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54º Estoril Open de Portugal

RECORDES NA PENHA LONGA

 

Num primeiro dia em que se estabeleceu um novo recorde do campo, Hugo Santos foi o melhor português no 54º Estoril Open de Portugal.

 

Hugo Santos não passa o ‘cut’ num torneio do European Tour desde o Madeira Islands Open BPI Portugal de 2008, no Santo da Serra, e hoje (quinta-feira) foi com condições de jogo semelhantes – chuva e algum vento, num percurso com relevo – que o algarvio cumpriu os primeiros 18 buracos em 70 pancadas, 2 abaixo do Par. Hugo Santos ocupa o 35º lugar, empatado com mais 11 jogadores.

 

Só mais um português colocou-se dentro do ‘cut’ provisório. Trata-se de Filipe Lima, que chegou a andar com 3 abaixo do Par, mas fechou com 1 abaixo (71 pancadas), um resultado, apesar de tudo, melhor do que a exibição, de acordo com as próprias palavras do nº1 português (ver entrevista em baixo).

 

 

Hugo Santos

 

Filipe Lima figura no 47º posto, num grupo que inclui mais 18 jogadores.

 

Fora do ‘cut’ provisório, mas com boas hipóteses de garantir amanhã (sexta-feira) a qualificação para os dois últimos dias de prova estão Nuno Campino, António Dantas e o amador Gonçalo Pinto, todos no 66º lugar, com 72 pancadas, o Par do campo.

 

A desistência de um amador inglês fez entrar em competição o amador João Malagueira, elevando o total de portugueses para 15, um recorde no Estoril Open de Portugal.

 

Falando de registos históricos, as 8 pancadas abaixo do Par do irlandês Damien McGrane e do inglês Luke Goddard são um novo recorde do campo desenhado por Robert Trent Jones Jr.

 

O galês Phillip Price, quando ganhou o Estoril Open de Portugal em 1994, já tinha feito uma volta em 64 pancadas, mas esse ano a Penha Longa jogou-se como um Par-71, pelo que o cartão entregue foi de 7 abaixo do Par. Este ano, devido à modificação operada no buraco 6, passou a Par-72 e o ‘score’ de 64 pancadas de McGrane e Goddard equivale a 8 abaixo do Par.

 

Damien McGrane e Luke Goddard partilham, assim, o comando após a primeira volta mas têm carreiras distintas. Enquanto o irlandês é já um nome consagrado do European Tour, tendo ganho o Open da China há dois anos, o inglês anda ainda à procura do seu primeiro título no European Tour, depois de no ano passado, ainda como amador, ter ganho o Campeonato Internacional de Inglaterra. 

 

NcGrane e Goddard lideram com 1 pancada de vantagem sobre o galês Stuart Manley e o norueguês Eirik Tage Johansen. Manley chegou a liderar o Portugal Masters há dois anos, mas é mais conhecido por ter jogado futebol nas camadas juvenis do Manchester United, enquanto Johansen nunca ficou num ‘top-ten’ do European Tour.

 

Dos jogadores que integram o ‘top-ten’, merecem destaque o dinamarquês Thomas Bjorn, uma estrela europeia da Ryder Cup; o australiano Marcus Frazer, 23º na Corrida para o Dubai; o galês Bradley Dredge, que ganhou a Taça do Mundo em Vilamoura em 2005; e o inglês Steve Webster, campeão do Portugal Masters em 2007; todos empatados no sétimo lugar, com 67 pancadas, 5 abaixo do Par.

 

RESULTADOS

 

‘Top-5’

 

O ‘top-5’ do 54º Estoril Open de Portugal, após a primeira volta de 18 buracos ao campo da Penha Longa, está ordenado do seguinte modo:

 

1º Damien McGrane (Irlanda), 64 pancadas (8 abaixo do Par).

1º Luke Goddard (Inglaterra), 64 (-8).

3º Eirik T. Johansen (Noruega), 65 (-7).

3º Stuart Manley (País Gales), 65 (-7).

5º Richard Bland (Inglaterra), 66 (-6).

5º Andrew Tampion (Austrália), 66 (-6).

 

Portugueses

 

35º Hugo Santos (Ping), 70 (-2)

47º Filipe Lima (FPG), 71 (-1)

66º Nuno Campino (MyGolf), 72 (Par).

66º António Dantas (Penha Longa), 72 (Par).

66º Gonçalo Pinto (FPG), 72 (Par)*.

86º Ricardo Santos (FPG/PressPeople), 73 (+1).

97º Ricardo Melo Gouveia (FPG), 74 (+2)*.

113º João Malagueira (FPG), 75 (+3)*.

118º Henrique Paulino (Indra/Mobbit), 76 (+4).

118º Tiago Cruz (Banco BIG), 76 (+4).

118º Miguel Gaspar (FPG), 76 (+4)*.

125º António Sobrinho (Vale do Lobo), 77 (+5).

131º Nelson Cavalheiro (Oceânico), 79 (+7).

134º António Rosado (CLC), 82 (+10).

135º Tomás Silva (FPG), 83 (+11)*.

