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Dicas e Crónicas de Miguel Nunes Pedro

O ESPÍRITO E A CULTURA DO GOLF
DICA Nº 30 - "E tudo o vento levou"

 

Um bom jogador de golf vê-se quando tem que dar um shot de 120mts para a bandeira, com vento contra da esquerda para a direita. Não é nada fácil! Quem o conseguir fazer tem que ser seguramente um “single figure”. Jogar bem golf, fazer bons resultados tem tudo a ver com dominar, controlar a bola. E de facto, quando está vento, é muito mais difícil ter esse domínio. É por isso que os melhores jogadores do mundo, quando estão a 5/6 pancadas dos líderes para a última volta de um campeonato, querem que faça vento nesse dia. Sabem que há uma possibilidade de os outros se espalharem e de eles recuperarem. Os 3 segredos para se jogar bem com vento são: Paciência, Estratégia e Técnica.

Paciênciasim, ter muita paciência, ainda mais do que numa partida sem vento. Não desesperar, vai ser um mau dia de resultados para todos. Imagine, por exemplo, que o PAR do campo nesse dia em vez de ser 72 é 78.

Estratégia

       Ter uma certa noção das suas capacidades e não entrar em loucuras. Se tiver que jogar bolas comerciais só para a frente não tenha vergonha. Não chega com uma, chega com duas.

       Estudar bem o desenho do campo para saber quais os buracos que vai jogar para bogey e aqueles que tem possibilidade de fazer birdies. A não ser, que os buracos estejam todos virados para o mesmo lado!

-        As pancadas de saída poderão ir mais longe com o vento a favor com uma madeira 3 ou 5 (vão à vela).

-        Num PAR 4 curto ou num PAR 5, se fizer um “lay up”, é preferível tentar deixar a bola à distância de um full swing. É muito mais fácil fazer parar a bola no green.

-        No jogo curto, tente jogar mais o “chip and run” e não deixar o putt seguinte com vento a favor. Nos “putts”, o vento tem muita influência. Tente jogar para perto do buraco sem complicar muito: 1º put para o alguidar e o 2º para a caneca!

Técnica

       O mais importante é manter o ritmo. Por exemplo, no drive quando está vento contra a tendência é forçar. Não. Jogue ainda mais devagar do que normalmente joga. A bola sobe menos e rola mais. Nos shots para o green, escolha os ferros a mais que entender. O importante é manter a trajectória da bola baixa. Se tiver que jogar o ferro 4 a 100mts do buraco, jogue. Isso é que é dominar a bola e, consequentemente, o jogo.

       Tente fazer ¾ de swing e mantenha os pulsos firmes no momento do impacto.

       Quando está vento a favor, normalmente joga-se ferros a menos. No entanto, não tente jogar o ferro 9 a 200mts porque perde-se completamente o controlo da bola. Ou seja, convém não jogar muito para as alturas. Faça também ¾ do swing com vento a favor. 

Portugal é um país onde faz vento com alguma frequência. Por isso, não se deixe levar pelo vento!

Divirta-se e aproveite o passeio.   

Abraço, 

Miguel

7 Setembro 2010


Miguel Nunes Pedro
Exerce a sua actividade no
Estádio do Jamor

 

Profissional de ensino desde 1989, e membro nº 27 da PGA de Portugal, Miguel Nunes Pedro passa a publicar aqui algumas das suas dicas, conselhos e experiências. Num tom divertido mas conhecedor vem, de certeza, enriquecer e promover o espírito e boas práticas do nosso golfe.

 

Se desejar marcar uma lição com o Miguel telefone para 963684566
nunespedro@npgolf.pt

 

DICA Nº 29 - "O Click"

Já pensou seriamente em mudar o seu jogo de golf para outro nível, melhor obviamente? Aproveite as férias para tentar mudar qualquer coisa no seu jogo. Às vezes, é um pequeno pormenor que está ali encravado e não se consegue evoluir por causa disso. Lembre-se sempre de que grip e postura são a base para se poder construir um bom swing de golf.

