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57º Open de Portugal @
Morgado Golf Resort
SEIS PORTUGUESES
PASSAM O CUT MAS DOIS AMADORES É RECORDE
Seis portugueses passaram hoje (sexta-feira) o cut no 57.º
Open de Portugal @ Morgado Golf Resort, ficando a apenas um do recorde
atingido no ano passado. No entanto, há um novo recorde nacional a registar
pois, desde que nasceu o European Tour em 1972, é a primeira vez que dois
amadores se qualificam para os dois últimos dias numa mesma edição desta
prova.
À partida eram 18 os portugueses a competir no único torneio
português do Challenge Tour, de 200 mil euros em prémios monetários, que a
Federação Portuguesa de Golfe, a PGA de Portugal e o Grupo Nau Hotels &
Resorts estão a organizar em Portimão.
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Mas no final da primeira volta só três jogadores
nacionais estavam dentro do cut provisório. Foi preciso um esforço
notável para esse número dobrar hoje para seis, com os profissionais
Tiago Cruz e Hugo Santos saltarem para o top-20, entre 151
participantes, no 16.º lugar, com 3 pancadas abaixo do Par; Filipe
Lima entrar no top-30 em 27.º (-2); João Ramos subir para 34.º (-1);
e os amadores Pedro Silva e Daniel da Costa Rodrigues fazerem
história, empatados em 58.º (+1).
«O primeiro dia, na generalidade, não correu tão bem
como estaríamos à espera mas já temos a certeza de que temos alguns
jogadores dentro do cut, o que já por si é um bom sinal e acredito
que vamos ter os portugueses em grande no fim de semana, o que vai
ser, obviamente, muito importante. Mas estamos muito contentes por
termos tido 18 portugueses, isso é fruto do trabalho que se tem
feito com os nossos parceiros e também de termos um torneio do
Challenge Tour que é da mais elementar importância para o golfe
nacional», comentou Miguel Franco de Sousa, o presidente da FPG,
numa altura em que ainda nem todos os seis portugueses estavam
apurados.
Tiago Cruz estava ontem no top-25, mas hoje começou
mal a segunda volta, com 2 bogeys nos primeiros quatro buracos, mas
depois arrancou para uma boa exibição, com 4 birdies em cinco
buracos (entre o 17 e o 3) para voltas de 71 e 70. Uma reação digna
de um jogador que aos 36 anos tem outra experiência. «Se calhar há
uns dez anos não teria sido capaz de manter esta calma», admitiu o
ex-bicampeão nacional que foi 4.º classificado no ano passado e
admite que é possível «sonhar com melhor».
Hugo Santos está a ser a agradável surpresa do Open.
O antigo campeão nacional, de 39 anos, partilha hoje em dia a
carreira de jogador com a de treinador. Só foi convocado pelo Team
Portugal para o Open três dias antes da prova começar e pela
primeira vez na sua longa carreira passou o cut no Open de Portugal,
um torneio em que ele se estreou em… 1998.
«Foram realmente dois dias bons (72 e 69 pancadas) e
só tenho é de estar feliz, mas quem me conhece sabe que não sou de
andar aí aos pulos», afirmou o irmão mais velho de Ricardo Santos.
Ricardo, a grande estrela portuguesa do Challenge Tour de 2019, 4,º
do ranking, que despediu-se do torneio em 139.º (+10).
Só houve outro jogador português, para além de Hugo
Santos, a conseguir jogar hoje em 69 pancadas, 3 abaixo do Par.
Referimo-nos a João Ramos, que melhorou 48 posições na tabela para o
grupo dos 34.º classificados, com um agregado de 1 abaixo do Par.
«Sem dúvida que foi bom, a volta de hoje foi ótima mas amanhã é
outro dia», disse João Ramos, de 25 anos, que também passou o cut
pela primeira vez no Open.
