19 a 22 de Maio

19º MADEIRA ISLANDS OPEN PORTUGAL

 

EX-CAMPEÕES HOMENAGEIAM BALLESTEROS NO PORTO SANTO

 

James Morrison, que defende o título, e outros quatro antigos campeões da prova arrancam amanhã (quinta-feira) para o 19º Madeira Islands Open Portugal com o firme propósito de igualarem o sueco Mats Lanner, o único a vencer por duas vezes este torneio do European Tour, de 700 mil euros em prémios monetários, que a Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo organiza no Porto Santo Golfe pelo terceiro ano consecutivo.

 

«É óptimo regressar. Tenho excelentes memórias da minha vitória do ano passado e quando entrei nos portões do clube tudo isso me veio à cabeça. Só desejo que o resultado seja o mesmo no próximo domingo à noite», disse o inglês de 26 anos, que terminou a época de 2010 no 61º lugar da Corrida para o Dubai (a antiga ordem de mérito europeia), ou seja, apenas a um lugar fora da qualificação para o Campeonato do Mundo do Dubai.

 

James Morrison concluiu a 18ª edição com um fantástico resultado de 20 abaixo do Par e pode tornar-se no primeiro jogador a vencer em dois anos seguidos o torneio patrocinado pelo Turismo Madeira e pelo Turismo Portugal, dado que Mats Lanner venceu no Clube de Golfe do Santo da Serra em 1994 e 1998.

 

Morrison é o grande favorito deste ano, mas como ele próprio explicou, no ano passado estava longe de fazer parte dos candidatos e liderou a prova de sexta-feira a domingo: «Os favoritos significam muito pouco no golfe. Qualquer um pode ganhar em qualquer semana».

 

E porque não algum dos outros quatro ex-campeões da prova, o escocês Alastair Forsyth (2008), o argentino Daniel Vancsik (2007), o sueco Jarmo Sandelin (1996) e o espanhol Santiago Luna (1995)?

 

Forsyth não mais regressou ao Madeira Islands Open Portugal desde a sua vitória no Santo da Serra em 2008, quando bateu o sul-africano Hennie Otto num ‘play-off’.

 

«É a primeira vez que venho ao Porto Santo Golfe, mas estou na expectativa de ver como jogarei aqui, até porque é um campo lindo. É sempre simpático regressar como alguém que já venceu o torneio, embora a sensação seja diferente num torneio que se jogue sempre no mesmo campo», comentou Forsyth, de 35 anos, que vem de um excelente 4º lugar no Iberdrola Open, em Maiorca, na semana passada.

 

 Daniel Vancsic concorda que «é óbvio que o campo não é o mesmo», mas acrescentou logo que «é o mesmo país». «Tenho boas memórias da vitória no Santo da Serra em 2007 e seria fantástico ganhar de novo o torneio neste campo. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance», prometeu o argentino de 34 anos, que regressou recentemente ao treinador do tempo em que venceu na Madeira, sentindo-se, por isso, «com mais confiança no swing».

 

Em memória de Seve Ballesteros

 

Quando o Madeira Islands Open Portugal se transferiu do Santo da Serra para o Porto Santo, em 2009, Severiano Ballesteros enviou uma mensagem para ser lida na conferência de imprensa de apresentação do torneio e na cerimónia de entrega de prémios do ‘Pro-Am’.

 

Nessa altura Seve estava em pleno combate do cancro no cérebro que acabaria por vitimá-lo este ano e não se pode deslocar ao Porto Santo, uma ilha que ele designou como «um pedaço de terra que é um autêntico paraíso para desenhar um campo de golfe».

 

A sua mensagem comoveu todos os presentes e mereceu um enorme aplauso, mas as emoções estarão ainda mais ao rubro quando esta tarde se realizar uma cerimónia de eternizar o nome do campeoníssimo espanhol numa rocha situada no ‘tee’ do buraco 14, com uma arrebatadora vista para o Oceano Atlântico.

 

Já agora, acrescente-se que o European Tour está a pensar alterar o seu logo, que recorda Harry Vardon (1870-1937), o recordista de 6 títulos do British Open, adoptando a imagem icónica de Seve Ballesteros quando ganhou o British Open em St. Andrews em 1984.