Uma vez disse a um aluno meu: “Já reparou que a diferença entre ser handicap 36 e 18 não é muita? Ele obviamente que começou a rir-se mas eu expliquei-lhe que para ser hcp 18, bastava fazer menos uma pancada por buraco. É evidente que este exemplo não serve para um handicap 18 e um “scratch de porco preto” como diz outro amigo meu. Mas, em handicaps altos e médios, é perfeitamente possível haver uma mudança radical no seu jogo e, consequentemente no seu handicap. É o chamado “click”.

Esse click pode acontecer por via espiritual, transcendental ou inspiração divina, ou seja, a interiorização do movimento passar para uma fase de inconscientemente correcto. Por outras palavras - não pensar, simplesmente executar - ou então, dedicarmo-nos a uma área específica do jogo como, por exemplo, o jogo curto. Se um jogador fizer em média 3 pancadas a uma distância de 50m do buraco, não pode ser mais do que handicap 18!

É frequente as pessoas acomodarem-se, resignarem–se com aquilo que têm e com o que sabem fazer. O golf é como a nossa vida. Num determinado momento há um “click”.

Não perca tempo, tente mudar!

Divirta-se e aproveite o passeio.   

Um abraço, 
Miguel 

24 Agosto 2010


 

DICA Nº 28 - "Os Caddies"

18h, Quinta do Lago, meados dos anos 80. Estavam a jogar Nuno Carneiro, Rico Brito e Cunha, Jota Paula Marques e eu. Depois de alguns jarros de sangria, fomos jogar 9 buracos e o Jota, que levou um caddie algarvio apelidado de “Snake”, no 1º buraco estava a jogar uma espécie de golf militar e fez 9 pancadas. O “Snake”, que até então não tinha dito uma palavra, perguntou-lhe: “Ó Sr. Dr., vamos já para o buraco 3?”. E o Jota, algo surpreendido, perguntou-lhe porquê. O “Snake”, sem pestanejar, disse-lhe: “9 pancadas, já jogou o 1 e o 2. Por isso, vamos já para o 3”. Lindo!

O caddie é uma profissão praticamente em via de extinção. Exceptuando alguns casos como os do Clube de Golf do Estoril e do Oporto Golf Club, os caddies estão a acabar por três motivos: o acesso à escola, os buggies e os troleys eléctricos. Ser caddie, é uma profissão como outra qualquer e estes têm que se libertar de preconceitos sociais do género: “Andamos aqui a carregar o saco dos ricos enquanto eles se divertem para quê?” Se os caddies trabalharem bem, com prazer e forem bons profissionais, poderão ter acesso na maior parte dos casos a coisas que nunca poderiam ter de outra forma. Devo lembrar que grandes jogadores como Gary Player, Roberto de Vicenzo, Lee Trevino, Ballesteros, Langer, Cabrera, etc. foram caddies. Em muitos casos, é um acesso à universidade, sem ter que passar pela parte teórica. Mas, por exemplo, o caddie mais conhecido neste momento – Steve Williams, que trabalha com o Tiger Woods – foi considerado dois anos seguidos o desportista do ano na Nova Zelândia, além de já ter ganho uma fortuna a carregar sacos. Ora bem, era mesmo aqui onde eu queria chegar. Em 1º lugar, ser caddie é colaborar com um determinado jogador sendo remunerado pelos seus serviços. Esses serviços são mais do que carregar o saco e andar à procura de bolas. São, por exemplo: medir o campo, escolher os tacos certos, ter os tacos sempre a brilhar, saber qual vai ser a meteorologia do dia, animar o seu jogador quando este fizer um triple bogey. A parte psicológica neste jogo é fundamental e, nessa área, um bom caddie pode ser determinante no desempenho de um jogador. 

Os caddies fazem falta ao golf. Hoje em dia, os swings são todos muito mecânicos. Se houvesse mais caddies, seguramente apareceria um campeão com um swing mais natural, vindo dessa “universidade”.

Por outro lado, com o desemprego que existe hoje em dia, ser caddie pode ser uma solução para algumas famílias.

Já alguma vez jogou de caddie? Se não, experimente. É muito bom!

Divirta-se e aproveite o passeio.   

