Lima, Cruz, Santos e Rosado são, por esta ordem, os quatro únicos
classificados na Ordem de Mérito da PGA de Portugal de 2010. Se
recorrermos à Ordem de Mérito de 2009 verificamos que esta lista
contempla sete dos oito primeiros, faltando apenas o nº7 Hugo Santos.
MELHORES RESULTADOS 2010
Filipe Lima (FPG) foi o único português a passar o ‘cut’ no 18º Madeira
Islands Open BPI Portugal, o primeiro dos três torneios portugueses do
European Tour de 2010, disputado em Abril, no Porto Santo Golfe.
O nº1 português está a sentir, no entanto, dificuldades na primeira
metade da época para entrar no ‘top-120’ da Corrida para o Dubai, a
Ordem de Mérito Europeia, pelo que poderá sofrer alguma pressão na luta
por manter o cartão para a I Divisão do golfe profissional europeu em
2010.
Tiago Cruz (Banco BIG) obteve o resultado mais sonante do golfe
profissional português em 2010, ao ganhar o Samanah Classic (30 mil
euros) em Marrocos, um evento do EPD Tour, onde o jogador da Linha do
Estoril aparece num excelente quarto lugar da Ordem de Mérito e António
Rosado no 69º posto, entre mais de 200 jogadores.
Também Ricardo Santos (Oceânico Golf) brilhou num torneio do Challenge
Tour, a II Divisão do golfe profissional europeu, com um 9º lugar no
Mugello Tuscany Open (150 mil euros).
Merecem algum destaque os triunfos de Ricardo Santos no Quinta do Vale
IGT Open e no Castro Marim IGT Classic, bem como os de António Sobrinho
(Vale do Lobo) no Quinta do Vale IGT Open e no Pestana Vale da Pinta IGT
Series Final.
É certo que a primeira edição deste circuito apelidado de Iberian Golf
Tour não é ainda reconhecido oficialmente pelas principais instituições
do golfe nacional, mas não deixou de ser um Tour que contou com algumas
dezenas de profissionais estrangeiros, com um português, Ricardo Santos,
a terminar como nº1 da respectiva Ordem de Mérito e António Sobrinho no
3º lugar.
Por seu lado, a Federação Portuguesa de Golfe ofereceu os seus convites
a quatro dos sete primeiros do ‘Ranking’ Nacional BPI (para amadores):
Tomás Silva (campeão nacional amador de 2010), Ricardo Melo Gouveia
(campeão nacional amador de 2009), Miguel Gaspar (vice-campeão nacional
amador de 2010) e Gonçalo Pinto (vencedor do II Torneio do Circuito
Tranquilidade de 2010).
FILIPE LIMA COM URGÊNCIA NUM BOM RESULTADO
O nº1 português, Filipe Lima, acolheu de braços abertos a mudança de
data do Estoril Open de Portugal, de Abril para Junho, ocupando a data
que pertencia ao Open da Áustria no calendário do European Tour. O
evento austríaco, por seu lado, passou para 16 a 19 de Setembro.
Lima, que recuperou os seus direitos de jogador do European Tour, depois
de ter terminado a época de 2009 no segundo lugar do Challenge Tour,
disse: «Estou satisfeito pela alteração de data porque tenho trabalhado
seriamente de modo a atingir um pico de forma em Junho e Julho, por ser
a altura do ano em que se realizam os grandes torneios. Por isso, fiquei
contente ao saber da mudança, bem como da transferência para a Penha
Longa.
«Conheço muito bem o campo. Todos os fairways e greens são novos e
fizeram um enorme trabalho no campo, pelo que deverá apresentar-se em
excelentes condições. É um campo muito bom, mas igualmente muito
difícil. As condições climatéricas serão um factor importante. Se o
vento soprar, o campo tornar-se-á ainda mais difícil, mas isso até
poderá ser-me favorável, na medida em que prefiro os percursos mais
difíceis aos mais fáceis.
«Considero extremamente importante renovar os campos existentes em
Portugal ou criar novos».
Filipe Lima detém os recordes das melhores classificações de sempre de
um profissional português no Estoril Open de Portugal, quando foi 3º no
Oitavos Dunes em 2005; no Madeira Islands Open BPI Portugal, com um 12º
posto no Porto Santo Golfe em 2009; e no Portugal Masters, graças à 21ª
posição obtida em 2007 no Oceânico Victoria. Mesmo assim, admite:
«Quando jogo em Portugal tenho, obviamente, mais pressão, mas é algo que
aprecio».
O recente falecimento de um amigo levou-o a desistir na segunda volta do
Masters de Madrid, numa temporada de 2010 em que o melhor resultado foi
um 29º posto no Open da Andaluzia, em Março, seguido de um 35º lugar no
Africa Open, em Janeiro, destacando-se também a 55ª posição no Madeira
Islands Open BPI Portugal.
Resultados ainda aquém de um jogador que por vezes lutava por ‘top-tens’
no European Tour, mas que não o têm deixado desencorajado, bem pelo
contrário, dado estarmos a entrar na fase de 2010 para onde apontou o
seu pico de forma.
A Penha Longa poderá ser o ponto de viragem: «Estou a sentir-me
confortável neste regresso ao European Tour. Na época passada fiz um bom
trabalho no Challenge Tour e estou a tentar manter essa boa forma este
ano. Estou a sentir-me feliz e a época tem-me corrido bem até ao
momento. Desejo viver uma boa semana na Penha Longa porque teria um
grande significado para mim jogar bem no Open nacional do meu país».