Numa acção de
demonstração realizada no Belas Clube de Campo, a FPG anunciou que vai
passar a emitir licenças para deficientes e que vai organizar já este
ano o primeiro Campeonato Nacional de Golfe Adaptado. A iniciativa vai
ser replicada no Porto e Algarve.
No âmbito da candidatura
de Portugal à Ryder Cup de 2018, a Federação Portuguesa de Golfe
organizou no Belas Clube de Campo, em Sintra, uma acção de demonstração
de Golfe para deficientes, durante a qual foi anunciado que, no segundo
semestre deste ano, irão começar a ser emitidas licenças de jogador para
os mesmos e será realizado o primeiro Campeonato Nacional de Golfe
Adaptado.
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A iniciativa contou com a
participação, entre outros, de 71 deficientes mentais oriundos de nove
instituições sociais, casos da Amorama, APPACDM, Apercim, Cercitejo,
Cebi, Cervitop, Cerciama, Cedema e Elo Social. Além do presidente da FPG,
Manuel Agrellos, marcaram presença o presidente do Comité Paralímpico de
Portugal, Humberto Santos, e o promotor do Belas CC, André Jordan.
O Seleccionador Nacional,
Sebastião Gil, e o presidente da PGA de Portugal, José Correia,
estiveram entre os elementos que deram as primeiras instruções aos
visitantes, entre os quais se contavam António Machado e Sofia Cristina,
medalhados em golfe na última edição dos Special Olympics (Jogos
Olímpicos para deficientes mentais) e o cabo-verdiano Márcio Fernandes,
nº4 do ranking mundial de paralímpicos nos 100 e 200 metros.
“Estamos abertos a todos
os tipos de deficientes, sejam físicos ou mentais, e o Campeonato
Nacional será para portadores de ambas as deficiências, estando nós
neste momento a definir com médicos as categorias de acordo com a
natureza de cada pessoa”, esclareceu Pedro Vicente, presidente da
Comissão de Golfe Adaptado da FPG, que foi criada em 2010. A iniciativa
hoje desenvolvida vai ser replicada em breve no Algarve e no Porto.
Para o presidente do
Comité Paralímpico, a FPG deu em Belas “um exemplo do que é necessário
acontecer nos diversos desportos, abrindo hoje as portas a uma nova
modalidade para deficientes”. Lembrando que a FPG é um dos mais recentes
membros do Comité Paralímpico, Humberto Costa referiu que o golfe pode
vir a ser um desporto de demonstração nos Jogos Paralímpicos de 2016.
“Abrir o golfe aos
deficientes não é uma façanha, é uma obrigação social”, disse por sua
vez o presidente da FPG.
Durante a iniciativa, foi
feita uma demonstração de cadeira de rodas adaptada para golfe, com o
apoio da Ottoblock, empresa multinacional que tem vindo a apoiar a
Comissão de Golfe Adaptado da FPG.
Gab. Imprensa F.P.G.. 3 de Maio 2011
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