 

* Amador

 

Hugo Santos

 

«Venho contente, porque acabei bem. Comecei normal, fiz uns pares. Tive uns putts menos bons, mas consegui acabar bem.

 

Os greens estão bastante rápidos, o que dificulta quando as bandeiras estão colocadas em posições estratégicas pelo European Tour.

 

Hoje foi assim, amanhã vamos ver. Neste desporto os prognósticos só depois»

 

Filipe Lima

 

«Foi uma volta mais ou menos. Não me senti muito bem, não joguei muito bem, mas dei bons shots, mas também dei alguns shots horríveis, é difícil ter uma sensação positiva, mas acabei a volta com uma pancada abaixo do PAR.

 

Sensação… está melhor, mas é difícil, como estou a mudar algumas coisas no swing, estou a tentar jogar sólido, não quero fazer como na Madeira, quando estava a jogar bem e de repetente falhava. Sei que falho shots, mas também sei que faço bons shots. Agora é só tentar fazer menos shots maus.

 

Hoje tive um dia horrível e acabei uma abaixo, o que quer dizer que existe algo que não está mal. Mas a sensação que tenho é de cansaço, pouco concentrado. Fiz shots horríveis, mas acabei com menos uma pancada, amanhã, se calhar, faço bons shots e termino com uma acima.

 

Também o andar a tirar a roupa de chuva e depois logo a seguir ter de a vestir, é algo que não ajuda muito. Tenho os olhos pesados. Sinto a cabeça pesada, não sei se foi por ter dormido mal, não sei. Claro que isto não tem nada a ver com o jogo. Para mim joguei mal, mas mesmo assim acabei uma abaixo.

O Pro-Am para mim foi uma volta de prática, agradar aos amadores, mas foi uma volta de prática.

 

Damien Taylor, o meu novo treinador vai vir mais vezes treinar comigo em Portugal. Troquei de técnico, porque já há 13 anos que estava com o Benoit (Willemart) e a mensagem dele já não passava tão bem, procurava demais o swing e então decidi mudar.

 

Experimentei bastantes treinadores e a semana passada estava a falar com uma pessoa que estava à minha frente e gostei de ouvir o que ele disse. Falámos e gostei da forma como ele trabalha. Está aqui comigo. É muito diferente do Benoit e agora tenho de habituar a minha cabeça à mudança. Acho que ele vai fazer um bom trabalho. Já sei como é que ele trabalha. O trabalho dele incide em coisas muito simples e muito directas. Agora vamos trabalhar mais o swing. Falhar shots como falho, temos de trabalhar mais o swing.

 

Estou muito contente pela nova equipa, formada pelo Pedro (Ribeiro), com a Zoe (Chamberlain), com o Damien (Taylor). Agora é tudo novo. Estava a precisar de ter uma base mais segura da minha equipa, porque estes últimos anos isso estava a fugir um pouco. Mudar de empresário, psicóloga, preparador físico… também mudei de preparador físico, é francês, Guillaume Chaubron, estou há um ano com ele e estou muito contente. É uma boa equipa e agora é só andar para a frente. O Damien Taylor trabalha com outros jogadores, como o Bradley Dredge e o Nick Daugherty. Tem muita experiência».

 

Nuno Campino

 

«Fiz uma volta consistente. As bandeiras estavam difíceis, estavam muito chegadas para um lado e para outro dos greens, era importante acertar nos fairways nos sítios certos. Falhei umas duas ou três oportunidades de birdie, mas penso que amanhã será melhor. Está tudo em aberto e por isso estou satisfeito.

 

Nos últimos anos tenho jogado sempre bem no Open de Portugal. Gosto deste torneio, faz-me sentir nervoso e eu gosto de me sentir nervoso. Faz-me concentrar mais».

 

António Dantas

 

«Conheço bem o campo, mas está um pouco diferente daquilo a que estou habituado a jogar. Está um campo diferente, mais rápido, o vento não complicou, o que quer dizer que o dia foi relativamente bom e falhei três shots. Fiquei muito contente por ter feito PAR do campo, poderia ter terminado duas ou três abaixo, o que não ficaria mal».

 

Gonçalo Pinto

 

«Esta minha primeira participação numa prova do European Tour foi muito boa.

 

Espero que no futuro existam muitas mais. Senti muita ansiedade mas não estava nada nervoso. Tentei fazer um jogo calmo e regular e consegui.

 

Ao fim de 12 ou 13 buracos ia com duas pancadas abaixo do PAR, mas depois começou a chover muito e no 13 faço um duplo. Num metro faço três putts. Mas depois começou a chover muito e, dado a minha falta de experiência, andei muito à pressa e dei duas pancadas fora.

 

Foi uma participação positiva, neste primeiro dia. Fazer PAR do campo é muito bom. Aprendi muito a jogar com os profissionais. Mas acima de tudo consegui o meu principal objectivo, que era divertir-me. Diverti-me imenso. Não tenho expectativas, nem estabeleço nenhum objectivo».

 

Press-Release
GABINETE DE IMPRENSA

DO PGA EUROPEAN TOUR EM PORTUGAL
10/Jun/2010

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Revised: 11-06-2010 .