Pelo meio, ou seja, entre a dupla de Cruz e Santos em
16.º e Ramos em 34.º, está Filipe Lima, o vice-campeão do ano
passado, que chega a meio da prova em 27.º empatado (-2) com voltas
de 72 e 70. O bogey no buraco 18 de hoje ficou-lhe atravessado na
garganta.
«Depois de tantas oportunidades falhadas (para
birdie) saio com um sabor amargo na boca por causa daquele bogey»,
admitiu o português de 37 anos, residente em França. Não fosse essa
pancada perdida e estaria em 16.º com Cruz e Santos. Como detetou
que o único aspeto que necessita de melhorar para o resto do torneio
é o putting, foi treinar essa pancada até anoitecer ao lado de Dani
Rodrigues e Pedro Silva.
Pedro Silva tem 17 anos, Daniel da Costa Rodrigues
celebra o 17.º aniversário amanhã (Sábado) e não poderia ter obtido
melhor presente. Dani jogou de manhã e depois de juntar uma volta de
72 à de 73 da véspera ficou em pulgas, horas a fio, de telemóvel na
mão, à espera de saber se seria suficiente para passar o cut. Pedro
Silva jogou à tarde, chegou a andar com 4 abaixo do Par, acabou com
-2, uma volta de 70 para adicionar à de 75 do dia anterior. Uma
enorme recuperação. Já numa fase crepuscular do dia souberam ambos
que estavam apurados para a fase seguinte logo na estreia de ambos
no Challenge Tour.
«Não estou completamente satisfeito, mas joguei bom
golfe nos dois dias. Hoje comecei e acabei da pior forma, com 1
duplo-bogey e 1 bogey, mas consegui fazer uma volta a Par do campo
que, não sendo perfeita, é uma boa volta. O cut era o primeiro
objetivo, mas é claro que ambiciono mais do que o cut», sublinhou
Dani, talvez recordando que ainda no ano passado o então amador
Vítor Lopes foi top-15.
«Joguei bastante bem e são bons indícios para o meu
futuro. Quero ir para os Estados Unidos em 2020, para poder
conciliar os estudos com o golfe, e depois disso quer tornar-me
profissional. Agora, nos próximos dois dias quero tentar jogar o
máximo possível e ir lá para cima», adiantou Pedro Silva, ambicioso,
em declarações à SportTV.
«Ter um jogador de 17 anos e outro que amanhã faz 17
a jogarem todos os dias num torneio do Challenge Tour, é positivo,
até porque eles conseguiram melhorar os resultados do dia anterior,
quando seria expectável que pudessem vacilar um bocadinho por terem
pouca experiência e estarem debaixo de pressão», analisou Nelson
Ribeiro, o selecionador nacional da FPG.
O 57.º Open de Portugal @ Morgado Golf Resort é
liderado por uma das figuras do Challenge Tour de 2019, o galês de
31 anos Rhys Enoch, 20.º na Corrida para Maiorca e campeão em julho
do D+D REAL Slovakia Challenge. Enoch igualou a melhor volkta do
torneio, de 66 (-6), para saltar para o topo com um total de 135
(-9), com 1 de vantagem sobre o inglês Richard Bland (68+68), o n.º2
do ranking.
O 57.º Open de Portugal @ Morgado Golf Resort
prossegue amanhã (Sábado) a partir das 7h57 mas a jornada de hoje
ficou ainda marcada pela visita especial ao Morgado Golf Resort dos
skippers Lyndsay Barnes, Dan Jones, Ryan Barkley e Jerónimo
Gonzales, envolvidos numa regata que passa por Portimão, a Clipper
Around the World Race, que Domingo prossegue para Punta del Este, no
Uruguai.
Resultados:
4ª volta
3ª volta
2ª volta
1ª volta
Declarações:
Tiago Cruz com boas
memórias é o melhor português em 24º
Ricardo Santos luta pelo
nº 1
Recorde de 18
portugueses com Ricardo Santos e Filipe Lima entre o lote de favoritos
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Reportagem 2018
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Press-Release
Gabinete de Imprensa da FPG 13 de Setembro 2019
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