Com o sol, calor e pouco vento a
favorecer resultados muito baixos no Oceânico Victoria Golf Course, em
Vilamoura, ao ponto de três jogadores liderarem o Portugal Masters aos
36 buracos com 12 abaixo do Par, Filipe Lima foi o único dos nove
portugueses a bater o Par-71 do percurso desenhado por Arnold Palmer.
O português residente em França, de
32 anos, jogou hoje (sexta-feira) em 69 pancadas, 2 abaixo do Par, para
“morrer na praia” com uma agregado de 1 abaixo, falhando o cut por 1
única pancada, no grupo dos 73º classificados, onde ficou também o
campeão do ano passado, o irlandês Shane Lowry, e o jogador melhor
classificado do torneio, o italiano Matteo Manassero, 5º na Corrida para
o Dubai.
«Da forma como estou a jogar, deveria
estar ao lado dos primeiros. Hoje estava com boas sensações, ataquei os
buracos todos, mas falhei tanta coisa... muitos putts. O pior que me
poderia acontecer era isto, fazer 2 abaixo e falhar por 1, mas faz parte
da vida», disse Filipe Lima, que andou sempre dentro do cut provisório
até cometer 1 bogey no antepenúltimo buraco da sua volta, o buraco 7 do
campo, mas o seu 16, pois partiu do 10.
O segundo melhor português foi Nuno
Henriques, com duas consistentes voltas de 72 e 71 pancadas, para um
total de 1 acima do Par, fixando-se no grupo dos 91º classificados. O
madeirense de 26 anos só sofreu 3 bogeys em 36 buracos e ainda carimbou
2 birdies, mas falhou muitos putts para birdie.
Ricardo Santos era a grande esperança
nacional, até porque foi o único a partir hoje para a segunda volta
dentro do cut provisório, com 1 abaixo do Par.
Mas o algarvio de 31 anos quebrou com
dois duplos-bogey, nos buracos 10 e 17, sobretudo neste último, com a
bola a ir parar à água.
Nessa altura, a entrar para o 17, o
nº1 português e 55º da Corrida para o Dubai ainda tinha hipóteses de
seguir em frente se somasse birdies consecutivos no 17 e 18, como fizera
nos dois dias anteriores, mas o duplo-bogey enterrou-o de vez, de nada
valendo o eagle do buraco 12 que, por alguns momentos, fê-lo acreditar.
«Estou triste, porque queria jogar
bem e queria estar em prova durante o fim-de-semana, mas a realidade é
que não me tenho sentido bem nestes últimos torneios, com bom ritmo. Os
feelings estão bastante maus para conseguir fazer bons resultados e
sentir-me bem em campo. A realidade é que foi um pouco sofrido»,
lamentou-se o campeão do Open da Madeira de 2012, que juntou um 74 (+3)
de hoje ao 70 (-1) de ontem.
Ricardo Santos fechou no 97º lugar,
com 2 acima do Par, empatado com outros jogadores, entre os quais o
compatriota Ricardo Melo Gouveia (duas voltas de 72).
As classificações dos restantes
portugueses foram as seguintes: 113º João Carlota, +4 (72+74), 118º
Tiago Cruz, +5 (75+72), 120º Hugo Santos, +6 (75+73), 123º António
Rosado, +7, (74+75), 125º Pedro Figueiredo, +10 (73+79).
António Rosado teve a curiosidade de
jogar com dois dos três líderes do torneio: o inglês Paul Waring e
sul-africano Hennie Otto. O outro com 12 abaixo do Par é o inglês David
Lynn, que partiu para a segunda volta empatado na frente com mais seis
jogadores e agora reparte o commando apenas com dois.
A segunda jornada do Portugal Masters
de 2013, marcada pela eliminação de nove portugueses, destacou-se também
por três resultados de 63 (-8), assinados por Waring, o sul-africano
Justin Walters e o dinamarquês Thomas Bjorn, e salientou-se ainda por
ter sido o torneio escolhido pelo francês Christian Cévaer para encerrar
de vez a sua carreira. Cèvaer integrou com Filipe Lima uma equipa
liderada pelo treinador Benoit Willemart.
A terceira volta do Portugal Masters
começa amanhã às 8h15, já só com saídas do buraco 1 e 10, num total de
36 grupos de 2 jogadores cada um. A última formação sai às 13h45. Até ao
momento registaram-se 18.553 espectadores em três dias de prova, dos
quais 8.976 hoje.