Para o jogador da Walker Cup de 2007 (competição amadora que opõe os
melhores jogadores da Grã Bretanha e Irlanda e dos Estados Unidos) o
vento pode ser um aliado.
“Cresci nos campos “links” da costa de Edimburgo, por isso não me
importo com o vento e gosto de o usar para colocar a bola na bandeira.
Se se mantiver assim amanhã não vou ficar desapontado”, explicou o
profissional escocês.
Saltman confessou que chegou ao torneio confiante e essa motivação foi
crucial para jogar bem do tee ao green: “Tenho trabalhado muito para
conseguir o melhor jogo possível e é bom ver o resultado do trabalho”.
Com apenas mais duas pancadas (66), 6 abaixo do par 72 do campo ficou o
segundo classificado, o inglês Richard Bland. O chileno Mark Tullo, o
inglês Lee Craig e o sueco Joakim Lagergren compõem o trio de terceiros
classificados com 67 pancadas (-5).
Madeirense Nuno Henriques é o melhor português
Ricardo Santos fica aquém das expetativas
Quanto aos oito portugueses em prova, o destaque vai para o madeirense
Nuno Henriques que terminou a sua prestação com 71 pancadas, 1 abaixo do
par do campo.
O profissional que se formou nas escolas do Santo da Serra classificou a
sua ronda com muitos altos e baixos, com 5 bogeys e 4 birdies, quando o
seu jogo se pauta mais pela regularidade (pelos pares): “Conheço este
campo muito bem, mas na semana do Open parece que o estou a jogar pela
primeira vez. É um campo tricky, os greens são pequenos e ondulados e
nesta semana ficam mais rápidos e duros”, admite Henriques que compete
no circuito alemão Pro Golf Tour.
O buraco 11 está a tornar-se emblemático para o madeirense que fez eagle.
No ano passado obteve um raro albatroz neste mesmo buraco, momento que
foi recordado pelo seu colega de equipa Sam Hutsby que o incentivou a
repetir o tento.
Ricardo Santos, o campeão em título do torneio, não conseguiu ir além
das 76 pancadas, 4 acima do par do campo. A volta com apenas bogyes e
pares acabaria com um birdie no 18, acendendo a esperança do algarvio
para uma próxima ronda mais auspiciosa.
“É golfe, não há explicação. O resultado não traduz o que joguei. As
coisas não aconteciam no green, simplesmente a bola não entrava”,
admitiu o algarvio.
O número um português sublinhou, no entanto, que tem esperança de dar a
volta ao resultado na próxima ronda, uma vez que num campo como o do
Santo da Serra “tudo pode acontecer, basta fazer uma boa volta”.
O amador João Carlota foi o segundo melhor português em prova, terminou
em par do campo, após uma volta com quatro bogeys e quatro birdies.
Esteve perto de igual o resultado de Nuno Henriques, mas o bogey no
último buraco acabaria por o colocar entre os 39º classificados.
Filipe Lima, António Rosado e Gonçalo Pinto terminaram com 73 pancadas,
1 acima do par do campo. Segue-se Tiago Cruz com 74 e Hugo Santos com
77.
Resultados:
T1 – Lloyd Saltman (64) -8
T2 – Richad Bland (66) - 6
T3 - Mark Tullo (67) -5
T3 – Lee Craig (67) -5
T3 – Joakim Lagergren (67) -5
Portugueses:
T 24 – Nuno Henriques (71) -1
T 39 – João Carlota (72) par
T59 – Gonçalo Pinto (73) +1
T59 – Filipe Lima (73) +1
T 59- António Rosado (73) +1
T118 – Ricardo Santos (76) +4
T128 – Hugo Santos (77) +5