No Clube de Golfe da Ilha Terceira, a
competir no mais importante torneio de golfe feminino português,
discutindo o bolo global de prémios monetários no valor de 30 mil euros,
estarão as portuguesas Susana Ribeiro, Mónia Bernardo e Joana de Sá
Pereira, a desafiar uma concorrência de peso, dado que, entre as 60
participantes figuram nove das dez primeiras da Ordem de Mérito do LETAS
e 17 do top-20, igualando o recorde qualitativo estabelecido pela
primeira vez em 2014.
Susana Ribeiro a campeã nacional
absoluta
Nunca o estatuto de campeã nacional
absoluta foi tão bem atribuído a uma jogadora portuguesa pois, pela
primeira vez uma atleta venceu na mesma época desportiva o Campeonato
Nacional Amador Peugeot e o Solverde Campeonato Nacional PGA. Essa feito
recorde do golfe nacional foi alcançado há duas semanas por Susana
Ribeiro, de 25 anos, a nova campeã nacional de profissionais, meses
depois de se ter tornado na primeira portuguesa a sagrar-se tricampeã
nacional amadora (três títulos seguidos).
A portuense residente em Belas repete a
presença na prova pelo terceiro ano seguido, mas será a sua estreia em
torneios internacionais com o novo estatuto de profissional, ao qual
aderiu há duas semanas.
A sua primeira participação no Açores
Ladies Open, enquanto amadora, aconteceu no Clube de Golfe da Ilha
Terceira em 2013, palco onde a prova regressa este ano, de 2 a 4 de
outubro.
Nesse ano, só falhou o cut por 1 pancada.
No ano passado, no Batalha Golf Course, em São Miguel, teve a pouca
sorte de ser desclassificada no início da primeira volta pelo uso
indevido de equipamento eletrónico de medição de distâncias, mas em 2015
está de volta à Terceira para tentar apagar as más memórias e continuar
o plano de preparação para a um grande arranque de carreira profissional
a que se propôs.
«Foi uma boa altura para passar a
profissional, porque estou numa boa fase de jogo e gostava de jogar
alguns torneios profissionais antes da Escola de Qualificação do Ladies
European Tour em dezembro. Também quero ambientar-me um pouco, porque é
uma vida completamente diferente. Já tinha jogado um Campeonato Nacional
de profissionais (em 2011) como amadora, mas é muito diferente fazê-lo
como profissional. Logo a seguir joguei o Quality First Open da PGA de
Portugal em Belas, e o Açores Ladies Open. Desse modo não vou a frio
para Escola de Qualificação do LET», declarou Susana Ribeiro, de 25
anos, que na semana passada obteve um excelente 4º lugar em Belas, num
torneio ganho por Hugo Santos.
Mónia Bernardo a mais experiente
Mónia Bernardo é a mais experiente das
três portuguesas em prova neste 5º Açores Ladies Open. Joga a prova pela
terceira vez em quatro anos.
Em 2012, no Batalha, falhou o cut por 1
pancada e em 2014, também em São Miguel, apenas por 2, pelo que sabe que
tem valor suficiente para conseguir disputar os três dias do torneio.
Aliás, a madeirense de 36 anos, residente
no Algarve, é uma das duas únicas jogadoras portuguesas a ter passado o
cut em eventos do Ladies European Tour (Primeira Divisão Europeia),
embora neste LETAS (escalão secundário) nunca o tenha conseguido, ao
contrário de Sofia Câmara e Leonor Bessa, que jogaram os três dias do
Açores Ladies Open, respetivamente em 2012 e 2014.
Sofia Câmara está a iniciar a carreira de
jornalista, sendo já colaboradora do programa Golf & Golfistas da
SportTV e do site Golftattoo, competindo cada vez menos.
Já Leonor Bessa, que no Domingo passado
venceu a Taça da FPG/BPI, manifestou-se «muito triste por não poder
jogar nos Açores, um ano depois de ter sido 16ª classificada. Foi uma
decisão que custou muito a tomar, mas há o Campeonato da Europa de
Clubes na semana seguinte».
