6º Açores Ladies Open

JOANA DE SÁ PEREIRA QUER VOLTAR À BOA FORMA E CONHECER SÃO MIGUEL

 

Joana de Sá Pereira, a única portuguesa cotada no ranking mundial feminino de golfe, vem ao 6º Açores Ladies Open para dar a volta à série mais negra de resultados da sua curta carreira. A portuguesa residente em França só se tornou profissional no ano passado e disputou pela primeira vez o mais importante torneio de golfe feminino nacional em 2015, no Clube de Golfe da Ilha Terceira, mas este ano irá conhecer o Batalha Golf Course, na Ilha de São Miguel, de 30 de setembro a 2 de outubro, com o Pro-Am no dia 29. 

«Vai ser muito bom jogar noutro campo que não conheço, numa ilha da qual já ouvi ser e espetacular e muito bonita. Estou ansiosa de explorar a ilha e de jogar algum golfe maravilhoso», disse, depois de no ano passado ter falhado o cut. 

Joana Sá Pereira por Luís Ribeiro

Joana de Sá Pereira nunca tinha competido em torneios profissionais em Portugal, antes do Açores Ladies Open de 2015, mas é filha de emigrantes do distrito de Bragança. Tem 26 anos, nasceu na Suíça, reside em França, licenciou-se nos Estados Unidos onde foi uma estrela do circuito universitário, tornou-se profissional no verão do ano passado e obteve os melhores resultados portugueses de sempre no LETAS (Ladies European Tour Access Series), a segunda divisão europeia feminina: 7ª no CreditGate24 Golf Series Hamburg Open (Alemanha), 13ª no Open Generali de Strasbourg (França), 20ª no CitizenGuard LETAS Trophy (Bélgica), 23ª no HLR Golf Academy Open (Finlândia). 

Em Portugal sabemos muito pouco dela, à exceção de uma longa entrevista concedida em 2015 ao site especializado “Golftattoo”, mas joga com a bandeira portuguesa agarrada ao saco, tem passaporte português e representa Portugal no circuito profissional, sendo sócia da PGA de Portugal desde finais do ano passado. É uma espécie de Filipe Lima de saias, embora de menor currículo. 

«Vou jogar os Açores Ladies Open e estou desejosa», assegurou, indagando-se: «Será que encaro o Açores Ladies Open de forma diferente dos outros torneios do LETAS? Sim e não. Sim, porque é um torneio em que jogo em casa, quero dizer, em Portugal. Há, por isso, uma pressão que não existe nos outros torneios. Por outro lado, não, porque é torneio como os outros e a preparação para todos os torneios é a mesma e não muda». 

Esperava-se muito de Joana de Sá Pereira em 2016, mas foi o contrário que sucedeu. Em oito torneios disputados no LETAS ainda não passou nenhum cut. A sua melhor volta foi de 71 pancadas e tem cinco cartões de 80 ou mais pancadas. Contudo, recusa-se a desanimar e o seu estilo combativo fá-la virar-se para o Açores Ladies Open como uma oportunidade para inverter a tendência. 

«A minha época de 2016 não tem sido nada como tinha previsto no início. Mas há épocas assim, com altos e baixos. O meu “swing” está no lugar e estou a bater extremamente bem na bola. Nestes últimos cinco torneios é o “putting” que me tem dado problemas. Neste momento o “putting” é a minha principal preocupação e é nisso que me foco. Em cada torneio tenho saído mais forte e com todas as sensações positivas. E quando surgem as negativas, trabalho para que se transformem em coisas positivas. Continuo cheia de motivação e força mental para superar as dificuldades. É a única maneira de continuar, de ficar mais forte de continuar a aprender e seguir em frente. Sempre fui muito positiva em tudo o que faço e também nunca desisto. Isso não é opção», declara com convicção. 

O Açores Ladies Open é organizado pela Stream Plan, com o apoio do Governo Regional dos Açores e da Azores Golf Islands / Ilhas de Valor SA. A 6ª edição distribui prémios monetários no valor de 30 mil euros, atribui pontos para o ranking mundial e, sobretudo, para a Ordem de Mérito do LETAS.

 

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Revised: 22-09-2016 .