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Dicas e Crónicas de Miguel Nunes Pedro

O ESPÍRITO E A CULTURA DO GOLF
DICA Nº 20 - O Handicap

 

Qual é a verdadeira definição de handicap?

É a maneira de alguns jogadores com menos habilidade ganharem umas cervejas a outros que tecnicamente são mais talentosos mas que, no entanto, são muito mais parvos.

Exceptuando nos campeonatos de profissionais, campeonatos nacionais e internacionais de amadores e uma ou outra prova de clube (aí quem tem unhas toca guitarra), esta modalidade tem uma coisa bastante curiosa. É que, às vezes, quem ganha é o pior jogador em campo.

Por que inventaram o handicap? Deviam ser sempre os mesmos quatro do costume a ganhar e aquilo já não devia ter piada nenhuma. Entretanto, apareceu lá na Escócia (presume-se) um Lord simpático e bem falante que conseguiu endrominar os melhores jogadores para que houvesse umas apostinhas. Com uma condição, a de que teriam que dar umas de avanço. E assim, estes bons executantes mas que não deviam dar muito à inteligência, aceitaram. Devem-se ter arrependido rapidamente mas o Lord, conhecedor de leis e possuidor de grandes terras, tinha argumentos de sobra para qualquer fazedor de pares e birdies reais.

Resultado: 60 milhões de praticantes em todos o mundo. E isto porquê? Porque até os desajeitados do costume no desporto, podem ganhar aos mais habilidosos.

É caso para dizer, sem noção!

Divirta-se e aproveite o passeio. 

Abraço
Miguel

19 de Maio 2010


Miguel Nunes Pedro
Exerce a sua actividade no
Estádio do Jamor

 

Profissional de ensino desde 1989, e membro nº 27 da PGA de Portugal, Miguel Nunes Pedro passa a publicar aqui algumas das suas dicas, conselhos e experiências. Num tom divertido mas conhecedor vem, de certeza, enriquecer e promover o espírito e boas práticas do nosso golfe.

 

Se desejar marcar uma lição com o Miguel telefone para 963684566
nunespedro@npgolf.pt

 

 

DICA Nº 19 - O Clubhouse

Jogar uma partida de golf e a seguir não ir ao clubhouse almoçar, petiscar, comer uma sandwich ou simplesmente beber um copo e conviver com os amigos, não é uma partida completa. O chamado “buraco 19”, que para alguns jogadores às vezes é o 10, 6 ou mesmo o 3, é o local do clube onde realmente se aprende o verdadeiro espírito e cultura do golf.

As histórias das partidas, as intrigas do clube, o apurar da técnica à mesa, o eterno “se....”, são fundamentais para se perceber que este jogo é muito mais do que uma modalidade desportiva.

Quando vou jogar a um clube, não o escolho simplesmente pela qualidade do seu campo. As instalações do clube, a qualidade do seu serviço e principalmente, a simpatia dos sócios que nos recebem, são essenciais para que todos nós desfrutemos do verdadeiro prazer que é passarmos um dia num clube de golf.

Ir jogar a Espinho e não comer aqueles maravilhosos pregos e observar as paredes repletas de fotografias que fazem parte da história do golf em Portugal e não só. Ir jogar a Miramar e a seguir não tomar banho nos seus magníficos balneários (para mim, os mais bonitos de Portugal) e depois não subir ao restaurante para ter um momento de melancolia com a espectacular vista sobre o campo e o Atlântico. Ir ao Estoril e não cumprimentar aquelas pessoas que trabalham lá desde sempre e depois ir ao bar lá de baixo comer os melhores pastéis de nata do mundo. Ir à Carregueira, não almoçar e a seguir “passar pelas brasas” na varanda com aquela imensa vegetação em frente. Não é a mesma coisa. Quem actua dessa forma é considerado um jogador de bagageira, parafraseando uma pessoa que eu conheço muito bem. No clube de golf de Vista Hermosa, em Puerto de Santa Maria (Cadiz), clube com mais senhoras e crianças que eu conheço, às vezes nem sequer é preciso jogar. Vai-se logo directamente para o clube e o divertimento está garantido. No Jamor, que há 25 anos é um driving-range e que dentro de pouco tempo será um campo (está quase!), só almoça sozinho quem realmente quer. Há sempre lugar para mais um em qualquer mesa. Ao fim da tarde, as tertúlias a discutir o sexo dos anjos e o Raúl a querer ir embora, são intermináveis. Inclusivé, até existe um prémio para o melhor jogador de clubhouse de cada ano.

Não se esqueça, uma partida de golf, nunca termina no buraco 18.

Divirta-se  e aproveite o passeio.

