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18º Madeira Island Open BPI Portugal

LIMA MELHORA 6 LUGARES

 

Filipe Lima subiu hoje (sábado) do 25º ao 19º lugar mas já não será capaz de lutar amanhã (Domingo) pelo título do 18º Madeira Islands Open BPI Portugal, o torneio do PGA European Tour, de 700 mil euros em prémios monetários que, pelo segundo ano consecutivo, se desenrola no Porto Santo Golfe, sob a organização da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo.

Um ano depois de ter alcançado a melhor classificação de sempre de um golfista português no evento madeirense (12º lugar), Filipe Lima pode ainda estabelecer um novo recorde nacional e terminar no ‘top-ten’, o que seria o seu primeiro este ano no European Tour.

Com uma terceira volta em 70 pancadas, 2 abaixo do Par do percurso desenhado por Severiano Ballesteros, Filipe Lima apresenta agora um agregado de 211 (-5), um ‘score’ simpático mas muito longe do resultado de 198 (-18) do líder, o inglês James Morrison, que fixa um novo recorde do torneio para 54 buracos, superando os -15 do galês Bradley Dredge em 2003 e do italiano Massimo Florioli em 2001, em ambos os casos no Clube de Golfe do Santo da Serra. 

Falando de recordes, as 65 pancadas (-7) que Morrison carimbou ontem, hoje igualadas pelo seu compatriota Oliver Fisher, são um novo mínimo para 18 buracos enquanto um Par-72. No ano passado, quando o campo se jogou como um Par-71, o inglês Richard Bland e o escocês Callum MaCaulay tinham assinado cartões de 64 (-7).

Na classificação geral, entre os ingleses Morrison (-18) e Fisher (-12), aparece o escocês George Murray (-15), que manteve o segundo lugar, enquanto o irlandês Simon Thornton (-11) é quarto e admitiu que se sentiu nervoso todo o dia por ser obrigado a ter o telemóvel desligado e não saber se já teria sido pai. A primeira coisa que fez quando chegou à clubhouse foi ligar o telefone e tinha um SMS da sua mulher dizendo que, afinal, o parto terá de esperar por amanhã.

Outra curiosidade do dia foi o concurso de apostas que se fizeram no torneio em redor do The Grand National, a famosa corrida de cavalos que deixa os britânicos em polvorosa. Como só havia 40 cavalos em competição, limitaram-se as apostas a esse número, de um euro cada uma, e o vencedor dos 40 euros foi o inglês Gary Clark, que poderá ainda almejar amanhã ao bem mais elevado primeiro prémio de 116.660 euros reservados ao campeão do Madeira Islands Open BPI Portugal, uma vez que está no quinto lugar, a 9 pancadas do comandante. 

Regressando a Filipe Lima (ler entrevista em baixo), o único português a passar o ‘cut’, a sua terceira volta foi semelhante à segunda, isto é, com um mau início de jornada, bem compensado com um final espectacular. O nº176 na Corrida para o Dubai e 224º golfista mundial cometeu um terrível ‘duplo-bogey’ no buraco nº3, depois de um promissor ‘birdie’ no 2 que teve repetição no 5, mas voltou a sofrer ‘bogeys’ nos buracos 6 e 9, neste último por causa de um ‘putt’ falhado de menos um metro. Já os segundos 9 buracos foram um festival de cinco ‘birdies’ e apenas um ‘bogey’.

A última volta começa amanhã (Domingo) às 08:50 horas, só com os 69 jogadores que passaram o ‘cut’. Como a organização optou por saídas simultâneas dos ‘tees’ dos buracos 1 e 10, isso significa que a cerimónia de entrega de prémios deverá decorrer entre as 16 e 17 horas, no Porto Santo Golfe. Filipe Lima sai às 09:30 horas, do nº1.

O Madeira Islands Open BPI Portugal é alvo de uma cobertura televisiva considerável, com resumos diários distribuídos pelo European Tour que atingem os 220 milhões de lares em todo o Mundo, num total de 460 horas de televisão. Esta cobertura televisiva transformou o Madeira Islands Open BPI Portugal no evento desportivo que mais promove a Região Autónoma da Madeira no exterior.

O 18º Madeira Islands Open BPI Portugal conta para o Ranking Mundial de Golfe, para a Corrida para o Dubai (Ordem de Mérito do European Tour) e para a tabela europeia da Ryder Cup que este ano, no País de Gales, coloca uma vez mais em confronto as selecções da Europa e dos Estados Unidos.

