Challenge Tour - Apulia San Domenico Grand Final

SANTOS E FILIPE LIMA NO TOP-25

 

Ricardo Santos e Filipe Lima, mesmo sem jogarem mal, perderam hoje (quinta-feira) posições importantes na segunda volta do Apulia San Domenico Grand Final, o torneio italiano de 330 mil euros em prémios monetários, que encerra esta semana a época de 2011 do Challenge Tour, a Segunda Divisão do golfe profissional europeu.

 

Ricardo Santos caiu do 1º para o 11º lugar, empatado, após uma segunda volta em 69 pancadas, 2 abaixo do Par, agregando agora 135 (-7).

 

Filipe Lima tombou do 18º para o 23º posto, empatado, apesar de ter melhorado em 1 pancada o seu resultado de ontem, somando hoje 68 (-3), para um total de 137 (-5).

 

Ricardo Santos está a 7 pancadas do novo líder, o inglês Tommy Fleetwood, que bateu o recorde do campo e estabeleceu o melhor resultado do ano no Challenge Tour (em relação com o Par), ao entregar um cartão de 61 pancadas, 10 abaixo do Par!

 

«Embora seja uma grande volta, para mim não é uma surpresa vê-lo com estes resultados. Joguei com o Tommy Fleetwood no Madeira Islands Open e aqui mesmo, ontem. É um jogador bastante completo, bate bem na bola, é calmo e o caddie do Benjamim Herbert disse-me que hoje o Tommy jogou simples: fairway, green e putt. Se ele fez o que fez no Dunhill Links (-17 no final dos 72 buracos e um excelente 5º lugar), não é de estranhar este resultado em condições de jogo teoricamente mais fáceis», disse Ricardo Santos.


O nº1 da PGA de Portugal e nº3 do Challenge Tour refere-se, sobretudo, à falta do vento que se prevê que apareça com mais intensidade a partir de amanhã (sexta-feira).

 

«Preciso de uma boa volta para aproximar-me dos da frente. Sem vento, mesmo que faça uma boa volta, poderá não ser suficiente. Há que ter esperança de o vento impedir voltas com muitas pancadas abaixo do Par e que eu seja capaz de jogar bem», acrescentou o algarvio de 29 anos, que até começou da melhor maneira a segunda ronda.

 

Ricardo Santos partiu na co-liderança do torneio e arrancou logo birdies nos buracos 2 e 3, tal como Fleetwood, mas enquanto o inglês terminou a volta com 8 birdies, 1 eagle e isento de bogeys, o português perdeu 1 pancada no 12 e outra no 13: «No 12 fui ao bunker e o putt não era fácil. No 13 falhei a saída de madeira-3 e o chip era complicado».

 

Novos birdies nos buracos 14 15 e 17 fizeram com que somasse tantos quanto na véspera (5). A diferença foram os 3 bogeys, com o último a surgir no 18. Embora tenha feito ‘green in regulation’, ficou com um putt de 35 metros. «Ainda não tivera um putt tão grande neste campo e não tinha as sensações certas», lamentou.

 

A luta pelo posto de nº1 do Challenge Tour pode ter ficado muito mais complicada, porque Tommy Fleetwood é o actual nº2, está destacado na liderança, a 3 pancadas do italiano Andrea Pavan, que conhece o campo melhor do que ninguém porque representa do San Domenico Golf Club. Por outro lado, Sam Little, o ainda nº1, está empatado com o mais novo dos irmãos Santos, no 11º lugar.

 

Mas para Ricardo Santos, vencedor este ano no The Princess by Schucco, na Suécia, o mais paradoxal é que até se sentiu a jogar melhor: «Gostei mais do meu jogo de hoje, bati melhor na bola do que ontem, mas ontem estive a 100% no jogo curto e hoje, se calhar, a apenas 90%. Em geral, foi um dia positivo».

 

Situação algo semelhante viveu Filipe Lima, que teve um desabafo que explica tudo: «É estranho, hoje joguei 3 abaixo do Par, melhor do que o -2 de ontem, e perdi 5 lugares».

 

A ausência de vento nos dois primeiros dias funcionou como um equalizador e Lima deseja que o vento sopre como quando jogou aqui há dois anos: «Toda a gente gosta de me ver jogar com vento. Um dos motivos porque treinei na Estela (e em Vidago) nos últimos tempos foi para me preparar para o vento que previa. Parece que o vento vai soprar nos últimos dias, sobretudo no último. Poderá ser horrível, porque é quando há mais pressão».

 

O português residente em França também acredita que um vento mais forte poderá separar as águas, trazer ao topo do leaderboard os melhores jogadores, entre os quais se inclui. Ao contrário do 18º lugar de ontem, Lima sabe que o 23º posto de hoje é preocupante para quem, como ele, figura na 19ª posição do ranking do Challenge Tour e precisa de encerrar a época no top-20 para juntar-se a Ricardo Santos no European Tour em 2012.

 

«Neste momento, queria estar ali pelos 7 abaixo do Par. O resultado de -5 é justo, estou a esticar-me um bocadinho e não estou a gostar muito».

 

Tal como na primeira volta, Filipe Lima mostrou que sabe fazer birdies. Hoje foram 4 (buracos 2, 4, 10 e 14) face aos 6 de ontem, mas ainda não conseguiu uma volta isenta de bogeys. No primeiro dia foram 4 e hoje apenas 1, no buraco 9, porque a segunda pancada foi parar a um rough à direita do green e o pitch ficou curto, na gola do green.

 

O momento simultaneamente mais difícil e mais genial de Filipe Lima aconteceu no 15 (Par-5). O segundo shot de madeira-3 fugiu à esquerda e foi parar a um tufo de densa vegetação rasteira que rodeava um cacto. Pensou várias vezes no que queria fazer e com receio de magoar o pulso mas deu-lhe com tudo o que tinha e por pouco a bola não foi ao green, caindo num bunker. O bunker-shot ficou a menos de um metro e o putt salvou o Par.

 

No final do torneio saberemos se este Par salvo foi vital, mas o português de 29 anos só pensava no eagle perdido: «Aquela madeira-3 era perfeita à bandeira para eagle». Tem toda a razão porque, pensando que tinha perdido a bola, deu uma provisória e a bola aterrou a uns 2 ou 3 metros da bandeira…

 

A volta de Filipe Lima acabou por ficar caracterizada pelo que poderia ter sido. Fez birdies no 2 e no 4, mas como ele próprio salientou, «houve putts para birdie no 1, 3, 5, 7, 11 (gravata), 12, 13 e 16. Tudo putts de 3 e 4 metros. A esta distância só meti o birdie do 4. Tudo o resto não entrou».

 

Amanhã, para a terceira volta, Filipe Lima parte às 09:26 horas com o irlandês Simon Thorton e o italiano Federico Colombo, enquanto Ricardo Santos integra o grupo das 09:59 horas, com o espanhol Jorge Campillo e o escocês Chris Doak.

 

 Hoje à noite, às 23 horas, a SportTV Golfe transmitirá um resumo do segundo dia da Apulia San Domenico Grand Final do Challenge Tour.

    

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Press-release
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04/11/2011

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Revised: 04-11-2011 .