Miguel Franco de Sousa, membro da
Comissão Executiva da Candidatura Portuguesa, disse: "Estamos muito
optimistas relativamente às hipóteses de sucesso da nossa candidatura. A
proposta que apresentámos é praticamente irrecusável pela Ryder Cup
Europe. Temos o apoio incondicional do Governo de Portugal, que percebeu
desde a primeira hora a importância estratégica do evento para o
desenvolvimento do turismo do país, e um parceiro privado que apresenta
um campo de golfe de classe mundial e que proporcionou uma proposta
comercial imbatível. Além disso, Portugal oferece um clima inigualável
pelos outros candidatos e é o país com maior margem de crescimento do
seu número de golfistas!".
Segundo explicou Carlos Cortês,
administrador da Herdade da Comporta, o adiamento da data inicialmente
prevista para o anúncio da decisão deveu-se a uma questão de agenda
entre os vários intervenientes. "Vamos ter de esperar mais um pouco, mas
sempre confiantes, porque a candidatura está a correr bem", disse.
Um dos cinco candidatos sucederá assim a
Irlanda (2006), Gales (2010) e Escócia (2014) como palco da Ryder Cup no
Velho Continente, naquela que será apenas a segunda vez que a prova se
realiza na Europa Continental
depois de Espanha em 1997.
Houve inicialmente seis países a
concorrer para receber a Ryder Cup 2018 mas, entretanto, antes do final
do prazo da entrega das propostas a 30 de Abril de 2010, a Suécia viria
a desistir.
O Painel de Avaliação da Ryder Cup 2018
iniciou então um rigoroso processo de validação das cinco candidaturas,
que incluiu visitas aos locais que Portugal, França, Alemanha, Holanda e
Espanha apresentaram como possível palco da prova. E depois de consultas
jurídicas com todos os países, cada candidato terá de assinar agora um
Acordo de Anfitrião Condicional, legalmente válido e que compromete
definitivamente os candidatos no caso de ganharem.
A Ryder Cup Europe activará o contracto
com o país vencedor logo a seguir ao anúncio público do dia 17 de Maio.
Hills comentou: "Foi num simpósio em
Londres que iniciámos o processo de candidatura, ao qual que demos o
nome de código ‘Operação Terreno de Jogo Plano’. E acreditamos que
seguimos rigidamente essa promessa que fizemos às nações candidatas."
"Subsequentemente embarcámos num completo
processo de avaliação e validação das candidaturas, as quais
consideramos todas como sendo de excepcional qualidade. O Painel de
Avaliação da Ryder Cup visitou os cinco candidatos durante um período de
três semanas entre Abril e Maio do ano passado, verificando o progresso
que estava a ser feito por cada país e realizando visitas de inspecção
aos locais onde a prova poderá vir a ser realizada."
"Ficámos muito bem impressionados com o
nível de compromisso e clareza nas propostas apresentadas por Portugal,
França, Alemanha, Holanda e Espanha à medida que o processo decorreu e a
meticulosa atenção ao detalhe em cada Documento de Candidatura, que
transportava o selo único de cada país individualmente."
"A 17 de Maio, anunciaremos um medalha de
ouro e quatro medalhas de prata.
Com base no detalhe e na qualidade das
suas propostas, todos os cinco poderiam receber a Ryder Cup 2018, e
embora um dos países seja o vencedor, gostaríamos de, no futuro,
continuar a nossa relação de proximidade com cada um dos cinco países."
O Director de Candidaturas da Ryder Cup
2018, David MacLaren, acrescentou:
"No início dissemos que queríamos fazer a
decisão desportiva correcta e a decisão comercial correcta.
Estabelecemos então cinco critérios segundo os quais as candidaturas
seriam avaliadas: a disponibilização de um campo de golfe de classe
mundial; infra-estructuras necessárias para realizar uma Ryder Cup;
apoio governamental, dos privados e do golfe; oportunidades comerciais
para a Ryder Cup Europe; e a contribuição do Pais Anfitrião para o
desenvolvimento do golfe."