Um abraço 

Miguel

10 Agosto 2010


 

DICA Nº 27 - "Os Treinadores de Bancada"

Treinador de bancada, é uma profissão não remunerada de alto risco, com uma taxa de êxito ou sucesso de 100%. Em todas as modalidades desportivas, existem treinadores de bancada, sendo o futebol a mais conhecida. Todos nós damos os nossos palpites, quem deve jogar, quem deve ser substituído, a táctica em losângulo, em quadrado enfim, um conhecimento profundo do jogo e da sua envolvente sem percebermos, a maior parte das vezes, que aquilo não é assim tão evidente.

Ora bem, no golf é conhecido desde sempre, que existe um espírito de entre ajuda, normalmente com os nossos amigos que jogam há pouco tempo, ou então com aqueles que repentinamente entraram numa crise de “shanks”.

É normal, é humano e ninguém leva a mal. Agora, jogadores de golf, que ainda nem sequer têm handicap, outros que nunca jogaram um campeonato na sua vida, estarem constantemente a dar palpites e dicas, quando nem para eles sabem, é de bradar aos céus!

As frases mais típicas são: “Ó Zé não levantes a cabeça”, “Ó  Manel estica bem o braço esquerdo”, “Ó Francisco já te disse para não fazeres força”.

Não estou a querer, com isto, “puxar a brasa à minha sardinha”, mas dar aulas de golf, iniciar uma pessoa a jogar não é uma tarefa tão fácil como algumas pessoas poderão pensar. Às vezes, aquilo que parece, não o é.

Divirta-se e aproveite o passeio.

Abraço
Miguel

22 Julho 2010


 

DICA Nº 26 - Os Jovens

Aproveito para falar deste tema numa semana em que estou envolvido com cerca de 40 jovens, entre os 6 e os 17 anos, no Lisbon Sports Club, clube onde eu vivi a minha infância e adolescência golfista e não só. Ah, ah, ah!!! 

Apenas interrompo a “clínica” para os jovens, durante 1H30 às terças feiras, para dar uma aula no campo, de 4 ou 5 buracos, a um dos mais jovens alunos que tenho. Tem 85 anos, começou a jogar aos 83 e garanto-vos que é muito mais jovem do que alguns dos jovens de bilhete de identidade que eu conheço. Parabéns Mário!

Não há uma idade ideal para se começar a jogar golf. Acho que há uma espécie de chamamento para este sacrifício e temos que cumprir a nossa missão com o maior prazer possível. Conversa da treta. É evidente que quanto mais cedo se começar melhor. Os músculos vão-se habituando aos movimentos, joga-se sem pensar e a margem de progressão é interminável. Mas, atenção a uma coisa. Pais, não forcem os vossos filhos a jogar, a treinar loucamente porque acham que eles vão ser o futuro Tiger Woods já que pode sair-vos o tiro pela culatra. Este jogo em 1º lugar, tem que ser encarado como um divertimento. Só quando, tivermos prazer em jogar e paixão pelo jogo, é que poderemos ser considerados uns verdadeiros golfistas.

Algumas dicas para os jovens:

1.     Estudem, estudem, estudem. Só depois é que vem o golf;

2.     Tentem perceber o melhor possível os fundamentos básicos da técnica, as regras do jogo e a sua etiqueta;

3.     Tentem ir para o campo sempre que puderem;

4.    O treino de driving-range só vale a pena, se estiverem a treinar correctamente;

5.    Treinem bastante, com divertimento e competição, no putting-green e chipping-green (fundamental);

6.     Aproveitem ao máximo as férias para jogarem. É nessas épocas do ano que vão evoluir bastante;

7.     Tenham o máximo de respeito pelos vossos companheiros de jogo, pais, avós, sócios, empregados do clube e, principalmente, pelo jogo;

8.     Se não vos apetecer jogar, não joguem. Isto forçado não tem piada nenhuma. E há tanta coisa para fazer!

9.    Utilizem material à vossa medida. Pode condicionar completamente o vosso swing para o futuro.

10.  Todos nós podemos ser eternamente jovens a jogar golf. É tudo uma questão de imaginação !

Divirta-se e aproveite o passeio.