Um abraço
Miguel

12 Maio 2010


 

DICA Nº 18 - “2+2=3”

Parece incrível mas, é verdade. Em todos os clubes de golf de todo o mundo, existem sempre uns jogadores que têm uma certa dificuldade em contar e somar. Toda a gente sabe que eles fazem batota mas, curiosamente, eles pensam que ninguém sabe. Há vários tipos de batoteiros:

Batoteirozinho – é aquele que mexe na bola no semi-rough; a marcação no green é tipo guelas, ou seja, palmo e ganso. Enfim, não se engana a contar, apenas tem estas pequenas nuances que não o permitem elevar à condição de batoteiro.

Batoteiro – é aquele que só não dá a “facada” no resultado se não puder. Nunca vi um batoteiro enganar-se e dizer que fez mais pancadas. Batoteiros também, são os chamados “pistoleiros” porque estão a ser desonestos e a terem uma total falta de consideração pelo jogo e pelos outros jogadores.

Batoteiro com piada – este, curiosamente, sabe que as outras pessoas sabem que ele faz batota no entanto, não tem vergonha nenhuma e até faz gala disso. Digamos que é um estatuto. Fazer batota com piada não está ao alcance de qualquer um, requer uma certa arte.

E, finalmente, há o 6+5=6 – não acreditam mas, é verdade. O jogador tinha 3 pancadas no bunker, deu 5 para sair de lá e depois fez 3 putts. O parceiro de jogo perguntou-lhe: “Quantas fez?” e ele, respondeu: “Espere lá, não sei se foram 5, se 6!”. Será que ele estava a dizer quantas pancadas deu no bunker?

Enfim, nem tudo é mau porque depois sempre há umas histórias giras para contar.

Divirta-se e aproveite o passeio.

Um abraço 
Miguel 

6 de Maio  2010


 

DICA Nº 17 - “A famosa colherada”

A maioria dos golfistas tem uma grande tendência para apanhar a bola por baixo. Tentar levantá-la, tipo colher. Resultado: ou vão ao chão, ou dão tops ou então a bola é batida tão por baixo que levanta muito e não anda nada.

Cada taco tem um determinado ângulo e é essa inclinação do taco que faz com que a bola tenha a sua trajectória natural. Há muitas variáveis mas, o princípio é este.

Tinha um aluno no Jamor a quem dizia sempre a mesma coisa: “Isto não é por baixo, é para baixo” e ele respondia: “É por baixo, não é?” E eu, lá voltava a dizer “Não, não. É para baixo”. E estávamos ali naquela lenga-lenga durante não sei quanto tempo. Mas agora acho que ele já percebeu!!

A sério, não tenha problemas em arrancar a relva, dê-lhe mesmo uma cavadela “pra baixo”.

Divirta-se e aproveite o passeio. 

Um abraço 
Miguel 

28 de Abril 2010

 


 

DICA Nº 16 - Jogo Lento

Por amor de Deus, é preciso dar corda aos sapatos. Os jogadores de golf, têm que se convencer que um campo de golf não é um parque onde as pessoas vão fazer o seu “jogging” de fim-de-semana, a passo de caranguejo. Há um ritmo para se jogar, há um  “passo de golf” que é, mais ou menos, este: “pa, pá, pá, pá”. Antigamente, uma partida de golf demorava 3H30/4H, no máximo. Hoje em dia, quando se demora 5 horas já ficamos todos contentes.

Para mim, um dos principais motivos dessa demora é que as pessoas, quando falham um shot, têm que o justificar, há uma certa dificuldade em aceitar o erro. Falhou, falhou. Importa é andar para o seguinte shot. O importante é não falhar duas pancadas seguidas.

Algumas recomendações para demorar menos tempo a jogar:

-       procure estar sempre preparado para jogar, depois do seu companheiro de jogo ter jogado.

-       coloque sempre o seu saco de golf, na direcção do tee que se segue.

-      aponte o resultado no tee do buraco seguinte, nunca no green desse mesmo buraco (não se vai esquecer de quantas fez, pois não?).

-       quando a bola estiver quase dada, não marque a bola. Tente terminar o buraco sem pisar a linha dos outros jogadores. Diz-se assim: “Eu acabo”, com um ar confiante e determinado.

-       se acha que vai perder a sua bola, jogue uma provisória. Evita fazer o passeio para trás.

-       e, finalmente esta, que eu acho que é muito importante. Se estiver a demorar muito ou à procura de uma bola, deixe passar o grupo que vem atrás. Não é uma humilhação, é simplesmente uma regra de cortesia.

Divirta-se e aproveite o passeio, mas com ritmo!

Um abraço 
Miguel 

21 de Abril 2010

 


 

DICA Nº 15 - O Mato

Ir para o mato faz parte do quotidiano de qualquer golfista. Há uma espécie de atracão por esta zona do campo com maior vegetação. Não se preocupe muito quando a sua bola for lá parar. Tente levar tudo na desportiva. Imagine que está a jogar golf e a fazer um safari ao mesmo tempo. É que os golfistas são parecidos com os caçadores e pescadores, ou seja, são todos um bocado mentirosos.

