Home

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

54º Estoril Open de Portugal

SÓ FILIPE LIMA PASSA O CUT

 

Do recorde de 15 portugueses que partiram ontem (quinta-feira) para o 54º Estoril Open de Portugal, só um, Filipe Lima, passou hoje (sexta-feira) o ‘cut’ do torneio.

 

O nº1 português passou o ‘cut’ num torneio do European Tour pela sexta vez na época de 2010. Desde a primeira semana de Maio, no Open de Itália, que não o conseguia, mas nem isso o deixou feliz após uma segunda volta ao Atlantic Course que ele considerou como a sua pior prestação de sempre no jogo no ‘green’, incapaz de converter ‘putts’ com mais de dois metros (ver entrevista em baixo).

 

Com duas voltas de 71 pancadas, um agregado de 142, 2 abaixo do Par, Lima desceu apenas dois lugares na tabela classificativa, para o 49º lugar, passando o ‘cut’ bem à vontade, já que se fixou em 1 abaixo do Par, tendo-se qualificado 78 jogadores para os dois últimos dias de prova.

 

O profissional da Federação Portuguesa de Golfe já dista, porém, 10 pancadas dos líderes, o dinamarquês Thomas Bjorn e o espanhol Carlos del Moral, que teimam andar a par e passo, uma vez que ambos entregaram cartões de 67 e 65.

 

Filipe Lima jogou os dois primeiros dias ao lado de Thomas Bjorn, a estrela das selecções europeias da Ryder Cup que venceram o duelo com os Estados Unidos em 1997 e 2002. Mas não foi capaz de inspirar-se na exibição do dinamarquês que fez oito ‘birdies’ e só não terminou o 36º buraco isolado na frente porque o seu único ‘bogey’ do dia (e apenas o segundo no torneio) aconteceu exactamente no último buraco.

 

Lima poderá, contudo, inspirar-se na perseverança do veterano de 39 anos que só recentemente parece recuperar a forma que o levou a vencer 11 títulos internacionais.

 

«Antes do Open do País de Gales, na semana passada, tinha falhado seis ‘cuts’ consecutivos, mas nunca parei de tentar. Lutei, lutei, tentei, tentei e esperei que os ‘putts’ começassem a entrar. Hoje fiz todos os ‘fairways’ excepto no último buraco e só falhei um ‘green’. Pela primeira vez em muito tempo o golfe pareceu-me fácil», disse Thomas Bjorn, que foi 9º no Open do País de Gales e no início desta semana passou a difícil fase de qualificação do British Open, o terceiro torneio do ‘Grand Slam’ de 2010.

 

Quanto a Carlos del Moral, é há cinco anos considerado uma grande esperança do golfe espanhol, tendo jogado ao lado do famoso Anthony Kim no Campeonato Universitário dos Estados Unidos, mas só agora começa a justificar a promessa que parecia ser por uma razão simples: deixou de confiar apenas no talento.

 

«Estou a trabalhar mais a minha condição física. Trabalho mais fora do campo de golfe, treino no duro porque percebi que é isso que os melhores do Mundo fazem. E o certo é que sinto-me muito melhor no campo agora. Hoje até vou correr na praia para ver se perco mais uns quilinhos e venho amanhã para o campo ainda melhor».

 

Thomas Bjorn e Carlos del Moral dispõem de uma vantagem de 2 pancadas sobre um trio de perseguidores que inclui o líder de ontem, o irlandês Damien McGrane, e os ingleses Robert Coles (vencedor do ‘Pro-Am’ do Madeira Islands Open BPI Portugal deste ano) e Steve Webster (que ganhou o Portugal Masters em 2007). 

 

A terceira volta começa amanhã (Sábado) às 07:45 horas e o grupo com os dois líderes sai às 13:47 horas. Filipe Lima sai às 09:11 horas, ao lado do inglês Sam Little.  

 

Os portugueses Hugo Santos e António Dantas da Silva estiveram muito perto de poder jogar também nos dois últimos dias. Ambos fizeram um ‘bogey’ no seu derradeiro buraco, quando o Par teria sido suficiente para passar o ‘cut’. Como disse António Dantas da Silva, profissional da Penha Longa, «é preciso azar. Jogámos bem, acabámos 36 buracos a Par do campo e mesmo assim ficámos a apenas 1 pancada de passar o corte».

