Falando de recordes, as 65 pancadas (-7) que Morrison carimbou ontem,
hoje igualadas pelo seu compatriota Oliver Fisher, são um novo mínimo
para 18 buracos enquanto um Par-72. No ano passado, quando o campo se
jogou como um Par-71, o inglês Richard Bland e o escocês Callum MaCaulay
tinham assinado cartões de 64 (-7).
Na classificação geral, entre os ingleses Morrison (-18) e Fisher (-12),
aparece o escocês George Murray (-15), que manteve o segundo lugar,
enquanto o irlandês Simon Thornton (-11) é quarto e admitiu que se
sentiu nervoso todo o dia por ser obrigado a ter o telemóvel desligado e
não saber se já teria sido pai. A primeira coisa que fez quando chegou à
clubhouse foi ligar o telefone e tinha um SMS da sua mulher dizendo que,
afinal, o parto terá de esperar por amanhã.
Outra curiosidade do dia foi o concurso de apostas que se fizeram no
torneio em redor do The Grand National, a famosa corrida de cavalos que
deixa os britânicos em polvorosa. Como só havia 40 cavalos em
competição, limitaram-se as apostas a esse número, de um euro cada uma,
e o vencedor dos 40 euros foi o inglês Gary Clark, que poderá ainda
almejar amanhã ao bem mais elevado primeiro prémio de 116.660 euros
reservados ao campeão do Madeira Islands Open BPI Portugal, uma vez que
está no quinto lugar, a 9 pancadas do comandante.
Regressando a Filipe Lima (ler entrevista em baixo), o único português a
passar o ‘cut’, a sua terceira volta foi semelhante à segunda, isto é,
com um mau início de jornada, bem compensado com um final espectacular.
O nº176 na Corrida para o Dubai e 224º golfista mundial cometeu um
terrível ‘duplo-bogey’ no buraco nº3, depois de um promissor ‘birdie’ no
2 que teve repetição no 5, mas voltou a sofrer ‘bogeys’ nos buracos 6 e
9, neste último por causa de um ‘putt’ falhado de menos um metro. Já os
segundos 9 buracos foram um festival de cinco ‘birdies’ e apenas um ‘bogey’.
A última volta começa amanhã (Domingo) às 08:50 horas, só com os 69
jogadores que passaram o ‘cut’. Como a organização optou por saídas
simultâneas dos ‘tees’ dos buracos 1 e 10, isso significa que a
cerimónia de entrega de prémios deverá decorrer entre as 16 e 17 horas,
no Porto Santo Golfe. Filipe Lima sai às 09:30 horas, do nº1.
O Madeira Islands Open BPI Portugal é alvo de uma cobertura televisiva
considerável, com resumos diários distribuídos pelo European Tour que
atingem os 220 milhões de lares em todo o Mundo, num total de 460 horas
de televisão. Esta cobertura televisiva transformou o Madeira Islands
Open BPI Portugal no evento desportivo que mais promove a Região
Autónoma da Madeira no exterior.
O 18º Madeira Islands Open BPI Portugal conta para o Ranking Mundial de
Golfe, para a Corrida para o Dubai (Ordem de Mérito do European Tour) e
para a tabela europeia da Ryder Cup que este ano, no País de Gales,
coloca uma vez mais em confronto as selecções da Europa e dos Estados
Unidos.
Classificação
O ‘top-five’ da classificação geral do Madeira Islands Open BPI
Portugal, após 54 buracos ao Porto Santo Golfe, está ordenado do
seguinte modo:
1º James Morrison (Inglaterra), 198 (67 65 66), -18
2º George Murray (Escócia), 201 (66 67 68), -15
3º Oliver Fisher (Inglaterra), 204 (67 72 65), -12
4º Simon Thornton (Irlanda), 205 (68 66 71), -11
5º John Parry (Inglaterra), 208 (71 66 70), -9
5º Gary Clark (Inglaterra), 208 (69 70 68), -9
Português que passou o ‘cut’
19º Filipe Lima, 211 (66 75 70), -5
Portugueses que não passaram o ‘cut’
84º Tiago Cruz, 146 (75 71), 2
91º António Rosado, 147 (75 72), 3
91º Hugo Santos, 147 (73 74), 3
91º Ricardo Santos, 147 (73 74), 3
91º Manuel Violas, 147 (76 71), 3*
126º Ricardo Melo Gouveia, 151 (73 78), 7*
135º António Sobrinho, 153 (78 75), 9
143º Nuno Campino, 155 (74 81), 11
146º António Dantas, 156 (77 79), 12
151º João Pedro Sousa, 159 (78 81), 15
152º Duarte Freitas, 161 (81 80), 17
153º Henrique Paulino, 163 (78 85), 19
154º Edgar Rodrigues, 183 (92 91), 39
* Amador
FILIPE LIMA
-5 (66 75 70 PANCADAS = 211)
«Joguei bem, falhei uns putts curtos nos primeiros 9 buracos o que me
deixou triste. Fiz aquele duplo-bogey no buraco nº3 mas fora isso foi
uma volta muito boa, dei boa luta e no final joguei muito bem no “back
nine” (últimos 9 buracos), deixando-me, portanto, boas expectativas para
amanhã.