Algumas recomendações para jogar do mato:

-   Roughesinho – aquela relva um bocado mais alta do que a do fairway. Jogue sempre um ferro a menos (ex: em vez do 6, jogue o 7). Porquê? Porque como o taco bate primeiro na relva, a bola perde o spin e isso faz com que não pare no green. Além disso, também há uma tendência para fechar o taco no momento do impacto.

-   Roughesão – aquela relva de 30cm. Jogue sempre um taco com o maior loft possível. O importante é sair de lá e tentar ganhar alguns metros (tipo rugby).

-  Mato Grosso” – é preciso ter alguma destreza e imaginação para sair de lá como o Indiana Jones ou então, “three of the tee”! 

Divirta-se e aproveite o passeio.  

Um abraço 
Miguel 

14 de Abril 2010

 


 

DICA Nº 14 - Isto não é como, é quantas

Uma vez perguntei a um amigo meu se ele jogou bem. E ele, respondeu-me: “É pá, ia muito bem, mas cheguei ao 12 e estraguei tudo.”

Pois é. É que bater bem na bola, há muitos jogadores que o fazem. Agora, saber fazer resultado é, seguramente, o mais difícil deste jogo.

Além da técnica, concentração, descontracção, noção de estratégia e paciência - coisas que só se conseguem com muito treino e com o tempo - temos que ter um grande espírito de sacrifício. É preciso aguentar, aguentar.... é uma luta constante contra o campo e, sobretudo, contra nós próprios. É sempre a sofrer. Ainda dizem que o golf é bom para aliviar o stress. É tudo mentira!

Divirta-se e aproveite o passeio.

Um abraço 
Miguel 

7 de Abril 2010

 


 

DICA Nº 13 - O Golfe e os Negócios

Como esta semana é mais pequena, envio-vos também uma pequenina mas muito importante dica. 

O golf é o jogo ideal para sabermos com quem nunca devemos fazer um negócio.

Basta uma partida de golf para se conhecer perfeitamente o nosso “fellow competitor”.

Vão estragar o negócio, deixar de ter prazer a jogar e perder um amigo!

Divirta-se e aproveite o passeio.

Um abraço 
Miguel 

31 de Março 2010

 


 

DICA Nº 12 - Planos Inclinados

Algumas recomendações para jogar em planos inclinados:

-       Pés abaixo da bola – segurar mais em baixo no taco e apontar à direita

-       Pés acima da bola – stance mais aberto e apontar à esquerda

-       A subir – bola ligeiramente mais ao pé esquerdo, jogar taco a mais e apontar um pouco à direita

-       A descer – bola mais ao pé direito, jogar taco com mais loft e apontar à esquerda

Nota: para os canhotos é o inverso (ouviu Vasco?).

Grande segredo: em qualquer uma destas posições nunca fazer mais do que ¾ do swing. Pés bem pregados à relva e fazer um swing mais à base de braços.

Costumo ver muitos swings “à Fred Astaire” nestas situações ou então deve ser dos pregos que estão gastos ou o campo escorregadio!

Divirta-se e aproveite o passeio.

Um abraço 
Miguel

24 Março 2010


 

DICA Nº 11 - O Bunker

Uma vez, uma figura carismática do golf nacional que frequentava muito o Jamor, mas que infelizmente já faleceu, disse a uma série de pessoas que estava com uma certa dificuldade em sair do bunker. Houve logo alguns amigos, que se prontificaram a ajudá-lo, dizendo coisas como “tenta abrir mais o taco”, “dá-lhe para baixo dois dedos antes da bola”, “coloca a bola um bocadinho mais ao pé esquerdo”. E ele, algo envergonhado, respondeu: “Não, vocês não estão a perceber. Eu é que estou com dificuldade em sair do bunker, não é a bola”!

O principal segredo para se jogar bem do bunker é, não ter medo de ir lá parar. Este obstáculo de areia, que servia para os pastores se protegerem das intempéries, não tem muitos segredos como podem observar na televisão. É tudo uma questão de confiança e muito feeling. Apenas algumas recomendações:

-   Antes de entrar no bunker, imagine como a bola vai sair e o que poderá rolar;

-  Enterre os pés na areia (não coloque o taco na areia porque leva logo uma apitadela a dizer que são mais duas!);

-  Se a areia estiver fininha, imagine que o taco vai bater na areia dois dedos antes da bola;

- Quando a areia está mais dura, faça menos swing e bata mais perto da bola;

- Nos shots compridos do bunker, jogue sempre mais um ou dois tacos e dê em cheio na bola;

- Quando estiver num “ovo estrelado”, é como dizia o meu amigo Manuna Pinto Basto: “Estas são as mais fáceis. É só dar uma cacetada para baixo e, ainda por cima, temos desculpa se falharmos”.

Divirta-se e aproveite o passeio. 

Um Abraço
Miguel

17 de Março 2010

 

Dicas 1 a 10

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Revised: 06-07-2010 .