Abraço
Miguel

5 Julho 2010


 

DICA Nº 25 - Prêt-à-Porter

Vestir bem a jogar golf, não é uma tarefa fácil. Deve ser das poucas modalidades desportivas que se joga sem um uniforme próprio. Talvez no xadrez ou nas damas também não seja preciso. Joga-se com uma roupa normal, sem ser de fato e gravata. Ora bem, a roupa também não está barata. No Inverno, as calças sujam-se; no Verão, os polos ficam desbotados do sol. Por isso, as pessoas têm que gerir muito bem o seu uniforme golfístico.

No golf, não há aquela coisa do fato de treino, t-shirt, ténis e “está a andar”. Não, nem pensar. Na 6ª Feira à noite, há todo um ritual para escolher a roupa para o fim-de-semana, de preferência sem repetir a do anterior. Isto para não falar nas pessoas que jogam quase todos os dias. Deve ser cá uma trabalheira para a máquina de lavar. Eu sei que há jogadores que não ligam nada à roupa que usam para jogar mas, a grande maioria dos jogadores, gosta de jogar com os seus modelitos todos catitas, inclusivé até têm um ou outro com que jogam melhor. É tudo psicológico. Quando vemos aqueles profissionais na televisão, sempre impecavelmente bem vestidos, cada um com o seu estilo - uns mais excêntricos, outros mais sóbrios - não nos podemos esquecer que é a vida deles, é a sua profissão e que, além disso, a grande maioria é paga para representar uma determinada marca. Assim é fácil!

Agora, para o comum dos mortais que tem que por cotoveleiras nos pullovers, remendos nas calças e cola nos sapatos, é um verdadeiro bico de obra. Felizmente longe vão os tempos em que se viam alguns jogadores com calças ou calções aos quadrados, polo às riscas e meias com losângulos, embora ainda haja algum perdido no tempo e no espaço. Era de fugir, não se lembram?

Vou dar algumas dicas para jogar devidamente vestido e calçado sem ter que pensar muito e, com um orçamento razoável. Em 1º lugar, há três aspectos fundamentais:

-        jogar com uma roupa e calçado adequados

-        cómodo

-        e, sem ferir a vista 

No Inverno

-      Calças – não muito apertadas. Em dias de muito frio, use de veludo

-      Polo – as mangas não devem ser apertadas

-      Camisola de gola alta

-      Pullover (nunca usar à cintura) – nem muito largo, nem muito justo

-      Colete (pullover sem mangas) – dá sempre muito jeito

-      Meias – 1 ou 2 pares (o pé fica mais quentinho!)

-      Fato de chuva – se for de boa qualidade, dura uma vida

-      Sapatos – pelo menos ½ número a mais e ter pelo menos dois pares (estragam-se menos). Usar sempre esticadores e engraxá-los com regularidade. Vai ver que vão durar muito mais. 

No Verão

-        Calças – tecido fino

-        Calções – não muito curtos (excepto as senhoras)

-        Saia curta de preferência ou vestido (está na moda) – excepto os homens, a não ser que joguem do tee das senhoras

-        Meias curtas – vai ser um bocado menos ridículo na praia

-        Chapéu – o sol não perdoa

Cores que combinam com quase tudo

-        calças ou calções – beges e azuis escuros

-        polos – brancos e azuis

-        sapatos – uns castanhos ou pretos, os outros brancos

-        meias – escuras

-        pullovers – lisos, um claro e outro escuro. 

Divirta-se e aproveite o passeio. 

Um abraço 
Miguel

28 de Junho 2010

 


 

DICA Nº 24 - Tipo de "Shot"

A bola a direito não vai. Nem num putt com mais de 3 metros. Aliás, nem tentem jogar uma bola a direito porque é um mau shot.

Todos os bons jogadores têm um tipo de shot que os caracteriza. A bola sai sempre igual, até quando falham. Aqueles jogadores que chegam ao tee do 1 e mandam uma pedrada de 250 metros com toda a força, sem se perceber se a bola foi em fade ou em draw, normalmente não são handicaps baixos. Vê-se logo que foi um bocado por acaso e isto por acaso não sai muitas vezes.

