Filipe Lima figura no 47º posto, num grupo que inclui mais 18 jogadores.
Fora do ‘cut’ provisório, mas com boas hipóteses de garantir amanhã
(sexta-feira) a qualificação para os dois últimos dias de prova estão
Nuno Campino, António Dantas e o amador Gonçalo Pinto, todos no 66º
lugar, com 72 pancadas, o Par do campo.
A desistência de um amador inglês fez entrar em competição o amador João
Malagueira, elevando o total de portugueses para 15, um recorde no
Estoril Open de Portugal.
Falando de registos históricos, as 8 pancadas abaixo do Par do irlandês
Damien McGrane e do inglês Luke Goddard são um novo recorde do campo
desenhado por Robert Trent Jones Jr.
O galês Phillip Price, quando ganhou o Estoril Open de Portugal em 1994,
já tinha feito uma volta em 64 pancadas, mas esse ano a Penha Longa
jogou-se como um Par-71, pelo que o cartão entregue foi de 7 abaixo do
Par. Este ano, devido à modificação operada no buraco 6, passou a Par-72
e o ‘score’ de 64 pancadas de McGrane e Goddard equivale a 8 abaixo do
Par.
Damien McGrane e Luke Goddard partilham, assim, o comando após a
primeira volta mas têm carreiras distintas. Enquanto o irlandês é já um
nome consagrado do European Tour, tendo ganho o Open da China há dois
anos, o inglês anda ainda à procura do seu primeiro título no European
Tour, depois de no ano passado, ainda como amador, ter ganho o
Campeonato Internacional de Inglaterra.
NcGrane e Goddard lideram com 1 pancada de vantagem sobre o galês Stuart
Manley e o norueguês Eirik Tage Johansen. Manley chegou a liderar o
Portugal Masters há dois anos, mas é mais conhecido por ter jogado
futebol nas camadas juvenis do Manchester United, enquanto Johansen
nunca ficou num ‘top-ten’ do European Tour.
Dos jogadores que integram o ‘top-ten’, merecem destaque o dinamarquês
Thomas Bjorn, uma estrela europeia da Ryder Cup; o australiano Marcus
Frazer, 23º na Corrida para o Dubai; o galês Bradley Dredge, que ganhou
a Taça do Mundo em Vilamoura em 2005; e o inglês Steve Webster, campeão
do Portugal Masters em 2007; todos empatados no sétimo lugar, com 67
pancadas, 5 abaixo do Par.
RESULTADOS
‘Top-5’
O ‘top-5’ do 54º Estoril Open de Portugal, após a primeira volta de 18
buracos ao campo da Penha Longa, está ordenado do seguinte modo:
1º Damien McGrane (Irlanda), 64 pancadas (8 abaixo do Par).
1º Luke Goddard (Inglaterra), 64 (-8).
3º Eirik T. Johansen (Noruega), 65 (-7).
3º Stuart Manley (País Gales), 65 (-7).
5º Richard Bland (Inglaterra), 66 (-6).
5º Andrew Tampion (Austrália), 66 (-6).
Portugueses
35º Hugo Santos (Ping), 70 (-2)
47º Filipe Lima (FPG), 71 (-1)
66º Nuno Campino (MyGolf), 72 (Par).
66º António Dantas (Penha Longa), 72 (Par).
66º Gonçalo Pinto (FPG), 72 (Par)*.
86º Ricardo Santos (FPG/PressPeople), 73 (+1).
97º Ricardo Melo Gouveia (FPG), 74 (+2)*.
113º João Malagueira (FPG), 75 (+3)*.
118º Henrique Paulino (Indra/Mobbit), 76 (+4).
118º Tiago Cruz (Banco BIG), 76 (+4).
118º Miguel Gaspar (FPG), 76 (+4)*.
125º António Sobrinho (Vale do Lobo), 77 (+5).
131º Nelson Cavalheiro (Oceânico), 79 (+7).
134º António Rosado (CLC), 82 (+10).
135º Tomás Silva (FPG), 83 (+11)*.
* Amador
Hugo Santos
«Venho contente,
porque acabei bem. Comecei normal, fiz uns pares. Tive uns putts menos
bons, mas consegui acabar bem.
Os greens estão
bastante rápidos, o que dificulta quando as bandeiras estão colocadas em
posições estratégicas pelo European Tour.
Hoje foi assim,
amanhã vamos ver. Neste desporto os prognósticos só depois»
Filipe Lima
«Foi uma volta mais ou menos. Não me senti muito bem, não joguei muito
bem, mas dei bons shots, mas também dei alguns shots horríveis, é
difícil ter uma sensação positiva, mas acabei a volta com uma pancada
abaixo do PAR.