«Não podia jogar tantas semanas seguidas,
tinha de tomar uma opção e sei que terei mais oportunidades de jogar o
Açores Ladies Open nos próximos anos. Mas não foi fácil», confessou a
campeã nacional de sub-18.
Mas voltando a Mónia Bernardo, é a
treinadora do Sheraton Pine Cliffs que nos seus tempos de jogadora
competiu em vários circuitos profissionais e detém três títulos de
campeã nacional de profissionais, o último dos quais averbado em 2014.
Em 2015 foi vice-campeã, atrás de Susana Ribeiro. «É bom estar estas
semanas seguidas com a Susana e é bom haver mais concorrência», disse,
aludindo à passagem da compatriota a profissional.
Joana de Sá Pereira, o Filipe Lima
de saias
A grande surpresa do 5º Açores Ladies Open
é Joana de Sá Pereira, que nunca competiu em Portugal, mas é filha de
emigrantes do distrito de Bragança. Tem 25 anos, nasceu na Suíça, reside
em França, licenciou-se nos Estados Unidos onde foi uma estrela do
circuito universitário, tornou-se profissional há poucos meses e tem
estado a obter resultados de relevo no LETAS: 7ª no CreditGate24 Golf
Series Hamburg Open (Alemanha), 13ª no Open Generali de Strasbourg
(França), 20ª no CitizenGuard LETAS Trophy (Bélgica), 23ª no HLR Golf
Academy Open (Finlândia).
Em Portugal podemos saber muito pouco
dela, mas joga com a bandeira portuguesa agarrada ao saco, tem
passaporte português e tem andado a representar Portugal no circuito
profissional nestes últimos meses. É uma espécie de Filipe Lima de
saias, embora desconhecida do público local.
«É o meu primeiro torneio em Portugal. É
especial. E o objetivo óbvio, é de ganhar. Fazê-lo em Portugal… seria
lindo», disse, num português bastante correto, para quem sempre viveu
fora.
Manuel Agrellos, presidente da FPG,
elogia torneio
Manuel Agrellos, o presidente da Federação
Portuguesa de Golfe, elogiou a organização: «É com grande satisfação que
verificamos, uma vez mais, a realização de um torneio integrado no
Ladies European Tour Access Series nos Açores, desta vez, no Campo de
Golfe da Ilha Terceira. Gostaria de enaltecer o enorme esforço de todos
os envolvidos na realização deste Open, nomeadamente a Ilhas de Valor,
S.A.».
O 5º Açores Ladies Open tem o alto
patrocínio do Governo Regional dos Açores. O promotor nacional é a
Stream Plan, empresa que encerra nos seus quadros e em parcerias diretas
uma vasta equipa com grande experiencia na organização de eventos
desportivos (Volta a Portugal em Bicicleta, Volvo Ocean Race, Rali
Dakar, Campeonatos do Mundo de Vela, Troféu de Portugal TP52, Lisbon
Grand Prix Offshore, WCT Figueira Pro, etc.). Em golfe, alguns dos seus
elementos foram responsáveis ou colaboraram, para além das edições
anteriores do Açores Ladies Open, na realização de mais de 30 eventos do
European Tour, incluindo o Open de Portugal, Estoril Open, Madeira
Islands Open e Brazil Open e ainda inúmeros eventos do European
Challenge Tour, Ladies European Tour e European Seniors Tour.
A organização do evento está ainda a cabo
do Clube de Golfe da Ilha Terceira e da Azores Golf Islands / Ilhas de
Valor – entidade que tem acompanhado a promoção e organização do evento
desde a sua origem, contando também com a chancela da PGA de Portugal
(associação nacional de profissionais de golfe) e da Federação
Portuguesa de Golfe, organismo máximo do golfe nacional.
O 5º Açores Ladies Open conta ainda com os
apoios da SATA, Vista Alegre, Panazorica e Hotel Angra Garden.
Noticias Anteriores:
Isi
Gabsa regressa à Ilha Terceira para recuperar nº 1
Press-release
Stream Plan
30 DE SETEMBRO2015
Voltar