Joana de Sá Pereira nunca tinha competido
em torneios profissionais em Portugal, antes do Açores Ladies Open de
2015, mas é filha de emigrantes do distrito de Bragança. Tem 26 anos,
nasceu na Suíça, reside em França, licenciou-se nos Estados Unidos onde
foi uma estrela do circuito universitário, tornou-se profissional no
verão do ano passado e obteve os melhores resultados portugueses de
sempre no LETAS (Ladies European Tour Access Series), a segunda divisão
europeia feminina: 7ª no CreditGate24 Golf Series Hamburg Open
(Alemanha), 13ª no Open Generali de Strasbourg (França), 20ª no
CitizenGuard LETAS Trophy (Bélgica), 23ª no HLR Golf Academy Open
(Finlândia).
Em Portugal sabemos muito pouco dela, à
exceção de uma longa entrevista concedida em 2015 ao site especializado
“Golftattoo”, mas joga com a bandeira portuguesa agarrada ao saco, tem
passaporte português e representa Portugal no circuito profissional,
sendo sócia da PGA de Portugal desde finais do ano passado. É uma
espécie de Filipe Lima de saias, embora de menor currículo.
«Vou jogar os Açores Ladies Open e estou
desejosa», assegurou, indagando-se: «Será que encaro o Açores Ladies
Open de forma diferente dos outros torneios do LETAS? Sim e não. Sim,
porque é um torneio em que jogo em casa, quero dizer, em Portugal. Há,
por isso, uma pressão que não existe nos outros torneios. Por outro
lado, não, porque é torneio como os outros e a preparação para todos os
torneios é a mesma e não muda».
Esperava-se muito de Joana de Sá Pereira
em 2016, mas foi o contrário que sucedeu. Em oito torneios disputados no
LETAS ainda não passou nenhum cut. A sua melhor volta foi de 71 pancadas
e tem cinco cartões de 80 ou mais pancadas. Contudo, recusa-se a
desanimar e o seu estilo combativo fá-la virar-se para o Açores Ladies
Open como uma oportunidade para inverter a tendência.
«A minha época de 2016 não tem sido nada
como tinha previsto no início. Mas há épocas assim, com altos e baixos.
O meu “swing” está no lugar e estou a bater extremamente bem na bola.
Nestes últimos cinco torneios é o “putting” que me tem dado problemas.
Neste momento o “putting” é a minha principal preocupação e é nisso que
me foco. Em cada torneio tenho saído mais forte e com todas as sensações
positivas. E quando surgem as negativas, trabalho para que se
transformem em coisas positivas. Continuo cheia de motivação e força
mental para superar as dificuldades. É a única maneira de continuar, de
ficar mais forte de continuar a aprender e seguir em frente. Sempre fui
muito positiva em tudo o que faço e também nunca desisto. Isso não é
opção», declara com convicção.
O Açores Ladies Open é organizado pela
Stream Plan, com o apoio do Governo Regional dos Açores e da Azores Golf
Islands / Ilhas de Valor SA. A 6ª edição distribui prémios monetários no
valor de 30 mil euros, atribui pontos para o ranking mundial e,
sobretudo, para a Ordem de Mérito do LETAS.
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