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54º Estoril Open de Portugal

THOMAS BJORN UM DOS MELHORES CAMPEÕES DE SEMPRE

 

O dinamarquês Thomas Bjorn quebrou hoje (Domingo) um jejum de quatro anos sem ganhar qualquer torneio do European Tour e conquistou o seu décimo título europeu no 54º Estoril Open de Portugal.

 

Thomas Bjorn, de 39 anos, agregou 265 pancadas, 23 abaixo do Par do campo desenhado por Robert Tent Jones Jr., após um derradeiro cartão de 68 pancadas, o seu pior da semana, mas, mesmo assim, dentro do seu objectivo de «fazer quatro voltas nos sessentas».

Um pouco de «nervos extra» e um vento «mais forte que não se notava mas afectava os ‘shots’ de ataque a ‘greens’ elevados» não o impediram de averbar o seu 16º título internacional, o décimo no European Tour e apenas o primeiro desde o Open da Irlanda de 2006, um “jejum” de quatro anos e 23 dias.

 

 

Na história de 54 edições do Open de Portugal só nove jogadores ganharam depois de terem representado a selecção europeia da Ryder Cup. O dinamarquês foi o nono, juntando-se a Colin Montgomerie, Miguel Angel Jiménez, Paul Broadhurst, Phillip Price, Sam Torrance, Ronan Rafferty, David Gilford e Sam Richardson. E Bjorn deu-se ainda ao luxo de fazê-lo com um ‘score’ de 23 abaixo do Par, apenas a 1 pancada do recorde do torneio para 72 buracos que continua a pertencer a “Monty”, com os -24 de 1989 na Quinta do Lago.

 

«É uma honra fazer parte deste lote de prestigiados vencedores do torneio», disse Thomas Bjorn, sem dúvida, um dos melhores campeões de sempre do Open de Portugal.

 

Mas a sua ligação ao país é ainda mais profunda. «Desde os 14 anos que venho a Portugal jogar golfe. Tenho de agradecer à Federação Portuguesa de Golfe por deixar-me treinar nos Invernos com as selecções portuguesas», declarou na cerimónia de entrega de prémios, acrescentando mais tarde, já em conferência de Imprensa, que conhece «o presidente da FPG, Manuel Agrellos, há muitos anos». Não quis, no entanto, tornar públicas as suas melhores recordações desses tempos: «Éramos jovens e divertíamo-nos com coisas que é melhor não contar agora não contar, mas posso dizer que passei uns bons tempos com o António Sobrinho».

 

Nas duas primeiras voltas deste 54º Estoril Open de Portugal Thomas Bjorn jogou ao lado de Filipe Lima, um jogador que considera «muito bom, mas a passar por um mau bocado como eu também passei, mas nota-se que o talento está lá».

 

Hoje esse talento veio ao de cima quando o nº1 português arrancou três ‘birdies’ nos cinco primeiros buracos, parecendo que iria assaltar a classificação, mas um triplo-‘bogey’ no buraco 9 arrumou de vez a questão, já depois de um primeiro bogey no 7. Lima fechou a prova com um sempre desagradável duplo-‘bogey’ no 18, mas saiu da Penha Longa no 57º lugar, entre os 78 jogadores que passaram o ‘cut’, motivado para o resto do ano (ver entrevista em baixo).

 

Para o presidente da FPG, Manuel Agrellos, «o Filipe Lima provou que é o melhor jogador português, aquele que sistematicamente passa mais ‘cuts’ e que está ali na luta nos torneios do European Tour. A FPG nunca deixou de apoiá-lo, mesmo quando outros já não acreditavam nele. Tem jogo para ser um grande vencedor».

 

Para Manuel Agrellos, o balanço da semana «é extremamente positivo. O torneio não começou bem com a mudança de data devido ao mau tempo, mas foi uma decisão acertada a de adiá-lo. O campo da Penha Longa apresentou-se excelente e foi muito elogiado pelos jogadores, terminámos com um lindo dia de sol que possibilitou bonitas imagens na transmissão televisiva internacional e tivemos um grande campeão que nem se esqueceu de agradecer a Portugal e à Federação pelos tempos da sua juventude que passou por cá».

 

Portugal e a FPG poderão necessitar da sua ajuda para a vitória na candidatura à organização da Ryder Cup de 2018. Com a renúncia da Suécia, é provável que o dinamarquês Bjorn tenha deixado de ter uma candidatura preferida, mas como é o actual presidente da Comissão de Jogadores do European Tour, optou por uma resposta diplomática: «Portugal é um país que está no coração de todos os jogadores do European Tour. É um dos nossos destinos de golfe preferidos. Mas a decisão da Ryder Cup, que terá de ser tomada até Março do próximo ano, é algo de muito sério e eu diria que Portugal tem tão boas hipóteses de ganhar como qualquer outra candidatura».

 

Já sobre o local onde gostaria de defender em 2011 o seu título de campeão do Estoril Open de Portugal, não teve dúvidas nenhumas: «Adoraria defendê-lo na Penha Longa» (ver entrevista em baixo).

