘saltos de
gigante’ na última volta, tendo chegado ao topo da classificação, o
primeiro, procedendo do 19º lugar no fim da terceira ronda e, o
segundo, subindo ao topo da classificação após ter concluído a
penúltima jornada na primeira posição da tabela classificativa.
Hoey chegou à liderança com 66 pancadas, a melhor marca da última
jornada, após ter concretizado nas anteriores: 66, 76, e 69
pancadas, obtidas com: 2 eagles; 16 birdies; 42
pars; 11 bogeys; e, um double-bogey.
Na ronda final Hoey atingiu o 10º buraco com quatro birdies
e, após ter feito
bogey
no buraco 12, concluiu a sua prestação com mais dois birdies,
nos buracos 14e 15.
Em 2005, 2006 e 2008 Michael Hoey obteve uma vitória em cada um
destes anos, no Challenge Tour -2ª divisão do European Tour – tendo
recebido o seu último cartão de acesso ao circuito principal, na
final da Escola de Qualificação de 2008.
O natural da Irlanda do Norte após ter falhado dois cuts nos
sete eventos em que participou esta época e antes da vitória que
agora alcançou em Cascais, apresentava no seu palmarés, como melhor
resultado, um 6º lugar obtido na Madeira Islands Open BPI – Portugal.
O vice-campeão do torneio Gonzalo Castaño, detentor de três títulos
no Tour - KLM Open (2005); BMW Asian Open (2006); e, Quinn
Insurance British Masters (2008) – apurou nos Oitavos Dunes as
marcas de 70, 72, 68 e 67 pancadas, obtidas com: 17 birdies;
46 pars; 8 bogeys; e, um double-bogey.
Castaño na última ronda fez um percurso ’limpo’, sem bogeys,
consumando quatro birdies, dois em cada um dos nove buracos
da volta.
As duas primeiras tentativas de desempate, efectuaram-se no
buraco 18, par 4, tendo ambos os jogadores cumprido o par,
vindo a contenda a dirimir-se no buraco 17, par 4, em que
ambos os jogadores chegaram ao green com três pancadas, tendo
apenas o irlandês concretizado o par com um magnifico putt
de 2 metros.
O campeão do evento recebeu o prémio de 208.330 euros, valor com que
subiu na ordem de mérito – Corrida para o Dubai – à 25ª posição,
onde regista ganhos no montante de 275.226 euros, apurados em cinco
dos sete eventos que já disputou esta temporada.
O vice-campeão Castaño, com o prémio de 138.880 euros, ocupou o 31º
lugar do ranking ‘Corrida para o Dubai’, onde apresenta uma
receita em prémios no total de 241.600 euros, obtidos nos seis
torneios em que marcou presença esta época.
O 3º lugar do evento foi alcançado pelo italiano de Turin, Francesco
Molinari, 26 anos, que, como Castaño, ‘trepou’ do 11ºlugar da
classificação, ao repetir o resultado de 68 pancadas que já tinha
apurado na terceira ronda, após ter concretizado 71 shots em
cada uma das duas primeiras voltas.
Molinari – com uma única vitória no Tour obtida em 2006 no Telecom
Italian Open – recebeu 78.250 euros, como prémio e acedeu ao
16ºlugar da ‘Corrida para o Dubai’, onde exibe um total de ganhos
que se cifra em 374.937 euros, obtidos em sete dos oito torneios que
já disputou este ano.
O 4º lugar do torneio foi partilhado pelo inglês Paul Broadhurst, o
galês Jamie Donaldson e o sueco Mikael Lundberg, que concluíram as
suas prestações com 5 pancadas abaixo do par do campo.
Paul Broadhurst, 43 anos, que em 2008 disputou o BMW PGA
Championship, o seu torneio nº 500 no European Tour, obteve neste
circuito seis triunfos, dois dos quais foram no Estoril Open de
Portugal de 2005, no Oitavos Dunes e no Algarve Open de Portugal,
que se realizou, em 2006, na Penina.
Broadhurst – que agora disputou o seu torneio nº 524 no European
Tour – produziu 71, 68, 67 pancadas nas três primeiras rondas,
resultados com que liderou a prova, com uma pancada de vantagem
sobre a concorrência.
