O nº3 da Ordem de Mérito da PGA de Portugal e único
português membro do Challenge Tour (II Divisão do golfe
europeu) fez 69 pancadas, 3 abaixo do Par do Oceânico
Victoria Golf Club, ficando no grupo dos 37º classificados
no final dos primeiros 18 buracos, entre 126 jogadores.
Ricardo Santos foi o melhor português no primeiro dia da
mais conceituada prova de golfe nacional, organizada pelo
PGA European Tour, a contar para o ‘ranking’ mundial de
golfe e para a Corrida para o Dubai, sob o patrocínio do
Turismo de Portugal e do Turismo Algarve.
O algarvio que representa este mesmo campo está dentro do
‘cut’ provisório e poderá passar pela primeira vez esta
fronteira que só foi franqueada no passado por Filipe Lima,
Tiago Cruz e António Sobrinho (ver
declarações de Ricardo Santos).
Filipe Lima (que ostenta o recorde da melhor primeira volta
lusa no Portugal Masters, com um 67 no ano passado) também
teve um bom início de torneio e está igualmente no ‘cut’
provisório, após entregar um cartão de 70 pancadas, 2 abaixo
do Par, que lhe permite aparecer no grupo dos 49º
classificados (ver
declarações de Filipe Lima).
O IV Portugal Masters é liderado por três jogadores, os
suecos Robert Karlsson e Johan Edfors e o holandês Martin
Lafeber, todos com 64 pancadas, 8 abaixo do Par, perseguidos
a apenas um ‘shot’ por outro sueco, Alexander Noren, e pelo
finlandês Mikko Ilonen.
Num dia em que o sol brilhou e o vento só se fez sentir a
partir de meio da tarde, estiveram reunidas as condições
para excelentes resultados e 81 jogadores bateram o par do
traçado desenhado pelo mítico Arnold Palmer (ver
resultados).
Como salientou Johan Edfors, a manterem-se estas condições
meteorológicas, será possível igualar o recorde mundial de
59 pancadas, o que a acontecer seria um recorde europeu. O
actual nº1 da Corrida para o Dubai, o alemão Nartin Kaymer,
tem o recorde do torneio e do campo com 61 pancadas, fixado
na primeira volta de 2007.
Do trio de líderes destaca-se Robert Karlsson, vice-campeão
do Portugal Masters em 2007 e terceiro em 2008, no ano em
que jogou em Vilamoura como nº1 europeu e membro da Ryder
Cup. «Este campo adapta-se bastante ao meu jogo porque posso
ser agressivo nos buracos de Par-5 e bater bem o ‘driver’»,
disse o sueco de 41 anos, que apesar de adorar jogar em
Portugal considera que «mais tarde ou mais cedo a Alemanha e
a França irão ter uma Ryder Cup» devido ao peso político que
têm no meio do golfe, acrescentando que «Portugal tem o
desafio de encarar a candidatura à Ryder Cup como uma forma
de desenvolver o seu golfe e formar mais jogadores».
É exactamente a necessidade de reforçar o peso político da
candidatura portuguesa à organização da Ryder Cup de 2018
que levou o secretário de Estado do Turismo, Bernardo
Trindade, a visitar o Portugal Masters, ao mesmo tempo que
afirmou o propósito do Governo em manter o apoio aos
torneios internacionais portugueses.
Depois de almoçar com representantes do PGA European Tour,
Federação Portuguesa de Golfe, Comissão de Candidatura
Portuguesa à Ryder Cup e Oceânico Golf, Bernardo Trindade
foi entrevistado pelo European Tour Productions que faz a
reportagem televisiva para todo o Mundo e improvisou uma
conferência de Imprensa junto das instalações da FPG (ver
declarações de Bernardo Trindade).
Hoje (sexta-feira) será a vez do representante máximo da
Ryder Cup Europe (Richard Hills) e do director de política
internacional e COO do PGA European Tour, Keith Waters,
serem recebidos em São Bento pelo Primeiro-Ministro, José
Sócrates, sendo acompanhados pelo presidente da FPG, Manuel
Agrellos, pelo presidente da Comissão-Executiva da
Candidatura Portugusa à Ryder Cup 2018, Manuel Pinho (ver ‘press
release’ ).