A dirigente britânica, que é também a
diretora de torneio do Açores Ladies Open desde a sua primeira edição,
estava a explicar esta questão ao Gabinete de Imprensa da Stream Plan e
a Joana de Sá Pereira, a portuguesa nascida na Suíça, que vive em França
e que está a competir pela primeira vez em Portugal desde que passou a
profissional em março.
«Gostaria de saber como se processa essa
qualificação para os Jogos Olímpicos. Seria uma honra poder representar
Portugal», disse a portuguesa de 25 anos, que, embora só tenha vivido
durante três em Portugal, nunca teve outra nacionalidade que não a de
seus pais, ambos do distrito de Bragança.
«Não é totalmente impossível uma jogadora
qualificar-se para os Jogos Olímpicos através do LETAS – acrescentou
Diana Barnard – e temos duas jogadoras deste circuito que estão no
top-500 do ranking mundial e que se situam provisoriamente no top-60 do
ranking olímpico. Claro que têm de vir de países com poucas jogadoras».
Uma delas é Fabienne-in-Albon, exatamente
a suíça que venceu o Açores Ladies Open na última vez que o mais
importante torneio feminino português de golfe visitou o Clube de Golfe
da Ilha Terceira (CGIT), em 2013. A helvética é a atual 294ª
classificada no ranking mundial feminino e no ranking olímpico surge na
51ª posição.
Percurso inverso ao do Open Pro-Am
da Ilha Terceira
Dois anos depois o torneio de 30 mil euros
em prémios monetários regressa ao CGIT, na lógica de rotatividade que a
instituição que gere o golfe na Região Autónoma dos Açores deseja manter
entre este campo e o Batalha Golf Course de São Miguel.
Há, contudo, uma grande diferença entre o
percurso que as melhores jogadoras do LETAS conheceram há dois anos e o
deste ano. A Stream Plan, empresa promotora do evento, optou por
inverter a orientação do campo, com o front nine a passar a ser o back
nine. Ou seja, os primeiros nove buracos passam a ser os últimos nove,
ao contrário do que acontece todos os anos no Open Pro-Am da Ilha
Terceira do PGA Portugal Tour.
«Foi uma decisão da organização – explicou
Diana Barnard – mas parece-me interessante porque vai fazer com que o
final de cada volta seja mais emocionante, pois irá terminar com um
buraco mais difícil, de Par-4, em vez de um buraco de Par-3. Desse modo,
a decisão do título poderá manter-se mais imprevisível até ao fim».
Susana Ribeiro gosta da alteração
Susana Ribeiro, a campeã nacional
absoluta, jogou aqui em 2013 e hoje efetuou a sua primeira volta de
treino, sob forte chuva e vento. «É um bocadinho indiferente. Perdeu um
bocadinho a magia do tee do buraco 1, mas também percebo que acabar aqui
em frente à clubhouse também é diferente do que lá atrás. Este 9 (o novo
18) é um buraco mais comprido, mais desafiante, acho que a organização
tomou uma boa decisão», disse a jogadora de 25 anos que vai estrear-se
em competições internacionais desde que passou a profissional há duas
semanas.
Mónia Bernardo estreia-se na
Terceira
Mónia Bernardo, em contrapartida, jogou
duas edições do Açores Ladies Open em São Miguel e nunca na sua carreira
disputou o Open Pro-Am da Ilha Terceira, pelo que, descobriu hoje o
campo na volta de treino. «Pelo que me disseram hoje jogámos num dia
atípico e o senhor que veio como nosso caddie disse-nos que era o vento
mais forte que poderíamos encontrar. Foi uma volta difícil, porque
apanhámos imensa chuva. Ora isso faz com que no campo fique diferente.
Dizem-me que o tempo estará melhor nos próximos dias e o campo muda
completamente de lay-out. É um campo demasiadamente exigente. Não é
comprido, mas é extremamente estreito e como a Susana diz, quando
falhamos o fairway vira noite! As árvores são tão densas que passa do
dia para a noite. Parece o bosque do crepúsculo. Mas é um campo
fantástico, com greens muito bons, com uns bunkers peculiares de areia
preta, na qual o taco passa bem pela bola.
Pro-Am na quinta-feira
Depois de dois dias seguidos de voltas de
treino, o programa oficial do Açores Ladies Open começa amanhã
(quinta-feira) com o Pro-Am, com as primeiras saídas a serem dadas às
9h30, dos buracos 1 e 10. O evento reservado às 60 profissionais começa
na sexta-feira e termina domingo, contando com 9 membros do top-10 da
Ordem de Mérito do Letas e 17 do top-20.
O 5º Açores Ladies Open tem o alto
patrocínio do Governo Regional dos Açores. O promotor nacional é a
Stream Plan, empresa que encerra nos seus quadros e em parcerias diretas
uma vasta equipa com grande experiencia na organização de eventos
desportivos (Volta a Portugal em Bicicleta, Volvo Ocean Race, Rali
Dakar, Campeonatos do Mundo de Vela, Troféu de Portugal TP52, Lisbon
Grand Prix Offshore, WCT Figueira Pro, etc.). Em golfe, alguns dos seus
elementos foram responsáveis ou colaboraram, para além das edições
anteriores do Açores Ladies Open, na realização de mais de 30 eventos do
European Tour, incluindo o Open de Portugal, Estoril Open, Madeira
Islands Open e Brazil Open e ainda inúmeros eventos do European
Challenge Tour, Ladies European Tour e European Seniors Tour.
A organização do evento está ainda a cabo
do Clube de Golfe da Ilha Terceira e da Azores Golf Islands / Ilhas de
Valor – entidade que tem acompanhado a promoção e organização do evento
desde a sua origem, contando também com a chancela da PGA de Portugal
(associação nacional de profissionais de golfe) e da Federação
Portuguesa de Golfe, organismo máximo do golfe nacional.
O 5º Açores Ladies Open conta ainda com os
apoios da SATA, Vista Alegre, Panazorica e Hotel Angra Garden.
Noticias Anteriores:
Melhores portuguesas desafiam elite internacional
Isi
Gabsa regressa à Ilha Terceira para recuperar nº 1
Press-release
Stream Plan
1 de Outubro 2015
Voltar