Açores Ladies Open

LEONOR BESSA 16ª, A MELHOR DE SEMPRE

 

Leonor Bessa, de apenas 16 anos, obteve hoje (Domingo) a melhor classificação de sempre de uma portuguesa no Açores Ladies Open, o mais importante torneio de golfe feminino português, que a Golf Stream organizou no Batalha Golf Course, em São Miguel, com o apoio da Associação de Turismo dos Açores e da Azores Golf Islands / Ilhas de Valor.

Depois de, na sexta-feira, a bicampeã nacional de sub-16 ter sido a primeira portuguesa a integrar o top-ten da classificação de um circuito profissional europeu; depois de, nesse mesmo dia, ter somado 74 pancadas, 2 acima do Par, igualando a melhor volta de uma portuguesa no Açores Ladies Open; depois de, no Sábado, ter sido apenas a segunda portuguesa a passar o cut em quatro anos deste torneio; Leonor Bessa assegurou hoje o duplo feito da melhor classificação e do melhor resultado. Em 2012, Sofia Câmara fora 19ª empatada com 14 acima do Par; hoje Leonor Bessa foi 16ª empatada com 13 acima do Par.

 

O torneio de 30 mil euros em prémios monetários coroou uma nova campeã, uma jogadora de que um dia poderemos vir a ouvir falar como uma grande campeã: a norueguesa Tonje Daffinrud, uma estrela do circuito universitário norte-americano até ao verão deste ano, que só se tornou profissional no mês passado e que logo no seu segundo torneio com esse estatuto conquistou o seu primeiro título profissional.

Tonje Daffinrud, de 23 anos, venceu o 4º Açores Ladies Open, graças a 3 birdies nos últimos três buracos, com um total de 212 pancadas, 4 abaixo do Par, após voltas de 71, 68 e 73, batendo por 3 a checa Daniela Prorokova. Foram as únicas, entre 46 participantes, a vergarem o Par do campo aos 54 buracos. O resultado de 4 abaixo do Par iguala o melhor da história do torneio, da suíça Fabienne In-Albon, campeã no ano passado, no Clube de Golfe da Ilha Terceira.

Note-se, contudo, que estes resultados não podem ser considerados para as categorias de recordes do campo, por ter-se jogado com colocação de bola no fairway. Os principais resultados do 4º Açores Ladies Open, no Batalha Golf Course, após 54 buracos, foram os seguintes:

1ª Tonje Daffinrud (Noruega), 212 (71+68+73), -4, €4.872
2ª Daniela Prorokova (República Checa), 215 (70+70+75), -1, €3.372

3ª Caroline Rominger (Suíça), 216 (70+71+75), Par, €2.292

16ª (empatada) Leonor Bessa (Portugal), 229 (74+80+75), +13 (prémio de melhor amadora)

Fora do cut

32ª (empatada) Mónia Bernardo (Portugal), 157 (80+77), +13 (falhou o cut por 2)

Susana Ribeiro foi desqualificada quando tinha apenas disputado 3 buracos da 1ª volta por uso de um dispositivo eletrónico de medição de distância, proibido no LETAS.

Leonor Bessa radiante

Há um paralelismo entre a vencedora e a melhor amadora. Tonja Daffinrud precisou apenas de dois torneios como profissional para elevar um troféu e Leonor Bessa ganhou logo o prémio de melhor amadora e passou o cut no seu primeiro torneio de profissionais. Embora só daqui a uns anos pense passar a profissional, quer, aos poucos, ir conhecendo melhor este meio que, claramente, a fascinou.

À pergunta sobre se ligava ao facto de ser a melhor portuguesa de sempre no mais importante torneio feminino luso, respondeu: «Ligo, ligo. Não foi o top-15 que queria mas andei lá perto».

Nesta última volta fez 3 birdies (tantos quantos nas duas voltas anteriores juntas) e 6 bogeys. Foi também a primeira jornada em que não sofreu nenhum duplo-bogey ou pior e o birdie no 16 resultou de um putt de 10 metros, cheio de linha e de slope, que a fez cerrar o punho. Nota-se que, à medida que mais jogava, melhor jogava neste circuito. Eis as suas declarações finais:

«O balanço final é muito bom. Foi a minha estreia neste circuito, estou feliz por ter passado o cut, menos feliz pelo resultado do segundo dia, mas hoje sim, tendo em conta o vento e as dificuldades das bandeiras. Hoje comecei muito bem, estava cheia de vontade, comecei com 2 birdies mas só me aguentei até ao buraco 5. Fiz aí 3 putts, no 5, e hoje os putts curtos não estiveram tão bem.

