«É
um campo que me agrada porque já ganhei aqui e parece que jogo sempre o
meu melhor quando cá chego. O meu momento de forma não é o melhor, mas
espero que o Oceânico Victoria me inspire de novo. Não é que esteja a
jogar mal, não estou é tão bem quanto sei de que sou capaz. Sei que o
campo estará, como de costume, em excelentes condições, que o tempo será
fantástico e há ainda a vantagem de poder conduzir de casa. É óptimo
poder arrancar no carro em vez das atribulações dos aeroportos. Para
além disso, há sempre amigos que vêm ver-me jogar», disse o espanhol de
29 anos.
Steve Webster foi 12º no Dunhill Links Championship da semana passada,
coroada com uma volta de 64 no último dia. O inglês parece estar de
volta às boas exibições e é ainda o detentor de 25 abaixo do Par, o
recorde da prova para o melhor resultado de um campeão, que dificilmente
será quebrado, dado este ano o Par do campo ter passado de 72 para 71,
com o buraco 3 a passar de Par-5 para Par-4 de 450 metros.
«É
um dos meus torneios preferidos no circuito. Gosto de tudo quando cá
venho, tenho boas memórias, o campo adapta-se bem ao meu jogo», disse.
O
triunfo de Webster em 2007 foi emotivo porque perdera a mãe pouco antes
e no momento de ‘patar” para a vitória olhou para o céu e não evitou as
lágrimas no momento de celebração: «Na última volta joguei com o Rober
Karlsson e o caddie dele, o Gareth Lloyd, é um dos meus melhores amigos.
Quando a minha mãe estava a padecer de cancro ele veio visitar-nos e
lembro-me de pensar que era o destino tê-lo ali ao meu lado na última
volta. Queria que o Robert e o Gareth tivessem sucesso mas eu também
queria ganhar. Acabou por ser perfeito porque ele fez 65 pancadas e eu
64, ganhando por 2».
Richard Green também venceu por 2 pancadas a um grupo de quatro
perseguidores, incluindo Robert Karlsson: «Adoro este local e tenho uma
fé de que posso voltar a jogar muito bem aqui. Há dois anos tive uma
volta final de sonho e depois tive de esperar muito tempo, ansioso, para
ver se alguém iria ultrapassar-me. Foi um alívio quando meti as mãos no
troféu».
Quanto a Tom Lewis, o campeão do ano passado, reconhece que «os
resultados não têm sido os desejados desde que venci o Portugal Masters»:
«Tentei que a minha vida não mudasse, tentei manter tudo igual, mas
sabia que seria muito difícil. Nem parece que já passou um ano, tenho
memórias bem nítidas de algumas pancadas que dei em determinados buracos
e pode ser que esse regresso onde fui feliz possa trazer-me de volta às
boas exibições».
Lewis, de 21 anos, sentiu o mesmo que Ricardo Santos, de 30, depois de
conquistar o Madeira Islands Open deste ano.
«De
certa forma venho mais descontraído por ter ganho no Santo da Serra mas
admito que tenho mais responsabilidade porque quero dar uma alegria aos
portugueses e ao mesmo tempo desfrutar desta semana», declarou o campeão
nacional, que mantém o «objectivo difícil do top-60 da Corrida para o
Dubai», de modo a qualificar-se para o torneio de encerramento do
European Tour de 2012 nos Emirados Árabes Unidos.
Quarta-feira jogou-se o Pro-Am e registou-se um recorde de afluência,
com 3.012 bilhetes vendidos. Nunca um Pro-Am vendeu tantos ingressos num
torneio de golfe em Portugal.
Ganhou e equipa da SIC (TV), com 57 pancadas, 14 abaixo do Par, formação
liderada pelo profissional inglês Mark Foster, acompanhado pelos
amadores Alberto Morais, Vasco Patrício e Peter Westera.
Press-release
10 de Outubro 2012 |