 

A cerimónia de entrega de prémios foi dirigida pelo secretário-geral da FPG, Pedro Vicente, contando com a presença de Fernando Seara (presidente da Câmara Municipal de Sintra), Duarte Nobre Guedes (presidente do Turismo Estoril), António Padeira (Director-coordenador da Promoção do Turismo de Portugal), Manuel Agrellos (presidente da Federação Portuguesa de Golfe), Peter Adams (director de torneios do PGA European Tour) e João Pedro Themudo (presidente da PGA de Portugal).

 

RESULTADOS

 

‘Top-5’

 

O ‘top-5’ definitivo do 54º Estoril Open de Portugal, após a quarta volta (72 buracos) no campo da Penha Longa, ficou ordenado do seguinte modo:

 

1º Thomas Bjorn (Dinamarca), 265 (67+65+65+68), -23, €166.660.

2º Richard Green (Austrália), 270 (67+65+64+70), -18, €111.110.

3º Mark Hasstrup (Dinamarca), 272 (67+69+64+70), -16, €62.600.

4º Robert Rock (Inglaterra), 274 (68+67+68+71), -14, €50.000.

5º Damien McGrane (Irlanda), 275 (64+70+68+73) -13, €42.400.

  

Português que passou o ‘cut’

 

57º Filipe Lima (FPG), 287 (71+71+70+75), -1, €2.750.

 

Portugueses que falharam o ‘cut’

 

79º Hugo Santos (Ping), 144 (70+74), Par.

79º António Dantas (Penha Longa), 144 (72+72), Par.

92º Ricardo Santos (FPG/PressPeople), 145 (73+72), +1.

113º Gonçalo Pinto (FPG), 148 (72+76), +4*

116º Henrique Paulino (Indra/Mobbit), 149 (76+73), +5.

116º Ricardo Melo Gouveia (FPG), 149 (74+75), +5*.

121º Tiago Cruz (Banco BIG), 151 (76+75), +7.

125º Miguel Gaspar (FPG), 152 (76+76), +8*.

127º Nuno Campino (MyGolf), 153 (72+81), +9.

.

130º António Rosado (CLC), 158 (82+76), +14.

131º António Sobrinho (Vale do Lobo), 159 (77+82), +15.

132º João Malagueira (FPG), 160 (75+85), +16)*.

134º Nelson Cavalheiro (Oceânico), 163 (79+84), +19.

135º Tomás Silva (FPG), 164 (83+81), +20*.

 

* Amador
 

Thomas Björn

Fourth round 68, aggregate total 265 (– 23)

 

Q. It’s been four years since your last win Thomas...was it worth the wait?!
A. It’s never really worth the wait! But it was certainly nice to win again. Today had its ups and downs, but I pulled it off when I needed to and closed out the tournament quite well in the end. I had a lot of chances to keep the chasing pack behind me, but I was probably a little bit more nervous than I might’ve been in the past. And the conditions were very tough, so if it started going wrong, it can go very wrong. But I was very determined not to let anything get in my way today, and even when I missed some short putts I kept battling away. I knew that if I didn’t make any mistakes over the closing holes I’d have a great chance of winning, and that’s how it proved.

 

Q. You mentioned the conditions there...how tough was it at times in the wind?
A. It was very tough, because a lot of your approach shots are to elevated greens, so it’s difficult to know how the wind will react in the wind. So even wedge shots became very difficult. It was a tough day on the course, but I had a game plan to shoot something in the 60s, and I knew that if I managed to do that in those conditions, I’d be very tough to beat.

 

Q. Was it difficult to keep your focus on the 18th tee, after such a long wait?
A. Not really – I knew that even if Richard made eagle I could still make a bogey and win the tournament, so it wasn’t as big an issue as it might’ve been. But it’s never nice to wait. There are a few holes out there where you are going to have to wait, but I kept my patience. The big holes today for me were 14 and 15 – the two birdies there were very special.

 

Q. Can we now start to talk about Thomas Bjorn as a potential Ryder Cup player?
A. Not really. I’ve got such a long way to go to make the team, so it’s not really in my mind. I just want to go and play some good golf over the summer, and if I play like I did this week for a few events over the summer, potentially there’s a chance to make The Ryder Cup Team. But it’s taken a lot of hard work to get myself into this position, so it wouldn’t be fair on myself if I didn’t just enjoy this moment, instead of starting to get ahead of myself.

 

Q. Was there ever a time over these past few years where you doubted that you would win again?
A. When you go through a long winless spell like I did, where I was playing poorly and struggling mentally, the doubts do start to creep in. But this year I’ve felt pretty good about how I’ve been playing, and although I missed six cuts in a row, I had a pretty strong belief that I would turn it around. I played well in Wales last week, apart from the last day, and then qualifying for The Open on Monday was a big boost for me, because I knew I could play well when I really needed to. I just carried the confidence I took for there into this week, and that was one of the reasons behind my performance, which is one of my best for many years – certainly over the first three days.