 

RESULTADOS

 

‘Top-5’

 

O ‘top-5’ do 54º Estoril Open de Portugal, após a segunda volta (36 buracos) no campo da Penha Longa, está ordenado do seguinte modo:

 

1º Thomas Bjorn (Dinamarca), 132 (67+65), -12.

1º Carlos del Moral (Espanha), 132 (67+65), -12.

3º Damien McGrane (Irlanda), 134 (64+70) -10.

3º Steve Webster (Inglaterra), 134 (67+67), -10.

3º Robert Coles (Inglaterra), 134 (68+66), -10.

 

Português que passou o ‘cut’

 

49º Filipe Lima (FPG), 142 (71+71), -2.

 

Portugueses que falharam o ‘cut’

 

79º Hugo Santos (Ping), 144 (70+74), Par.

79º António Dantas (Penha Longa), 144 (72+72), Par.

92º Ricardo Santos (FPG/PressPeople), 145 (73+72), +1.

113º Gonçalo Pinto (FPG), 148 (72+76), +4*

116º Henrique Paulino (Indra/Mobbit), 149 (76+73), +5.

116º Ricardo Melo Gouveia (FPG), 149 (74+75), +5*.

121º Tiago Cruz (Banco BIG), 151 (76+75), +7.

125º Miguel Gaspar (FPG), 152 (76+76), +8*.

127º Nuno Campino (MyGolf), 153 (72+81), +9.

.

130º António Rosado (CLC), 158 (82+76), +14.

131º António Sobrinho (Vale do Lobo), 159 (77+82), +15.

132º João Malagueira (FPG), 160 (75+85), +16)*.

134º Nelson Cavalheiro (Oceânico), 163 (79+84), +19.

135º Tomás Silva (FPG), 164 (83+81), +20*.

 

* Amador


 

 

FILIPE LIMA

-2 (71 + 71 = 142 pancadas)

 


 

«Tenho as mãos paralisadas. Estou paralisado nos greens. Nunca tinha passado um dia tão horrível nos greens.

 

Fiz de novo uma pancada abaixo do PAR, poderia ter feito seis ou sete, não vou chorar, mas é verdade que foi triste, porque joguei outra vez o meu jogo, como tinha antes. Mas não sei. Os músculos estão tensos, não dá para me relaxar nos greens.

 

Passar o cut? Eu não tenho na ideia passar o cut, o que eu tenho na ideia tentar novas sensações e jogar bem e passar o cut é justo, mas não é um objectivo.

 

Hoje poderia estar mais perto da frente, mas não foi possível. Amanhã verei como estarei nos greens.

 

Nos próximos dia não vou mudar nada. Vou jogar igual como fiz nestes dois dias. Tentar guardar o jogo de hoje e ver se encontro as sensações que tinha antes.

 

Antes estava a jogar mal e a “patar” bem e hoje foi ao contrário. Joguei bem e puttei muito mal. Por isso estou aborrecido.

 

O meu melhor buraco hoje foi o 15. Fiz birdie e esse é um buraco difícil. Dei um bom shot e depois entrou um bom putt. Aliás, foi mesmo o único putt do dia.

 

Joguei bem e estava com prazer a jogar, mas não posso estar contente com o que se passa nos greens.

 

O maior putt entrou no 15 e aqui no 18, com 1,5 m não entrou, no 17 também não. Nos primeiros seis buracos poderia ter feito cinco ou seis birdies. Não fiz nenhum.

 

É aborrecido. Não posso estar contente e não tenho qualquer controlo sobre isso. Estou a “patar” bem, é quase a parte mais forte do meu jogo, mas não sei o que se passou hoje.

 

O swing está bom, está mais sólido. Ontem fiz uma sessão com o Damien Taylor e encontramos umas novas chaves do swing e foi óptimo. Utilizei hoje e resultou bem.

 

 O campo da Penha Longa é difícil? Depende. Mas hoje não estava difícil. E ontem também não, mas amanhã é capaz de ser mais difícil, porque vai estar vento».

 

 

Press-Release
GABINETE DE IMPRENSA

DO PGA EUROPEAN TOUR EM PORTUGAL
11/Jun/2010

Voltar

 

Revised: 11-06-2010 .