Com uma última ronda decepcionante, em que fez bogeys nos
buracos 2, 3 e 5 e um double-bogey
no buraco 13, e três birdies nos buracos 8, 14 e 16, que não
foram suficientes para lhe aliviar o score, que acabou por se fixar
nas 73 pancadas.
Broadhurst – que esteve perto de conseguir o ‘hat trick’ – e o
escocês Sam Torrance – que participou no torneio mas não passou o
cut ao registar 75 e 76 pancadas – são até à data os únicos
jogadores que nos 53 anos de história do Open de Portugal,
conseguiram obter duas vitórias consecutivas, tendo o escocês
concretizado tal feito nos anos de 1982 e 1983.
Outros anteriores vencedores do torneio que se classificaram nesta
edição do Open foram os seguintes: o francês Gregory Bourdy, que
defendia o título e que obteve o 7º lugar empatado, ao concretizar 4
pancadas abaixo do par do campo; o sueco Michael Janzon (1997) –
12ºE/-3; o amador espanhol Pablo Martin que com 20 anos conquistou o
título em 2007 e agora se classificou na 36ª posição, empatado, com
uma pancada acima do par; e Philip Price (2001, 1994) –
54ºE/+3.
Uma referência especial para um habitual participante no Open de
Portugal, o holandês Maarten Lafeber, que desta feita, no fim da
terceira ronda chegou a partilhar o 2º lugar, com o excelente
resultado de 64 pancadas, a melhor marca do torneio – que o inglês
Ross McGowen também obteve na primeira volta – e que depois se viu
relegado para a 12ª posição do evento, ao concluir o mesmo com 74
pancadas.
Outros jogadores que destacamos obtiveram as classificações e
resultados seguintes: Alastair Forsyth, Paul Lawrie (vencedor do
British Open de 1999) – 7ºE/-4; Thomas Björn, Andrew McLardy – 31ºE/par;
David Drysdale, Miles Tunnicliff – 43ºE/+2; Estanislau Goya
(vencedor do Open da Madeira que se realizou há duas semanas), Paul
McGinley – 54ºE/+3
Dos portugueses, os que disputaram o torneio no fim de semana foram
os seguintes, que obtiveram as classificações e resultados
indicados:
Ricardo Santos (68, 74, 76 e 69) – 54ºE/+3
António Sobrinho (69, 72, 78 e 70) – 69ºE/+6
Tiago Cruz (71, 71, 78 e 72) – 75º/+9
Nuno Campino (70, 74, 79 e 72) – 76º/+11.
Os restantes jogadores portugueses que participaram na competição
não passaram o cut:
Profissionais:
89ºE – José Filipe Lima (69, 77)
134ºE – António Rosado (77, 74)
145º - Hugo Santos (76, 78)
Amadores:
101ºE – José Maria Jóia (76, 71)
117ºE –Pedro Figueiredo (75, 74)
117ºE – Tiago Rodrigues(75, 74)
125º E – Manuel Violas (71, 79).
De notar o maior número de jogadores profissionais portugueses este
ano que passaram o cut, que se estabeleceu nas 144 pancadas
(+3 pancadas), deixando fora da prova 74 jogadores, dos
150 concorrentes iniciais.
Ricardo Santos, 26 anos, passou pela primeira vez o cut no
Open de Portugal, tendo até agora obtido quatro 4º lugares no
Challenge Tour, e vencido, em 2008,em Vilamoura, um torneio do EuroPro Tour (3º divisão do European Tour).
Filipe Lima, que obteve o 12º lugar no Open da Madeira deste ano e
que em 2005, neste mesmo palco, no Oitavos Dunes, tinha obtido o 3º
lugar no Open de Portugal, viu o ‘seu mundo desabar’ com os
resultados que desta feita produziu, que o colocaram longe dos seus
objectivos anteriormente anunciados.
Dentre participantes no torneio que foram eliminados no fim da
segunda ronda destacamos os seguintes: Nick Dougherty; Thomas Levet;
Graeme Storm; Ignacio Garrido; Peter Lawrie; Bradley Dredge; Anders
Hansen; John Bickerton; Felipe Aguilar; Jean Van de Velde; e, Garry
Orr (vencedor em 2000). |