Com quatro ‘birdies’ e um fantástico ‘eagle’ (no
buraco 8, o seu penúltimo do dia) nesta sua primeira volta, Filipe
Lima fez questão de salientar o facto de não ter cometido nenhum ‘bogey’,
um aspecto que frisa andar a trabalhar, por saber que só dessa forma
é possível ganhar torneios deste nível (ver declarações de Lima em
baixo).
Filipe Lima, que em 2004 ganhou o Open de St. Omer,
então ainda quando detinha nacionalidade francesa, procura agora o
seu segundo título do European Tour e é a grande esperança
portuguesa, dado que nenhum dos outros 13 golfistas portugueses se
encontra no ‘cut’ provisório.
A segunda volta começa amanhã (sexta-feira) às 08:10
horas, mas Filipe Lima só sai às 14 horas, do buraco nº1. Dos 156
jogadores, só os 65 primeiros e empatados se apurarão para os dois
últimos dias do torneio.
O Madeira Islands Open BPI Portugal é alvo de uma
cobertura televisiva considerável, com resumos diários distribuídos
pelo European Tour que atingem os 220 milhões de lares em todo o
Mundo, num total de 460 horas de televisão. Esta cobertura
televisiva transformou o Madeira Islands Open BPI Portugal no evento
desportivo que mais promove a Região Autónoma da Madeira no
exterior.
O 18º Madeira Islands Open BPI Portugal conta para o Ranking Mundial
de Golfe, para a Corrida para o Dubai (Ordem de Mérito do European
Tour) e para a tabela europeia da Ryder Cup que este ano, no País de
Gales, coloca uma vez mais em confronto as selecções da Europa e dos
Estados Unidos.
O ‘top-ten’ da classificação geral do Madeira Islands Open BPI
Portugal, após 18 buracos ao Porto Santo Golfe, está ordenado do
seguinte modo:
1º Filipe Lima (Portugal), 66 pancadas (6 abaixo do Par)
1º Chris Gane (Inglaterra), 66 (-6)
1º Ben Evans (Inglaterra), 66 (-6)
1º George Murray (Escócia), 66 (-6)
5º Andrew McArthur (Escócia), 67 (-5)
5º Julien Quesne (França), 67 (-5)
5º James Morrison (Inglaterra), 67 (-5)
5º Oliver Fisher (Inglaterra), 67 (-5)
10º Alessandro Tadini (Itália), 68 (-4)
10º Fredrik Andersson (Suécia), 68 (-4)
10º Simon Thornton (Irlanda), 68 (-4)
10º Philip Archer (Inglaterra), 68 (-4)
Outros portugueses
74º Ricardo Santos, 73 (+1)
74º Hugo Santos, 73 (+1)
74º Ricardo Melo Gouveia, 73 (+1)*
94º Nuno Campino, 74 (+2)
113º António Rosado, 75 (+3)
113º Tiago Cruz, 75 (+3)
121º Manuel Violas, 76 (+4)*
137º António Dantas, 77 (+5)
143º João Pedro Sousa, 78 (+6)
143º Henrique Paulino, 78 (+6)
143º António Sobrinho, 78 (+6)
152º Duarte Freitas, 81 (+9)
156º Edgar Rodrigues, 92 (+20)
* Amador
FILIPE LIMA
-6 (66 PANCADAS)
«Estive muito seguro do meu jogo, desde o início até final. Estava um
pouco stressado e com as mãos suadas no início, mas depois fiquei
contente, porque aquele eagle que fiz no buraco 8 salvou-me o dia. O dia
estava a correr bem, mas tinha falhado os PAR 5 e estava um pouco
zangado comigo.
«Ganhar o torneio? É só a primeira volta, ainda falta muito jogo. Mas
vou manter os pés em cima da terra, vou treinar, mas vim cá para tentar
o melhor possível.
«Jogar em casa é sempre bom. O público ajuda, mexe um pouco connosco, os
fotógrafos também fazem um pouco de barulho, mas isso faz parte do nosso
trabalho.
«Amanhã? Um dia de cada vez. Agora vou almoçar, depois treinar e à noite
quero ver se durmo bem. E esperar pelo tempo que vai fazer amanhã. Nunca
se sabe que tempo vai fazer.
«Gosto deste campo. O hole-in-one que fiz o ano passado foi sorte. O ano
passado joguei o PRO-AM com Manuel Agrellos e ele fez um hole-in-one no
15 e eu fiz o ‘ace’ durante o torneio. Este ano joguei com o Jarmo
Sendelin e ele fez também um hole-in-one no 15, por isso nunca se sabe.