 

Essa imagem, de punho cerrado, tornou-se no logo da empresa Amen Corner de Ballesteros, que organizou três edições deste mesmo Madeira Islands Open Portugal, tatuou-a no seu braço e o Porto Santo Golfe apresenta-a mesmo à entrada da Clubhouse num baixo-relevo metálico descerrado em 2009 pelo vice-presidente da Região Autónoma da Madeira, João Cunha e Silva.

 

O facto de se jogar o 19º Madeira Islands Open Portugal num percurso de 18 buracos desenhado pelo melhor golfista europeu de sempre, exactamente uma semana depois do seu funeral, não poderia deixar indiferentes as principais figuras presentes.

 

«O campo que ele desenhou aqui é fantástico e estou ansioso por voltar a competir nele. O Seve foi um grande embaixador do golfe europeu e digo isto mesmo sem tê-lo visto no seu melhor, pois era muito jovem. Todos nutrem um enorme respeito por ele», afirmou James Morrison, campeão de 2010.

 

«O Seve está, naturalmente, na mente de muitas pessoas esta semana, aqui, em Porto Santo e é assim que deve ser. Foi um toque comovente terem colocado um canteiro de flores cujo conjunto forma o nome “Seve” nas costas do ‘tee’ do buraco 12 (com vista para a esplanada da Clubhouse). Ainda não joguei no campo, mas parece espectacular e só tenho ouvido coisas boas dele», acrescentou Alastair Forsyth, o campeão de 2008.

 

«É uma semana muito especial porque foi o Seve quem desenhou o campo e todos os 156 jogadores querem ganhar por ele», sublinhou Daniel Vancsik, o campeão de 2007.

 

Nem os portugueses estão imunes às emoções e Filipe Lima considera o campo «um desafio, um percurso muito bonito, com alguns grandes buracos que são mesmo típicos do Seve, sobretudo o 13 (Par-3 de 183 metros, sobre a falésia). Nunca joguei com o Seve, mas falei com ele muitas vezes durante o Trophée Lancôme em St.-Nom-la-Bretèche (o campo de Lima em Paris). Nunca me esqueço como sempre me impressionou ele enfatizar que quando mais se trabalhar, maiores serão as recompensas».

 

Boa lista de inscritos

 

O primeiro torneio português de 2011 no European Tour, a I Divisão do golfe profissional europeu, e o mais importante do ano no Challenge Tour (II Divisão), iniciou-se hoje (quarta-feira) com o ‘Pro-Am’ que só irá terminar esta noite.

 

A competição para profissionais disputa-se até domingo, com as saídas dos buracos 1 e 10, às 08:00 horas.

 

Na opinião do director do Porto Santo Golfe, Mário Silva, estamos perante uma boa lista de inscritos, «com 34 jogadores que venceram torneios do European Tour num total de 65 títulos, 44 campeões de torneios do Challenge Tour num total de 79 títulos, 13 jogadores do ‘top-100’ da Corrida para o Dubai, 9 dos 10 primeiros do ‘ranking’ do Challenge Tour e 25 países representados».

 

Mário Silva chama a atenção para a representação de países emissores de turistas para a Madeira em geral e para o Porto Santo em particular, com destaque para Itália que tem ligação aérea directa à Ilha Dourada.

 

«Este ano estamos a calcular superar as duas mil voltas de golfe vendidas só a jogadores italianos. É por isso que também privilegiámos a atribuição de alguns ‘wild cards’ a jogadores transalpinos, casos de Federico Eli, Matteo Delpoddio e Alessio Bruschi», informou o director do campo. Lorenzo Gagli, Alessandro Tadini, Federico Colombo, Emanuele Canonica e Andrea Perrino entraram directamente no torneio e a presença de tantos italianos já fez com que mais um ‘charter’ viesse daquele país com turistas que desejam ver os seus compatriotas em acção.

 

Os portugueses presentes são os profissionais Filipe Lima, Ricardo Santos, Hugo Santos, Nuno Campino, Sean Hawker e Duarte Freitas (este último madeirense) e o campeão nacional amador, Gonçalo Pinto.

 

O 19º Madeira Islands Open Portugal conta para a Corrida para o Dubai do European Tour, para o ‘Ranking’ do Challenge Tour e para o mundial.

 

Fonte: Gabinete Imprensa Madeira Islands Open

 

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Revised: 04-08-2011 .