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18º Madeira Island Open BPI Portugal

FILIPE LIMA PASSA O CUT

 

Filipe Lima foi o único português a passar o ‘cut’ e a qualificar-se para as duas últimas jornadas do 18º Madeira Islands Open BPI Portugal, o torneio do PGA European Tour, de 700 mil euros em prémios monetários que, pelo segundo ano consecutivo, se desenrola no Porto Santo Golfe, sob a organização da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo.

 

Um ano depois de ter alcançado a melhor classificação de sempre de um golfista português no evento madeirense (12º lugar), Filipe Lima volta a estar em boa posição de estabelecer um novo recorde, apesar de ter registado um valente tombo do primeiro para o 25º lugar, que poderia ter sido ainda maior caso não tivesse logrado dois bons ‘birdies’ nos últimos sete buracos. O início de segunda volta foi desastroso, com cinco ‘bogeys’ nos primeiros 10 buracos.

 

O nº1 português totaliza agora 141 pancadas (66 ontem e 75 hoje), 3 abaixo do Par do percurso desenhado por Severiano Ballesteros, e apesar de já estar a 9 ‘shots’ do novo líder, o inglês James Morrison, tem ainda legítimas aspirações a um excelente resultado, quiçá ao próprio título (ler transcrição das declarações em baixo).

 

James Morrison, que se qualificou no ano passado para o European Tour (I Divisão do golfe europeu) através do Challenge Tour (II Divisão), subiu da 5ª posição para o comando de hoje, após voltas de 67 e 65, que lhe dão um agregado de 132 (-12).

 

Dos quatro comandantes de ontem, nos quais se incluía Lima, só um se manteve bem classificado após os primeiros 36 buracos: o escocês George Murray, agora segundo classificado, a apenas 1 ‘shot’ do líder. 

 

O terceiro classificado é o irlandês Simon Thornton, com 134 pancadas (-10), que, como está a apenas 2 ‘shots’ do comandante, sabe que pode conquistar na Madeira o seu primeiro título do European Tour.

 

É essa miragem do título, ele que tem uma categoria que não lhe permite jogar todas as provas do circuito europeu, que o faz manter-se no Porto Santo, mesmo depois de ter sido avisado pela sua mulher que amanhã vai ser pai pela primeira vez. «Foi uma decisão muito conversada em família, mas esta é uma grande oportunidade e não posso desperdiçá-la», disse Thornton.

 

O segundo dia de prova ficou marcado por dois sempre espectaculares ‘hole-in-one’, por autores diferentes, mas ambos com um ferro-4.

 

O alemão Bernd Ritthammer foi o primeiro a concretizá-lo, no buraco 7, de 200 metros, razão pela qual foi presenteado pela Casa Manuel dos Santos com um valioso relógio Maurice Lacroix.

 

«Foi o primeiro ‘hole-in-one’ da minha carreira em competição, embora já tivesse feito dois em treinos e o relógio é óptimo porque ainda não tinha nenhum», disse o germânico, que estava igualmente feliz por ter passado o ‘cut’, depois de receber o prémio das mãos do Dr. José Carlos Agrellos do BPI e do Engº. Francisco Taboada, promotor do evento e presidente da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo.

 

O segundo ‘hole-in-one’, que já não teve direito a relógio, foi do escocês Callum MaCaulay, parceiro de jogo do líder James Morrison, no buraco nº9, um Par-3 de 189 metros. «É o meu quinto ‘hole-in-one’, o quarto em competição, o segundo como profissional e o segundo deste ano em torneios do European Tour depois do que fiz na África do Sul no início da época», disse MaCaulay, o vice-campeão do Madeira Islands Open BPI Portugal de 2009.

 

A penúltima volta começa amanhã (sábado) às 08:30 horas, só com os 69 jogadores que passaram o ‘cut’, ficado no Par do campo. Filipe Lima só sai às 10:40 horas, do buraco nº1.

