James Morrison, que se qualificou no ano passado para
o European Tour (I Divisão do golfe europeu) através do Challenge
Tour (II Divisão), subiu da 5ª posição para o comando de hoje, após
voltas de 67 e 65, que lhe dão um agregado de 132 (-12).
Dos quatro comandantes de ontem, nos quais se incluía
Lima, só um se manteve bem classificado após os primeiros 36
buracos: o escocês George Murray, agora segundo classificado, a
apenas 1 ‘shot’ do líder.
O terceiro classificado é o irlandês Simon Thornton,
com 134 pancadas (-10), que, como está a apenas 2 ‘shots’ do
comandante, sabe que pode conquistar na Madeira o seu primeiro
título do European Tour.
É essa miragem do título, ele que tem uma categoria
que não lhe permite jogar todas as provas do circuito europeu, que o
faz manter-se no Porto Santo, mesmo depois de ter sido avisado pela
sua mulher que amanhã vai ser pai pela primeira vez. «Foi uma
decisão muito conversada em família, mas esta é uma grande
oportunidade e não posso desperdiçá-la», disse Thornton.
O segundo dia de prova ficou marcado por dois sempre
espectaculares ‘hole-in-one’, por autores diferentes, mas ambos com
um ferro-4.
O alemão Bernd Ritthammer foi o primeiro a
concretizá-lo, no buraco 7, de 200 metros, razão pela qual foi
presenteado pela Casa Manuel dos Santos com um valioso relógio
Maurice Lacroix.
«Foi o primeiro ‘hole-in-one’ da minha carreira em
competição, embora já tivesse feito dois em treinos e o relógio é
óptimo porque ainda não tinha nenhum», disse o germânico, que estava
igualmente feliz por ter passado o ‘cut’, depois de receber o prémio
das mãos do Dr. José Carlos Agrellos do BPI e do Engº. Francisco
Taboada, promotor do evento e presidente da Sociedade de
Desenvolvimento do Porto Santo.
O segundo ‘hole-in-one’, que já não teve direito a
relógio, foi do escocês Callum MaCaulay, parceiro de jogo do líder
James Morrison, no buraco nº9, um Par-3 de 189 metros. «É o meu
quinto ‘hole-in-one’, o quarto em competição, o segundo como
profissional e o segundo deste ano em torneios do European Tour
depois do que fiz na África do Sul no início da época», disse
MaCaulay, o vice-campeão do Madeira Islands Open BPI Portugal de
2009.
A penúltima volta começa amanhã (sábado) às 08:30
horas, só com os 69 jogadores que passaram o ‘cut’, ficado no Par do
campo. Filipe Lima só sai às 10:40 horas, do buraco nº1.
O Madeira Islands Open BPI Portugal é alvo de uma
cobertura televisiva considerável, com resumos diários distribuídos
pelo European Tour que atingem os 220 milhões de lares em todo o
Mundo, num total de 460 horas de televisão. Esta cobertura
televisiva transformou o Madeira Islands Open BPI Portugal no evento
desportivo que mais promove a Região Autónoma da Madeira no
exterior.
O 18º Madeira Islands Open BPI Portugal conta para o Ranking Mundial
de Golfe, para a Corrida para o Dubai (Ordem de Mérito do European
Tour) e para a tabela europeia da Ryder Cup que este ano, no País de
Gales, coloca uma vez mais em confronto as selecções da Europa e dos
Estados Unidos.
O ‘top-ten’ da classificação geral do Madeira Islands Open BPI
Portugal, após 36 buracos ao Porto Santo Golfe, está ordenado do
seguinte modo:
1º James Morrison (Inglaterra), 132 (67+65), -12
2º George Murray (Escócia), 133 (66+67), -11
3º Simon Thornton (Irlanda), 134 (68+66), -10
4º Andrew McArthur (Escócia), 137 (67+70), -7
4º John Parry (Inglaterra), 137 (71+66), -7
4º Jamie McLeary (Escócia), 137 (67+70), -7
4º Alejandro Cañizares (Espanha), 137 (70+67), -7
8º Chris Gane (Inglaterra), 138 (66+72), -6
8º Steven Jepsen (Suécia), 138 (70+68), -6
8º Lorenzo Gagli (Itália), 138 (70+68), -6
Português que passou o ‘cut’
25º Filipe Lima, 141 (66+75), -3
Portugueses que não passaram o ‘cut’
84º Tiago Cruz, 146 (75+71), +2
91º António Rosado, 147 (75+72), +3
91º Hugo Santos, 147 (73+74), +3
91º Ricardo Santos, 147 (73+74), +3
91º Manuel Violas, 147 (76+71), +3*
126º Ricardo Melo Gouveia, 151 (73+78), +7*
135º António Sobrinho, 153 (78+75), +9
143º Nuno Campino, 155 (74+81), +11
146º António Dantas, 156 (77+79), +12
151º João Pedro Sousa, 159 (78+81), +15
152º Duarte Freitas, 161 (81+80), +17
153º Henrique Paulino, 163 (78+85), +19
154º Edgar Rodrigues, 183 (92+91), +39
* Amador
«Saí do campo cansado, e contente, porque foi um dia cansativo para mim.
Não sei o que se passava com o swing, senti dificuldades, estava cansado
não sei bem porquê. Mas lutei o dia todo e foi mais uma experiência. Foi
um teste à minha cabeça a ver se ela se segura bem e a verdade é que se
aguentou, podia ter estourado hoje pelo que me aconteceu nos primeiros
nove buracos. Segurei e acabei bem o dia. O resultado é mau, mas não
estou fora. Faltam dois dias e vamos ver o que se vai passar.
«Três bogeys seguidos nos primeiros nove buracos… foram bons bogeys.
Estou contente. Num bogey poderia ter feito muito mais, noutro pus o
drive fora, fiz approach do lado direito não sei como; no outro pus o
ferro na água, salvei outra vez approach e putt. Poderia ter passado com
sete ou oito acima ao fim dos nove buracos, mas salvei um bocadinho com
o meu pitching e putting e foi um bom teste para à minha cabeça (força
mental).
«Amanhã espero que esteja vento, para recuperar alguns pontos. Senti-me
bem no campo, mas os shots não saíram bem. Não sei o que se passou.
Falhanço da cabeça e das pernas, acontece, mas estou bem. É muito
diferente jogar de manhã ou à tarde. Hoje o vento virou e é verdade que
este vento é mesmo mais difícil, porque houve vento cruzado em todos os
buracos e não se sabia se ele estava a favor ou contra. Hoje de tarde
esteve mais difícil. Eu joguei mal, mas era mais difícil, é preciso
reconhecer. Só houve um bom resultado hoje de tarde? Pois, não tem a
ver».