Sensação… está melhor, mas é difícil, como estou a mudar algumas coisas
no swing, estou a tentar jogar sólido, não quero fazer como na Madeira,
quando estava a jogar bem e de repetente falhava. Sei que falho shots,
mas também sei que faço bons shots. Agora é só tentar fazer menos shots
maus.
Hoje tive um dia horrível e acabei uma abaixo, o que quer dizer que
existe algo que não está mal. Mas a sensação que tenho é de cansaço,
pouco concentrado. Fiz shots horríveis, mas acabei com menos uma
pancada, amanhã, se calhar, faço bons shots e termino com uma acima.
Também o andar a tirar a roupa de chuva e depois logo a seguir ter de a
vestir, é algo que não ajuda muito. Tenho os olhos pesados. Sinto a
cabeça pesada, não sei se foi por ter dormido mal, não sei. Claro que
isto não tem nada a ver com o jogo. Para mim joguei mal, mas mesmo assim
acabei uma abaixo.
O Pro-Am para mim foi uma volta de prática, agradar aos amadores, mas
foi uma volta de prática.
Damien Taylor, o meu novo treinador vai vir mais vezes treinar comigo em
Portugal. Troquei de técnico, porque já há 13 anos que estava com o
Benoit (Willemart) e a mensagem dele já não passava tão bem, procurava
demais o swing e então decidi mudar.
Experimentei bastantes treinadores e a semana passada estava a falar com
uma pessoa que estava à minha frente e gostei de ouvir o que ele disse.
Falámos e gostei da forma como ele trabalha. Está aqui comigo. É muito
diferente do Benoit e agora tenho de habituar a minha cabeça à mudança.
Acho que ele vai fazer um bom trabalho. Já sei como é que ele trabalha.
O trabalho dele incide em coisas muito simples e muito directas. Agora
vamos trabalhar mais o swing. Falhar shots como falho, temos de
trabalhar mais o swing.
Estou muito contente pela nova equipa, formada pelo Pedro (Ribeiro), com
a Zoe (Chamberlain), com o Damien (Taylor). Agora é tudo novo. Estava a
precisar de ter uma base mais segura da minha equipa, porque estes
últimos anos isso estava a fugir um pouco. Mudar de empresário,
psicóloga, preparador físico… também mudei de preparador físico, é
francês, Guillaume Chaubron, estou há um ano com ele e estou muito
contente. É uma boa equipa e agora é só andar para a frente. O Damien
Taylor trabalha com outros jogadores, como o Bradley Dredge e o Nick
Daugherty. Tem muita experiência».
Nuno Campino
«Fiz uma volta consistente. As bandeiras estavam difíceis, estavam muito
chegadas para um lado e para outro dos greens, era importante acertar
nos fairways nos sítios certos. Falhei umas duas ou três oportunidades
de birdie, mas penso que amanhã será melhor. Está tudo em aberto e por
isso estou satisfeito.
Nos últimos anos tenho jogado sempre bem no Open de Portugal. Gosto
deste torneio, faz-me sentir nervoso e eu gosto de me sentir nervoso.
Faz-me concentrar mais».
António Dantas
«Conheço bem o campo, mas está um pouco diferente daquilo a que estou
habituado a jogar. Está um campo diferente, mais rápido, o vento não
complicou, o que quer dizer que o dia foi relativamente bom e falhei
três shots. Fiquei muito contente por ter feito PAR do campo, poderia
ter terminado duas ou três abaixo, o que não ficaria mal».
Gonçalo Pinto
«Esta minha primeira participação numa prova do European Tour foi muito
boa.
Espero que no futuro existam muitas mais. Senti muita ansiedade mas não
estava nada nervoso. Tentei fazer um jogo calmo e regular e consegui.
Ao fim de 12 ou 13 buracos ia com duas pancadas abaixo do PAR, mas
depois começou a chover muito e no 13 faço um duplo. Num metro faço três
putts. Mas depois começou a chover muito e, dado a minha falta de
experiência, andei muito à pressa e dei duas pancadas fora.
Foi uma participação positiva, neste primeiro dia. Fazer PAR do campo é
muito bom. Aprendi muito a jogar com os profissionais. Mas acima de tudo
consegui o meu principal objectivo, que era divertir-me. Diverti-me
imenso. Não tenho expectativas, nem estabeleço nenhum objectivo».