O importante é um jogador ter um tipo de shot, que normalmente é um fade ou um draw. Também há jogadores que jogam a bola mais alta e outros mais baixa, muitas vezes por influência das condições climatéricas, principalmente o vento.

A bola de golf tem que ser trabalhada e dominada. Não pode ser jogada à toa, lá para a frente. E como é que se consegue dominar a bola? Com técnica, treino e principalmente, com o conhecimento do seu próprio swing e das suas capacidades. Tentar perceber um pouco das possíveis trajectórias do voo da bola. É como dar um chuto numa bola de futebol ou, como no ténis, jogar a bola cortada ou em top spin ou como simplesmente, atirar uma bola ou qualquer outro objecto com a mão.

Bobby Locke, sul africano, foi um dos melhores jogadores do mundo nos anos 50 e jogava todos os shots em hook, inclusivé o putt. Lee Trevino, jogava a bola em fade e baixa. Jack Nicklaus em fade e alta. O importante, é jogarmos a bola para o sítio que idealizámos.

Para arranjar o seu tipo de shot, recomendo que faça o seguinte:

-       um swing de ensaio a imaginar qual vai ser a trajectória da bola;

-       depois, quando for bater na bola, execute apenas o movimento que fez sem bola, sem se preocupar em tentar acertar-lhe.

Se conseguir bater a bola muitas vezes da mesma maneira, garanto-lhe que o seu handicap vai baixar. 

Divirta-se e aproveite o passeio. 
Um abraço 

Miguel
18 Junho 2010


 

 

DICA Nº 23 - A arte de saber 'chippar'

Normalmente um bom jogador de “chip”, é um jogador que cumpre o seu handicap, que está atento ao jogo, que se agarra ao resultado, que raramente perde uma apostinha e que tem muita noção do jogo. O “chipping”, termo correcto em inglês, é um autêntico salvador de resultados.

Um handicap médio, não faz muitos “greens in regulation” por volta por isso, se for um bom “chipador”, o seu resultado pode melhorar 4/5 pancadas por volta.

Lee Trevino ganhou os British Opens de 1971 e 1972 se calhar graças aos seus magníficos “chip and run” e “bump and run”. Tom Watson, que ganhou cinco British Opens, também era um verdadeiro mestre do “chip”.

A nível amador de handicap médio e médio/baixo, há aqueles jogadores que uma pessoa sente antes de eles jogarem que a bola vai ficar quase dada. E porquê? Porque além da boa técnica, escolhem bem o taco que devem utilizar.

Algumas recomendações para se tornar num bom “chipador”:

1.     Ver como a bola está no terreno

2.     Perceber onde a bola deve bater e o que deverá ou poderá rolar

3.     Escolher o taco correcto

4.     Fazer alguns swings de prática com o taco a bater na relva para saber se esta está dura ou “fofinha” e também, para ganhar um certo “feeling”

5.     Rezar e acreditar naquilo que vai fazer, com determinação

6.     Tentar ter alguma imaginação, tipo Ballesteros.

Nota: O sand-wedge é um taco muito traiçoeiro. Só o utilize se tiver muita confiança nele ou então, se for mesmo caso disso.

Já vi o Tiger Woods e o Ernie Els entre outros, a jogar o putter a 60 mts do green em St. Andrews. Fazer o chamado “Texas Wedge”. É que no golf não há nota artística. Jogar bonito, é realmente aprender a “chipar” à escocesa.

Treine bastante o seu “chip”. É uma das pancadas mais importantes do jogo e, ainda por cima, não cansa muito!

Divirta-se e aproveite o passeio. 

Um abraço

Miguel
9 Junho 2010

 


 

DICA Nº 22 - O medo

Buraco nº 4 de Tróia, Par 3, Campeonato de Profissionais em Portugal. Uma manhã linda, nem uma nuvem no céu, não havia uma pinga de vento e aqui o vosso amigo, depois de ter feito três pares seguidos, faz um brilhante 15! Mas que grande aselha.

O medo é o maior inimigo de qualquer golfista. O buraco 4 de Tróia é um exemplo, assim como o antigo 13 do Estoril (o do Patino), onde há resultados verdadeiramente incríveis para um par 4, com aproximadamente 250 metros.

