Revista de Imprensa
Vamos Salvar o EGA |
Por, José Dias Pereira |
Este um grito de alarme. O Sistema de Handicaps EGA, comummente designado por “EGA”, está em perigo, embora achemos que tem salvação e que depende apenas de nós jogadores, Clubes, sócios institucionais da FPG, Donos de campos, FPG, todos os agentes do Jogo, essa salvação. Merece ser salvo? Merece. Explicitando porquê:
Acresce estar Portugal na linha da frente dos países que mais actualizados estão em termos de ferramentas que permitam uma gestão de handicaps eficiente e, naturalmente, a consecução plena dos objectivos do sistema. Então porquê este grito de alarme? Como se destrói um sistema? A resposta é simples: Não cumprindo com a regulamentação que o põe em vigor. Incumprimento este, formal ou informal, por ignorância ou desleixo, por incapacidade ou deficiente atribuição, pela FPG, da qualidade de Autoridade de handicap, mas essencialmente por irresponsabilidade quanto à importância, de que se reveste para o Jogo, do “valor” handicap. Vamos dar alguns exemplos reais de incumprimento, em 2006, sem referir os nomes dos seus agentes.
Resumindo, Clubes que só o são (?) por cumprirem as condições burocráticas de inscrição na FPG, sócios institucionais que não cumprem protocolo assinado com a FPG, jogadores descuidados, Donos de campos que pouco ligam à actividade desportiva são os factores genéricos mais frequentes que põem em perigo o sistema. Não se depreenda destas palavras que o aviltamento dos agentes é total e todos são maus. Nada disso, a maioria cumpre e considera que o deve fazer. Apenas pretendemos alertar para algumas das situações erradas que, por facilitismo e desleixo contagiantes, estão a minar o sistema. O novo Regulamento Desportivo O novo Regulamento desportivo, aprovado na última Assembleia-geral da FPG ainda vem colocar mais obrigações aos Clubes, especialmente no tocante à atribuição do primeiro handicap. “Não pode ser atribuído um Handicap Exacto EGA, pela Comissão de Handicaps, sem um exame prévio sobre as Regras básicas de Golfe e Etiqueta, cabendo essa responsabilidade ao Clube de Filiação ou aos Profissionais de ensino, …” Mais ainda “… a FPG determina , à semelhança de outros países membros da EGA, que a partir de 01.01.07 os candidatos a primeiro Handicap Exacto EGA recebam do Clube de Filiação (à data da emissão do primeiro handicap) formação especifica sobre os conhecimentos considerados básicos, nas seguintes matérias:
Concordamos em absoluto com tal exigência mas queremos levantar umas questões práticas simples:
O grau de incumprimento, prevemos, irá aumentar e as incapacidades ainda vão ser mais notórias. Chegamos aquela situação bem conhecida dos portugueses de ter leis que não se cumprem. Claro que há respostas e soluções para todos os problemas desde que nos empenhemos nisso. Desenvolvimento e desenvolvimento sustentado Estas expressões de “economês” aplicam-se bem ao Golfe. O número de praticantes tem de aumentar, mas este aumento deve obedecer a um conjunto de preceitos que obste ao lançamento nos nossos campos de um sem número de pseudo jogadores que vão estragar muitas vezes o prazer do verdadeiro praticante que com eles se cruza. Este o compromisso que se deverá atingir. Descodificando, há que promover o aumento do número de praticantes, e sobre isso deverá haver uma discussão séria entre todos os que pensam o Jogo, mas nessa discussão a formação do golfista nas suas várias vertentes (especialmente ética e desportiva) terá lugar de preponderância. A formação dos agentes A FPG tem feito esforço grande no sentido de formar Clubes e Donos de campos. Aos Clubes, na situação actual, competirá a formação dos seus associados. Pensamos, contudo, ser mister da FPG a sistematização e divulgação de manuais on line que permitam a consulta imediata de todos dos aspectos formativos básicos que interessem. À regulamentação e formação adequada dos agentes seguir-se-á o “Licenciamento dos Clubes”, consoante o seu desempenho e o controlo da sua actuação. Sobre este aspecto já emitimos a nossa opinião, em artigo aqui publicado em Dezembro de 2005, mas que reputamos de actual e que representa a nossa opinião. Daquele artigo reiteramos também a necessidade imperiosa e imediata da criação duma Comissão de Acompanhamento dos Clubes (CAC) com funções pedagógicas e de controlo da actuação dos Clubes. (ver nota) Este um pequeno contributo para salvar um “valor” que o nosso Jogo tem. Um dia voltaremos ao assunto com algo de mais reformador que possa compatibilizar os aspectos qualitativos e quantitativos … do desenvolvimento do GOLFE em Portugal. Fevereiro 2007 Nota: Alguns dos princípios a que, no nosso entender, a Comissão de Acompanhamento dos Clubes deveria obedecer. Objectivos O objectivo último da CAC seria o de assegurar que todos os Clubes, que sejam considerados pela FPG como Autoridades de Handicap (AH), preservem a integridade e a fiabilidade do Sistema de Handicap EGA e outros Regulamentos, observando, em toda a sua amplitude, as directrizes estabelecidas. Para este efeito só deverá ser delegada a competência de AH aos Clubes de golfe juridicamente organizados, com um número mínimo de sócios, Estatutos aprovados e com uma Comissão Técnica e de Handicaps apta a superintender na actividade desportiva, mantendo a estrita observância de todos os Regulamentos emitidos pela FPG. Esses Clubes terão como obrigação, e dentro do seu objecto, promover a realização regular de torneios, para fomento e prática directa do golfe entre os seus associados com publicitação de resultados e evolução dos seus handicaps. Áreas de actuação A CAC actuaria essencialmente em três áreas: Formação, Apreciação das Comissões Técnicas dos Clubes (CT) e Suporte ao licenciamento dos Clubes. A – Formação Promoção frequente de seminários de formação e discussão para os integrantes das CT onde seriam desenvolvidos, entre outros, os seguintes temas: · Gestão de competições · Sistema de Handicap EGA · Regras e Etiqueta B – Apreciação das CT A actuação das CT seria monitorizada através dos contactos directos e muito especialmente pelo sistema Datagolfe que fornece um conjunto vasto de informações que permite a citada monitorização. O objectivo da apreciação assume duas vertentes essenciais: · Complementar a acção de formação · Enriquecer a CAC com os contributos das CT que, ao lidar com as situações reais que se deparam, alvitrarão procedimentos que depois se poderão estender a todos Clubes. C – Suporte ao licenciamento de Clubes Sendo o licenciamento dos Clubes medida que acabará por ser tomada pela FPG a breve prazo, aliás no seguimento daquilo que já hoje é feito pela USGA, a CAC pode colaborar decisivamente na determinação dos parâmetros que se estipularão para a efectivação daquela medida.
FEVEREIRO
2007 |
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