«Cada vez me aproximo mais das melhores. É ótimo ouvir isso (elogios de Diana Barnard, diretora do LETAS). Este ano tenho ouvido alguns elogios e isso dá-me vontade de continuar, de acreditar que um dia poderei chegar onde quero e que todo o trabalho que faço não é em vão.

«Gostaria de jogar mais vezes neste circuito (sobre a hipótese de o promotor António Carmona Santos arranjar-lhe convites para torneios do LETAS). É claro que isso irá ser dispendioso. Os meus pais têm feito um grande esforço para apoiar-me e irei fazer tudo para que isso aconteça.

«Ele é muito simpático (o caddie, José Nicolau de Melo, um dos melhores jogadores do VerdeGolf Country Club). Conhecíamo-nos apenas de vista e foi uma experiência ótima. Demonos muito bem, ele conhece bem as manhas do campo e ajudou-me bastante nas linhas dos putts. Sem ele não teria feito tão bons putts nem este resultado.

«Esta ilha é fantástica, é muito bonita. Ontem tive oportunidade de ver a Lagoa das Sete Cidades, a Lagoa do Fogo e achei magnífico. Adorei estar aqui».

Tonje Daffinrud não esquecerá os Açores

Tal como Leonor Bessa, a campeã Tonje Daffinrud não esquecerá os Açores: «Terei sempre uma ligação muito especial a este lugar».

Estas declarações da portuguesa e da norueguesa vão ao encontro do pedido feito por Vítor Fraga, secretário Regional de Turismo e Transportes, do Governo Regional dos Açores, na cerimónia de entrega de prémios: «Sejam as nossas embaixadoras nos vossos países e depois de terem vindo cá competir, regressem como turistas».

Nessa altura, na cerimónia, Tonje Daffinrud era só sorrisos, mas a última volta foi uma guerra de constante alteração de nomes no topo do leaderboard, já que qualquer uma das três primeiras classificadas chegou a comandar a prova. E a vice-campeã, Daniela Prorokova, dispôs mesmo de uma vantagem de 3 pancadas. 

A checa, mesmo derrotada, disse-se «orgulhosa» pelo modo como conseguiu «lidar com a dureza mental que foi esta última volta», algo que admite não ser o seu ponto forte. A suíça Caroline Rominger não escondia o desapontamento por não ter ganho, mas garantia: «Amanhã irei estar contente com o 3º lugar». Afinal chegou aos Açores como 7ª do ranking LETAS e saiu como 4ª, ou seja, no top-5 que sobe de divisão ao LET (primeira divisão) em 2015… e só faltam

Já a norueguesa também mostrou uma capacidade invulgar de reagir aos maus momentos. Eis as melhores declarações de Tonje Daffinrud:

«Sinto-me ótima e há uma sensação de alívio. Vim esta manhã realmente confiante e estava a tentar manter-me descontraída, mas foi um dia muito duro, com muito vento, bandeiras bastante difíceis e comecei mal porque já ia com 4 acima do Par no buraco 8. Pensei que tinha perdido. Tive de reagrupar-me, foi tão complicado… percebi que nestas condições de jogo todas iriam perder pancadas. Eu só precisava de fazer alguns birdies e pensei que não podia desistir. É claro que os 3 birdies nos últimos três buracos foram a chave, mas meti um putt muito bom no buraco 15 para salvar o Par que deu-me alento e o ascendente para o resto da volta.

«Foi a primeira vez que ganhei um torneio com 3 birdies seguidos para fechar. Foi o meu 3º título do ano (os outros dois no circuito universitário americano) e nenhum teve um final destes.

«Talvez esta seja a maior vitória da minha carreira por ser uma coisa nova para mim, por ser como profissional, mas nunca pensei no dinheiro, só no troféu».

Entrega de prémios

A cerimónia de entrega de prémios contou com as presenças de Vítor Fraga, secretário Regional de Turismo e Transportes, do Governo Regional dos Açores; António Carmona Santos, promotor do evento e presidente da Golf Stream; Pilar de Melo Antunes, da Direção do Batalha Golf Course; Diana Barnard, diretora do Ladies European Tour Access Series; as três primeiras classificadas e a melhor amadora.

Do discurso do membro do Governo Regional saíram algumas boas notícias para o Açores Ladies Open, designadamente, «o Plano de Orçamento para 2015» contemplar «um reforço na promoção do turismo, em 18%», referindo mais tarde o apoio «a eventos-âncora». Tendo em conta que Vítor Fraga considerou que o Açores Ladies Open contribui para «ganhos de notoriedade internacional» e de «captação de fluxos turísticos», estará tudo encaminhado para uma 5ª edição em 2015.

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Press-release
Golfstream
5 de Outubro 2014

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Revised: 07-10-2014 .