E o Oporto, com efeito, venceu a fase de stroke play
(por pancadas), composta por uma única volta, de forma categórica. Num
formato de jogo em que se somavam os cinco melhores resultados de cada
sexteto, totalizou 354 pancadas, 6 abaixo do par. O CG Miramar foi
segundo classificado com 362 (+2) e Vilamoura terceiro com 365 (+5).
Estes são os três principais candidatos ao título e
prova disso é que foram os únicos conjuntos que não averbaram qualquer
resultado nas 80. Mas o Oporto foi o único conjunto com três resultados
abaixo do par – Afonso Girão (68), Manuel Violas Jr. (69) e Tiago
Rodrigues (70). E isto mesmo sem contar com o seu melhor jogador, João
Girão, que se mudou para o outro lado do Atlântico para estudar e jogar
numa universidade nos EUA.
O resultado de Afonso – que regressou à competição após
uma paragem competitiva e de treino de que se sentia necessitado – só
foi superado pelo 67 de Nuno Henriques (o melhor golfista madeirense de
sempre, tanto a nível amador como profissional), do CG Santo da Serra
(campeão em 2004), da Madeira.
Entre os do Oporto, grande exibição também do jovem João
Pedro Maganinho, de 14 anos, com 73, depois de ter virado os primeiros 9
com -1. Vasco Alves, internacional da selecção nacional de boys, marcou
74, ficando de fora o 76 de Thomas Perkins. Ou seja, há aqui qualidade
na profundidade. Não esquecemos Henrique Barros, o sétimo jogador, o
suplente, que acompanhou a jornada da sua equipa.
Mas a partir de amanhã é outro tipo de jogo, em match
play (por eliminatórias), e tudo pode acontecer. Esta primeira fase
serviu para escalonar as 8 equipas que ficam no primeiro 1.º Flight (e
que nesta sexta-feira começam a disputar os quartos-de-final) e as
outras tantas que ficam no 2.º Flight (em disputa do 9.º lugar).
O Oporto foi campeão em 1978, 1979, 1982, 1983, 1999 e
2010 (curiosamente, no palco actual, o do Montado) e vice-campeão mais
recentemente em 2013 e 2015. Na qualidade de primeiro classificado da
edição que decorre, defronta amanhã o Estoril, oitavo com 385 (+28).
O CG Miramar mede forças com o Santo da Serra (7.º com
384, +24), Vilamoura defronta a Quinta do Peru (6.ª com 381, +21) e no
outro encontro medem forças o Lisbon Sports Club (4.º com 373, +13) e o
CG Tróia (5.º com 378, +18).
“Obviamente que não posso deixar de realçar o desempenho
dos nossos atletas, mas não passa de um apuramento”, diz ao GolfTattoo o
treinador do Oporto, Eduardo Maganinho. “O ano passado também ficámos em
primeiro nesta fase, temos de ter consciência de que o campeonato começa
amanhã, o Estoril é uma equipa fortíssima e com tradições neste torneio,
já fiz um alerta aos meus jogadores, não podemos viver do resultado de
hoje.”
Neste primeiro dia, além de Nuno Henriques, Afonso
Girão, Manuel Violas Jr. e Tiago Rodrigues, jogaram abaixo do par Pedro
Silva (Miramar), com 69, e Tomás Melo Gouveia (Vilamoura) Vítor Lopes
(Vilamoura), Tomás Silva (Estoril), Pedro Lencart (campeão nacional
amador absoluto de 2016, de Miramar) e Gonçalo Costa (Lisbon), todos com
70; e ainda Salvador Costa Macedo (Quinta do Peru), com 71.
No 2.º Flight ficaram, por esta ordem, CG Belas (395,
+35). CG Montado (396, +36), Aroeira (405, +45), CG Ilha Terceira (+48),
Oeiras Golf (425, +65), Juvegolfe (426, +66, Quinta do Peru B (431, +71)
e ACP Golfe (446, +86).
Na prova feminina, com apenas 3 clubes participantes, o
CG Miramar, actual bicampeão em título, confirmou o seu favoritismo ao
liderar destacado na primeira de duas voltas de stroke play.
Com equipas de quatro jogadoras e aproveitando-se os
três melhores scores de cada uma, o clube de Vila Nova Gaia totaliza 221
pancadas (+5), contra as 240 (+24) do Lisbon Sports Club e as 245 (+29)
da Quinta do Peru.
Três jogadoras de Miramar conseguiram os três melhores
resultados do dia – 70 para Leonor Bessa, n.º 1 no Ranking Nacional BPI
feminino em 2015 e bicampeã nacioanl de sub-18; 75 para Rita Costa
Marques (vice-campeã nacional de sub-14) e 76 para Joana Silveira
(campeã nacional absoluta de 2016).