Classificação

O ‘top-five’ da classificação geral do Madeira Islands Open BPI Portugal, após 54 buracos ao Porto Santo Golfe, está ordenado do seguinte modo:

1º James Morrison (Inglaterra), 198 (67 65 66), -18
2º George Murray (Escócia), 201 (66 67 68), -15
3º Oliver Fisher (Inglaterra), 204 (67 72 65), -12
4º Simon Thornton (Irlanda), 205 (68 66 71), -11
5º John Parry (Inglaterra), 208 (71 66 70), -9
5º Gary Clark (Inglaterra), 208 (69 70 68), -9

Português que passou o ‘cut’
19º Filipe Lima, 211 (66 75 70), -5

Portugueses que não passaram o ‘cut’
84º Tiago Cruz, 146 (75 71), 2
91º António Rosado, 147 (75 72), 3
91º Hugo Santos, 147 (73 74), 3
91º Ricardo Santos, 147 (73 74), 3
91º Manuel Violas, 147 (76 71), 3*
126º Ricardo Melo Gouveia, 151 (73 78), 7*
135º António Sobrinho, 153 (78 75), 9
143º Nuno Campino, 155 (74 81), 11
146º António Dantas, 156 (77 79), 12
151º João Pedro Sousa, 159 (78 81), 15
152º Duarte Freitas, 161 (81 80), 17
153º Henrique Paulino, 163 (78 85), 19
154º Edgar Rodrigues, 183 (92 91), 39

* Amador 

 FILIPE LIMA
-5 (66 75 70 PANCADAS = 211)

«Joguei bem, falhei uns putts curtos nos primeiros 9 buracos o que me deixou triste. Fiz aquele duplo-bogey no buraco nº3 mas fora isso foi uma volta muito boa, dei boa luta e no final joguei muito bem no “back nine” (últimos 9 buracos), deixando-me, portanto, boas expectativas para amanhã.

«Senti dificuldades nos primeiros 9 buracos, tal como ontem, mas ontem joguei mal. Os 9 primeiros buracos são mais difíceis. Hoje joguei com medo de repetir os erros de ontem, estava com as mãos apertadas no taco, mas depois a partir dos buracos 4 e 5 relaxei um bocadinho.

«No buraco 18 falhei o drive para a esquerda e a bola foi para o buraco 12, mas calhou ficar boa, no fairway. O meu caddie disse-me para lhe dar com o taco de madeira-3 porque tinha distância para ir ao green. Disse-lhe: “Ok. Estamos aqui para fazer birdies hoje, não é? Então vamos lá”. Dei um shot muito bom e por 20 centímetros a bola não foi ao buraco. Fiz um birdie e estou muito contente porque tentei. Foi merecido.

«Para amanhã, acho que as perspectivas vão ser boas. Hoje relaxei um bocadinho, fiz um bom jogo, sinto-me melhor e amanhã vou atacar e ver o que se vai passar.

«O objectivo não é melhorar o 12.º lugar do ano passado. O meu objectivo principal é ganhar sempre os torneios. Se fizer melhor do que o ano passado, óptimo, se não fizer não faz mal, mas amanhã vou tentar fazer o melhor possível, baixar o máximo na classificação e ver o que se passa.

(Pergunta: Que sensação tem neste momento? De dever cumprido, ou que poderia ter feito melhor?) «É metade, metade. Joguei mal ontem, mas isso acontece, lutei bem ontem, lutei bem hoje, por mim, fiz o meu trabalho. Claro que poderia ter feito melhor, mas todos sabemos como é difícil. Às vezes não sai. Estou contente porque, como disse ontem, era mais um teste, a cabeça esteva bem segura, aguentei e isto é bom para o resto da época.

«Claro que é moralizador acabar a volta como terminei hoje. Eu sabia que tinha de fazer muitos birdies para voltar um bocadinho ao jogo e foi o que fiz.

«No buraco 3 fiz duplo-bogey, mas porque falhei o drive. Quanto mais medo temos de ir para a direita, mais vamos para a direita. Foi o que sucedeu ontem, e não estava à espera; hoje estava com medo de ir para lá e foi ainda pior.

«Falhei o tap-in (inferior a um metro) no buraco 9, mas isso acontece. Para mim ela ia direitinha, mas depois descaiu, e olha… falhei. Não há que ir atrás disso. Há que aceitar. Fiquei mais aborrecido por alguns drives falhados do que por isso.

«Ontem pedi que hoje houvesse vento, mas o que aqui está não é vento. Para a Madeira isto não é vento. Está o mesmo vento de ontem. A direcção é igual. Não vai haver muita diferença na classificação. Os líderes devem ficar em 14 ou 15 abaixo, não deverá ir além disso.

«Fazer melhor score nos segundos 9 buracos é normal. São mais fáceis e, por isso, não tem nada a ver com o facto de nos primeiros 9 buracos ter mais público a acompanhar-me. Gosto de ter sempre público a acompanhar-me. Quanto mais melhor. Isso não afecta o meu jogo.

«Olhando para o leaderboard verifica-se que estão nos primeiros quatro ou cinco lugares dos 100 primeiros da Race to Dubai, o que quer dizer que a experiência conta. Mas a experiência conta em qualquer campo. Há sempre jogadores que jogam bem, outros que jogam mal, mas a experiência conta sempre». 

 

Press-Release
Gab. Imprensa Madeira Island Open.
11/04/2010

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Revised: 13-05-2010 .