 

O Madeira Islands Open BPI Portugal é alvo de uma cobertura televisiva considerável, com resumos diários distribuídos pelo European Tour que atingem os 220 milhões de lares em todo o Mundo, num total de 460 horas de televisão. Esta cobertura televisiva transformou o Madeira Islands Open BPI Portugal no evento desportivo que mais promove a Região Autónoma da Madeira no exterior.

 

 

O 18º Madeira Islands Open BPI Portugal conta para o Ranking Mundial de Golfe, para a Corrida para o Dubai (Ordem de Mérito do European Tour) e para a tabela europeia da Ryder Cup que este ano, no País de Gales, coloca uma vez mais em confronto as selecções da Europa e dos Estados Unidos.

 

O ‘top-ten’ da classificação geral do Madeira Islands Open BPI Portugal, após 36 buracos ao Porto Santo Golfe, está ordenado do seguinte modo:

 

1º James Morrison (Inglaterra), 132 (67+65), -12

2º George Murray (Escócia), 133 (66+67), -11

3º Simon Thornton (Irlanda), 134 (68+66), -10

4º Andrew McArthur (Escócia), 137 (67+70), -7

4º John Parry (Inglaterra), 137 (71+66), -7

4º Jamie McLeary (Escócia), 137 (67+70), -7

4º Alejandro Cañizares (Espanha), 137 (70+67), -7

8º Chris Gane (Inglaterra), 138 (66+72), -6

8º Steven Jepsen (Suécia), 138 (70+68), -6

8º Lorenzo Gagli (Itália), 138 (70+68), -6

 

Português que passou o ‘cut’

 

25º Filipe Lima, 141 (66+75), -3

 


 

Portugueses que não passaram o ‘cut’

 

84º Tiago Cruz, 146 (75+71), +2

91º António Rosado, 147 (75+72), +3

91º Hugo Santos, 147 (73+74), +3

91º Ricardo Santos, 147 (73+74), +3

91º Manuel Violas, 147 (76+71), +3*

126º Ricardo Melo Gouveia, 151 (73+78), +7*

135º António Sobrinho, 153 (78+75), +9

143º Nuno Campino, 155 (74+81), +11

146º António Dantas, 156 (77+79), +12

151º João Pedro Sousa, 159 (78+81), +15

152º Duarte Freitas, 161 (81+80), +17

153º Henrique Paulino, 163 (78+85), +19

154º Edgar Rodrigues, 183 (92+91), +39

 

* Amador

 

 FILIPE LIMA

-3 (141 PANCADAS)

 

«Saí do campo cansado, e contente, porque foi um dia cansativo para mim. Não sei o que se passava com o swing, senti dificuldades, estava cansado não sei bem porquê. Mas lutei o dia todo e foi mais uma experiência. Foi um teste à minha cabeça a ver se ela se segura bem e a verdade é que se aguentou, podia ter estourado hoje pelo que me aconteceu nos primeiros nove buracos. Segurei e acabei bem o dia. O resultado é mau, mas não estou fora. Faltam dois dias e vamos ver o que se vai passar.

 

«Três bogeys seguidos nos primeiros nove buracos… foram bons bogeys. Estou contente. Num bogey poderia ter feito muito mais, noutro pus o drive fora, fiz approach do lado direito não sei como; no outro pus o ferro na água, salvei outra vez approach e putt. Poderia ter passado com sete ou oito acima ao fim dos nove buracos, mas salvei um bocadinho com o meu pitching e putting e foi um bom teste para à minha cabeça (força mental).

 

«Amanhã espero que esteja vento, para recuperar alguns pontos. Senti-me bem no campo, mas os shots não saíram bem. Não sei o que se passou. Falhanço da cabeça e das pernas, acontece, mas estou bem. É muito diferente jogar de manhã ou à tarde. Hoje o vento virou e é verdade que este vento é mesmo mais difícil, porque houve vento cruzado em todos os buracos e não se sabia se ele estava a favor ou contra. Hoje de tarde esteve mais difícil. Eu joguei mal, mas era mais difícil, é preciso reconhecer. Só houve um bom resultado hoje de tarde? Pois, não tem a ver».

 

Press-Release
Gab. Imprensa Madeira Island Open.
09/04/2010

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Revised: 13-05-2010 .