«O aspecto mais importante a salientar do dia de hoje foi não ter feito
qualquer bogey. Para se ganhar um torneio, a pessoa tem de fazer poucos
bogeys e esse tem sido o meu problema: fazer muitos bogeys. Estou a
trabalhar para conseguir apresentar um jogo mais seguro, para não fazer
tantos bogeys.
«É verdade que este field é um pouco jovem, muitos destes jogadores vêm
dos torneios do Challenge, são muito competitivos. Estou aqui com o
sentimento que sou um dos favoritos, por ser um dos jogadores do Tour e
há poucos assim e isso é uma boa sensação, enche o peito, os outros
olham para mim e isso é importante porque nos dá confiança. Esse é o
sentimento que têm dez ou 15 jogadores que aqui estão.
«Vento? Melhor não pode ser. Este vento (a favor) é que é bom. Num PAR 5
com duas pancadas chega-se ao green; o 8 tem o vento a ajudar e chega-se
lá com duas. Quando não há vento nenhum não se sabe para onde se deve
jogar. O segundo shot do 8 (o seu 17º do dia) foi o shot do dia. Saiu
mesmo como estava a pensar; um shot de madeira-3 de 250 metros, mais 14
metros por ser a subir, uns 264, fiquei a uns 3,5 metros da bandeira
(para eagle).
«O grupo era bom e quando assim é uns puxam pelos outros. Pensa-se
sempre qual de nós é que vai ficar melhor.
«Não sei o porquê de aqui no Porto Santo fazer melhores resultados do
que acontecia no Santo da Serra. Jogo melhor neste campo.
«Mas gosto muito do campo do Santo da Serra. Sempre gostei do desenho do
campo, das vistas, mas a verdade que aqui quando chegamos aos buracos 13
e 14 ficamos sem palavras. Estes dois campos aqui na Madeira são muito
bons.
«O ano passado fiquei algo irritado por não ficar no top-ten. Este ano
estou melhor. Mas esta é a primeira volta e eu estou aqui a tentar fazer
o melhor resultado possível».
RICARDO SANTOS
+1 (73 PANCADAS)
«Não correu tão bem como esperava. Joguei relativamente sólido, “patei”
bem, só que a bola não entrava de maneira nenhuma.
«Fiz sempre bons putts, mas a bola andava sempre a roçar, a fazer
gravatas, enfim. São situações que não controlamos.
«É uma questão de sorte e hoje ela não esteve do meu lado. Pode ser que
amanhã esteja.
«Claro que não é uma volta muito má, pelo menos não é comprometedora.
Uma pancada acima é sempre recuperável, para isso há que manter o jogo
sólido e esperar.
«Esta é a terceira vez que jogo neste campo. Este ano o campo está mais
acessível que no ano passado. Os greens estão um pouco mais softs,
recebem melhor a bola e neste campo isso facilita um pouco. De resto
está tudo igual.
«A dificuldade do vento é sempre o factor principal.
«Há quem goste de jogar assim com vento, porque dificulta mais e pela
teoria os scores são mais altos. Mas se perguntar aos jogadores a
maioria prefere jogar sem vento. Como sabem que sem vento fazem muitos
birdies e os scores são muito baixos, então dizem que preferem jogar com
vento para equilibrar mais, para dificultar mais e acho que é nesse
sentido que dizem que preferem jogar com vento.
HUGO SANTOS
+1 (73 PANCADAS)
«A primeira metade desta primeira volta correu-me bem, a segunda metade
correu-me menos bem. Falhei alguns shots, fiz bogeys, não muitos, mas
esperava ter feito um pouco melhor. Queria ter feito o PAR do campo. Não
é um resultado comprometedor, mas não foi o que desejava. Amanhã espero
fazer melhor.
«O campo se o ano passado estava bom, então acho que este ano ainda está
melhor. Os greens estão espectaculares. Está menos vento e com este
sol».
RICARDO MELO GOUVEIA
+1 (73 PANCADAS)
«Joguei bem, menos no buraco 12. Fiz um duplo bogey, mas no resto joguei
bem. Bati bem na bola. Os putts também não entraram, mas há que ter
paciência.
«O vento aqui é normal. O tempo esteve bom, o campo está óptimo.
«Este campo é-me familiar. Fui aqui campeão nacional (amador) em Abril
de 2009 e antes, há quatro anos, já tinha aqui jogado o Campeonato
Internacional de Portugal.
«São jogos diferentes, os de amadores e este agora entre profissionais.
Esta é a primeira prova do European Tour que eu jogo, tem jogadores
diferentes, ao contrário do campeonato nacional, que tem pessoas que
vemos todos os dias e dá um ambiente mais familiar. Aqui é cada um por
si.
«É óptimo, é uma experiência única e estou a adorar. Espero que amanhã
corra bem e dê para seguir em frente».