 

Q. Just finally a quick word about Mark Haastrup – it must be nice to see two Danes in the top three?
A. Yeah, it’s great. He’s a young boy, and so he needs those kind of performances to give him the confidence and belief that he belongs out here. Today’s round of 67 was wonderful, so that’s every credit to him because when you come out on Tour these days, it’s very difficult to make a name for yourself, unless you’re exceptionally talented.            

 

Q. You mentioned after Wales that you would have a different mental attitude the next time you got into contention...was that the case today?
A. Yeah, I just concentrated on my own game today. I had a three-shot lead, so things can only really go wrong. So I went out and just tried to build a score, which is what I’ve done all week. I put a number in my head, in the 60s, and I knew that if I hot that score, I’d be very difficult to beat. Even if things don’t go your way early in the round, just keep plugging away because the birdie chances will come in the end. So I stayed in the moment all day, and even though I missed some short putts – particularly on the 12th – I bounced back and never found myself in too much trouble.
That was the key to winning.

 

Q. After six missed cuts, what happened this week?
A.  I’ve started putting much better over the last two weeks, and in order to shoot low numbers, that’s what you’ve got to do. It make such a big difference, because all of a sudden you don’t have to hit it to 12 feet to make birdies any more – you can hit it to 12 feet and still make birdies. So it takes a lot of pressure off your long game – I feel a lot more freedom in my game these days.

 

Q. The President of the Portuguese Federation said he knows you well...
A. Yeah, I first came over here when I was around 40 – we had an exchange between the Danes and the Portuguese, and we’ve stayed in touch ever since. He’s a good guy.

 

Q. Have you got any stories?
A. I was young at the time, so I’m not sure I want to share them!

 

Q. What have you made of the course? Because some people have said it’s too short...
A. It is quite short, but it’s always windy here, so that’s the course’s natural defence. You saw how windy it was today – just because it’s not that long, it’s still a tough course. You’ve got to drive the ball very well out there. When I look at my stats this week, my driving stats have been fantastic.
So that’s basically where I won the tournament.

 

Q. Would you like to defend your title here next year?

A. Of course I would!

 

FILIPE LIMA

-1 (71 + 71 + 70 + 75 = 287 pancadas)

 

«Faço um balanço positivo deste Open, porque nestes três últimos dias joguei muito bem.

 

Hoje foi mais difícil, fiz algumas asneiras. Tento trocar umas coisas no swing, que de vez em quando falha, mas foi bom, joguei bem, comecei bem, mas depois não consegui segurar. Fiz uma asneira. No buraco 9 passou-se uma coisa que nunca me tinha sucedido: estava na estrada, à direita, quis dropar, o árbitro deixou-me dropar sem penalidade, mas ao dropar a bola bateu no tee e foi contra uma raiz. Se não tivesse batido no tee estava lá e fazia PAR. Foi azar.

 

Acabei mal a volta, mas joguei bem. Estava com a cabeça virada para casa. Mas estou contente. O putt hoje esteve muito melhor, por isso estou contente. Nos segundo e terceiro dias o jogo curto foi a principal dificuldade. É verdade, mas hoje correu bem, tirando as asneiras que fiz, correu bem.

 

Para a semana vou jogar o torneio de Saint Omer, depois vou para a Alemanha, a seguir vou para França, depois talvez pare uma semana durante o British Open e sou capaz de ir passar umas férias à Madeira. Depois será sempre a jogar até Agosto e de Agosto em diante também. Não estava previsto jogar o torneio de Saint Omer, mas como troquei de treinador e preciso de jogar, então vou jogar. É verdade que estou mais num período de treino e necessito de descansar, aproveito e vou jogando enquanto posso, enquanto o corpo der.

 

Sim, tenho acompanhado este mundial. Tenho visto os jogos todos. Agora vou concentrar-me no jogo de Portugal. Penso que a equipa vai fazer um bom mundial. Este ano acredito mesmo que a equipa portuguesa vai fazer um bom mundial. Tem boa equipa, não se fala muito, estão discretos e acho que assim é que deve de ser.

 

A equipa para entrar bem no mundial tem de ir com calma, ter confiança e pensarem que têm um povo atrás deles e se falharem não faz mal. Gosto do professor Carlos Queirós. Falhou a convocatória de dois ou três jogadores que eu gostaria de ver na equipa, mas ele sabe o que está a fazer.

 

O meu onze para o jogo com a Costa do Marfim…. O Cristiano Ronaldo, o Hugo Almeida… no ataque; cá atrás… entre Duda e Coentrão decido-me pelo Coentrão. Gosto dele, tem estilo. Dúvidas na frente? Simão ou Danny? Simão. Fez uma boa época, portanto tem de jogar.

 

O jogador que mais admiro neste mundial? O Cristiano Ronaldo. Vi o jogo do Messi, tem estilo, mas gosto mais do Ronaldo, tem mais potência».

 

Press-Release
GABINETE DE IMPRENSA

DO PGA EUROPEAN TOUR EM PORTUGAL
13/Jun/2010

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Revised: 13-06-2010 .