Acho que no golf, deveria haver uma espécie de 2º serviço como há no ténis. Termos uma segunda oportunidade, apenas na pancada de saída de cada buraco. O jogo era muito mais divertido. Não tinhamos aquele stress de ter que colocar a bola no campo. Podia-se arriscar mais. Assim desta maneira, quando vamos a jogar bem, começamos a encolher, a encolher... a certa altura até parece que temos medo de bater na bola.

Já experimentaram esta modalidade de poder haver uma 2ª oportunidade na saída? Eu não mas um dia hei-de experimentar para ver qual era a diferença no resultado.

É claro que este jogo foi inventado de uma forma brilhante e nunca se deverá mudar a forma de o jogar. Mas digam-me lá a verdade, às vezes não dava vontade de repetir uma pancada sem penalidade? É que, em algumas voltas, uma má pancada altera completamente o resultado. Isto tudo porquê?

Porque na maior parte das vezes o medo apodera-se de nós e não há nada a fazer. Qual é a solução para resolver este problema? Não sei, digam-me vocês.

 

Divirta-se e aproveite o passeio. 

Abraço
Miguel

4 Junho 2010


 

DICA Nº 21 - Os meus ídolos no golfe

Lembro-me de que quando tinha os meus 12 anos, treinava no campo com duas bolas. Uma marca de bola era o Jack Nicklaus, a outra era o Johnny Miller. Como gostava mais do Jack Nicklaus, quando o Johnny Miller ía a ganhar atirava a bola dele para o mato para o grande Jack ganhar. Chamem-me maluco mas, o meu ídolo é que não podia perder. 

Ao longo da minha vida golfística tive vários ídolos. A nível amador em Portugal, o primeiro foi o José Sousa e Melo, mais conhecido por “Zézinho”. Quando acabava de jogar um campeonato, ia sempre acompanhá-lo, pois ele era uma referência a nível amador na Europa. Foi o melhor jogador de golf que eu vi a 100 metros para baixo do green. Jogador com personalidade forte, intimidava os seus “fellow competitors” com o seu olhar meio tresloucado, capaz de ser amado por uns e odiado por outros. Mas de facto, o que me fez admirá-lo foi a paixão e o prazer que ele tinha (e tem) pelo jogo.

O meu outro ídolo em Portugal, era o meu parceiro habitual de jogo, o meu irmão Pedro Nunes Pedro. Nunca na minha vida poderei dar shots como eu o vi dar. Impressionante. A bola ía longe e alta, parecia que nunca mais parava. Ai tanta inveja! A sua paixão pelo jogo também é enorme. O problema é que, além do seu resultado, quer saber como vão todos os outros participantes num campeonato. Daí a sua alcunha de “Scoreboard”.

A nível profissional, os meus ídolos sempre foram o Jack Nicklaus, o Tom Watson e o Severiano Ballesteros. Estilos completamente diferentes mas todos eles com grande carisma. Hoje em dia, fico sempre curioso por saber os resultados do Rory McIlroy, Matteo Manassero e Ricky Fowler. Acho que vão ser os grandes jogadores do futuro. Vê-se no seu “body language".

Para além destes jogadores, o meu outro ídolo actualmente é o meu amigo Zé Gameiro Fernandes. Começou a jogar aos 65 anos e hoje, prestes a cumprir 74 anos, tem handicap 9. O seu segredo é sem dúvida a grande paixão que ele sente pelo jogo.

Aqui há uns anos atrás, nos campeonatos em Portugal, havia sempre algumas pessoas a acompanhar as últimas partidas. Acho que havia mais ambiente. Não é só na televisão que se vê bons jogadores.

Recomendo, principalmente aos miúdos, que acompanhem os melhores jogadores nos campeonatos. Aprende-se muito a ver. Quem sabe, não estará ali o vosso ídolo.

Divirta-se e aproveite o passeio. 

Um Abraço
Miguel

27 de Maio 2010

Dicas 20 a 11      Dicas 10 a 1

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Revised: 27-09-2010 .