Filipe Lima jogou os dois primeiros dias ao lado de Thomas Bjorn, a
estrela das selecções europeias da Ryder Cup que venceram o duelo
com os Estados Unidos em 1997 e 2002. Mas não foi capaz de
inspirar-se na exibição do dinamarquês que fez oito ‘birdies’ e só
não terminou o 36º buraco isolado na frente porque o seu único
‘bogey’ do dia (e apenas o segundo no torneio) aconteceu exactamente
no último buraco.
Lima poderá, contudo, inspirar-se na perseverança do veterano de 39
anos que só recentemente parece recuperar a forma que o levou a
vencer 11 títulos internacionais.
«Antes do Open do País de Gales, na semana passada, tinha falhado
seis ‘cuts’ consecutivos, mas nunca parei de tentar. Lutei, lutei,
tentei, tentei e esperei que os ‘putts’ começassem a entrar. Hoje
fiz todos os ‘fairways’ excepto no último buraco e só falhei um ‘green’.
Pela primeira vez em muito tempo o golfe pareceu-me fácil», disse
Thomas Bjorn, que foi 9º no Open do País de Gales e no início desta
semana passou a difícil fase de qualificação do British Open, o
terceiro torneio do ‘Grand Slam’ de 2010.
Quanto a Carlos del Moral, é há cinco anos considerado uma grande
esperança do golfe espanhol, tendo jogado ao lado do famoso Anthony
Kim no Campeonato Universitário dos Estados Unidos, mas só agora
começa a justificar a promessa que parecia ser por uma razão
simples: deixou de confiar apenas no talento.
«Estou a trabalhar mais a minha condição física. Trabalho mais fora
do campo de golfe, treino no duro porque percebi que é isso que os
melhores do Mundo fazem. E o certo é que sinto-me muito melhor no
campo agora. Hoje até vou correr na praia para ver se perco mais uns
quilinhos e venho amanhã para o campo ainda melhor».
Thomas Bjorn e Carlos del Moral dispõem de uma vantagem de 2
pancadas sobre um trio de perseguidores que inclui o líder de ontem,
o irlandês Damien McGrane, e os ingleses Robert Coles (vencedor do
‘Pro-Am’ do Madeira Islands Open BPI Portugal deste ano) e Steve
Webster (que ganhou o Portugal Masters em 2007).
A terceira volta começa amanhã (Sábado) às 07:45 horas e o grupo com
os dois líderes sai às 13:47 horas. Filipe Lima sai às 09:11 horas,
ao lado do inglês Sam Little.
Os portugueses Hugo Santos e António Dantas da Silva estiveram muito
perto de poder jogar também nos dois últimos dias. Ambos fizeram um
‘bogey’ no seu derradeiro buraco, quando o Par teria sido suficiente
para passar o ‘cut’. Como disse António Dantas da Silva,
profissional da Penha Longa, «é preciso azar. Jogámos bem, acabámos
36 buracos a Par do campo e mesmo assim ficámos a apenas 1 pancada
de passar o corte».
RESULTADOS
‘Top-5’
O ‘top-5’ do 54º Estoril Open de Portugal, após a segunda volta (36
buracos) no campo da Penha Longa, está ordenado do seguinte modo:
1º Thomas Bjorn (Dinamarca), 132 (67+65), -12.
1º Carlos del Moral (Espanha), 132 (67+65), -12.
3º Damien McGrane (Irlanda), 134 (64+70) -10.
3º Steve Webster (Inglaterra), 134 (67+67), -10.
3º Robert Coles (Inglaterra), 134 (68+66), -10.
Português que passou o ‘cut’
49º Filipe Lima (FPG), 142 (71+71), -2.
Portugueses que falharam o ‘cut’
79º Hugo Santos (Ping), 144 (70+74), Par.
79º António Dantas (Penha Longa), 144 (72+72), Par.
92º Ricardo Santos (FPG/PressPeople), 145 (73+72), +1.
113º Gonçalo Pinto (FPG), 148 (72+76), +4*
116º Henrique Paulino (Indra/Mobbit), 149 (76+73), +5.
116º Ricardo Melo Gouveia (FPG), 149 (74+75), +5*.
121º Tiago Cruz (Banco BIG), 151 (76+75), +7.
125º Miguel Gaspar (FPG), 152 (76+76), +8*.
127º Nuno Campino (MyGolf), 153 (72+81), +9.
.
130º António Rosado (CLC), 158 (82+76), +14.
131º António Sobrinho (Vale do Lobo), 159 (77+82), +15.
132º João Malagueira (FPG), 160 (75+85), +16)*.
134º Nelson Cavalheiro (Oceânico), 163 (79+84), +19.
135º Tomás Silva (FPG), 164 (83+81), +20*.
* Amador