O 16º lugar é uma classificação bem acima
das expectativas, dado que Pedro Lencart, de 16 anos, e Vítor Lopes, de
19, para além de bastante jovens, estão a competir pela primeira vez
pelo famoso Eisenhower Trophy, mas nenhum deles acusou a importância do
momento e igualaram o Par-71 do Mayakoba El Camaleón Golf Club, de 6.187
metros.
Ambos estão no grupo dos 56º
classificados, empatados com outros 18 jogadores, entre um total de 212
participantes. Deve-se, contudo, salientar que neste Mundial a
classificação individual não tem a relevância da coletiva.
«Foi um dia positivo para a equipa.
Tivemos momentos menos bons durante os primeiros nove buracos, mas
rapidamente recuperámos e terminámos bem», disse Vítor Lopes, que a
nível individual reconheceu ter vivido uma luta: «Foi um dia bastante
duro psicologicamente, pois não estive bem do tee ao green. Acertei
apenas 8 greens, dos 18 possíveis. Mas estive bastante bem no jogo curto
e minimizei os danos».
Vítor Lopes, que converteu 4 birdies,
manifestou-se otimista na sua conta oficial no Facebook: «sinto-me
bastante bem com o meu jogo e acredito que a nossa equipa pode vir a ter
uma boa prestação neste torneio».
O melhor português no primeiro dia foi
Tomás Silva, de 23 anos, o único repetente, pois esteve no Mundial de há
dois anos no Japão.
Também assinou 4 birdies, mas sofreu
apenas 2 bogeys, para uma volta de 69 pancadas, 2 abaixo do Par,
surgindo num muito bom 23º lugar, empatado com outros 10 jogadores.
O ex-triplo campeão nacional amador, na
sua conta oficial de Facebook, tinha chamado a atenção para as
dificuldades das condições de jogo: «Fisicamente será um grande teste,
uma vez que, com o calor que se faz sentir, entre os 30 e os 35 graus
celsius e os níveis de humidade a aproximarem-se dos 90%, será
importante mantermo-nos hidratados».
Isto foi antes de começar a jogar, mas
ontem publicou outro post com um vídeo de chuvas torrenciais, que
alagaram completamente o campo e forçaram a uma interrupção de várias
horas.
«Os jogadores foram corajosos, bateram-se
muito bem contra as adversidades, não tiveram medo de ser felizes, e o
resultado acontece por isso mesmo», elogiou Nuno Campino.
A adaptação a estas condições de jogo
muito específicas é importantíssima e repare-se como o capitão da
Escócia, Claire Queen, explicou que levou a sua equipa na semana passada
para um longo estágio em Orlando, na Florida.
A verdade é que a Escócia lidera a
classificação, com 10 pancadas abaixo do Par (134), e um dos seus
jogadores, Connor Syme, colidera a classificação individual, com 66
pancadas, 6 abaixo do Par-72 do Iberostar Playa Paraiso Golf Club, de
6.386 metros.
Connor Syme, o vencedor este ano do
Australian Amateur, partilha o comando com o polaco Adrian Meronk, a
disputar o seu terceiro Mundial e membro da equipa universitária da East
Tennessee State University, nos Estados Unidos. Adrian Meronk também
somou 66 (-6) no Iberostar Playa Paraiso Golf Club, onde os portugueses
irão jogar hoje a segunda volta.
A 30ª edição do Campeonato do Mundo Amador
Masculino de Nações é organizada pela Federação Mexicana de Golfe (FMG),
sob a égide da Federação Internacional de Golf (IGF).
O World Amateur Team Championship/Eisenhower
Trophy, que decorre em cada dois anos, joga-se ao longo de quatro dias.
Cada jornada é composta por uma volta de 18 buracos em stroke play (por
pancadas) e dos três jogadores em competição aproveitam-se apenas os
dois melhores resultados de cada dia.
Os jogadores da seleção nacional estão
acompanhados no México pelos treinadores Nuno Campino e José Pedro
Almeida.
Devido à diferença de fuso horário entre
Portugal e México, os resultados finais de cada dia só estarão
disponíveis de madrugada, pelo que a FPG enviará um press release diário
na manhã seguinte a cada volta.
Gab. Imprensa F.P.G.
22 de Setembro 2016