«Senti dificuldades nos primeiros 9 buracos, tal como ontem, mas ontem
joguei mal. Os 9 primeiros buracos são mais difíceis. Hoje joguei com
medo de repetir os erros de ontem, estava com as mãos apertadas no taco,
mas depois a partir dos buracos 4 e 5 relaxei um bocadinho.
«No buraco 18 falhei o drive para a esquerda e a bola foi para o buraco
12, mas calhou ficar boa, no fairway. O meu caddie disse-me para lhe dar
com o taco de madeira-3 porque tinha distância para ir ao green.
Disse-lhe: “Ok. Estamos aqui para fazer birdies hoje, não é? Então vamos
lá”. Dei um shot muito bom e por 20 centímetros a bola não foi ao
buraco. Fiz um birdie e estou muito contente porque tentei. Foi
merecido.
«Para amanhã, acho que as perspectivas vão ser boas. Hoje relaxei um
bocadinho, fiz um bom jogo, sinto-me melhor e amanhã vou atacar e ver o
que se vai passar.
«O objectivo não é melhorar o 12.º lugar do ano passado. O meu objectivo
principal é ganhar sempre os torneios. Se fizer melhor do que o ano
passado, óptimo, se não fizer não faz mal, mas amanhã vou tentar fazer o
melhor possível, baixar o máximo na classificação e ver o que se passa.
(Pergunta: Que sensação tem neste momento? De dever cumprido, ou que
poderia ter feito melhor?) «É metade, metade. Joguei mal ontem, mas isso
acontece, lutei bem ontem, lutei bem hoje, por mim, fiz o meu trabalho.
Claro que poderia ter feito melhor, mas todos sabemos como é difícil. Às
vezes não sai. Estou contente porque, como disse ontem, era mais um
teste, a cabeça esteva bem segura, aguentei e isto é bom para o resto da
época.
«Claro que é moralizador acabar a volta como terminei hoje. Eu sabia que
tinha de fazer muitos birdies para voltar um bocadinho ao jogo e foi o
que fiz.
«No buraco 3 fiz duplo-bogey, mas porque falhei o drive. Quanto mais
medo temos de ir para a direita, mais vamos para a direita. Foi o que
sucedeu ontem, e não estava à espera; hoje estava com medo de ir para lá
e foi ainda pior.
«Falhei o tap-in (inferior a um metro) no buraco 9, mas isso acontece.
Para mim ela ia direitinha, mas depois descaiu, e olha… falhei. Não há
que ir atrás disso. Há que aceitar. Fiquei mais aborrecido por alguns
drives falhados do que por isso.
«Ontem pedi que hoje houvesse vento, mas o que aqui está não é vento.
Para a Madeira isto não é vento. Está o mesmo vento de ontem. A direcção
é igual. Não vai haver muita diferença na classificação. Os líderes
devem ficar em 14 ou 15 abaixo, não deverá ir além disso.
«Fazer melhor score nos segundos 9 buracos é normal. São mais fáceis e,
por isso, não tem nada a ver com o facto de nos primeiros 9 buracos ter
mais público a acompanhar-me. Gosto de ter sempre público a
acompanhar-me. Quanto mais melhor. Isso não afecta o meu jogo.
«Olhando para o leaderboard verifica-se que estão nos primeiros quatro
ou cinco lugares dos 100 primeiros da Race to Dubai, o que quer dizer
que a experiência conta. Mas a experiência conta em qualquer campo. Há
sempre jogadores que jogam bem, outros que jogam mal, mas a experiência
conta sempre».
Press-Release
Gab. Imprensa Madeira Island Open. 11/04/2010
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