«Estou orgulhosa por ganhar um torneio em que estiveram todas as
jogadoras de topo, como a Melissa Reid ou a Laura Davies. Ainda hoje
joguei no último dia com a Gwladys Nocera, vencedora de dez torneios no
Ladies European Tour (LET)», congratulou-se.
«Há exactamente quatro anos que não ganhava um torneio, mas dá-nos
sempre confiança regressar aonde fomos bem sucedidas e no ano passado
tinha ficado em 11º lugar no CampoReal, na minha primeira participação
no Portugal Ladies Open. Sabia que era um campo onde poderia fazer bons
resultados», acrescentou a jogadora que, em 2007, se tornou, aos 18
anos, na segunda mais jovem de sempre a impor-se num torneio do LET, no
Catalonia Ladies Masters, Espanha.
«Foi uma vitória que veio do nada. Era muito nova, tinha recebido o
convite para jogar apenas três semanas antes e estava em estado de
graça. Depois disso, tive dois anos e meio muito complicados. Joguei no
LPGA Tour e o meu sonho é jogar nos Estados Unidos, mas em 2008 tinha um
estatuto limitado e só pude jogar 14 torneios. Em 2009 poderia ter
jogado a época completa mas estive largos meses lesionada, mudei de
treinadores, alterei o swing e trabalhei imenso. É bom ver que estou no
bom caminho. Foi por isso que regressei à Europa, para me reagrupar e
recuperar confiança», explicou.
Depois da sua compatriota Lee-Anne Pace ter terminado a época passada
como nº1 do Henderson Money List e de outros sul-africanos como Louis
Oosthuizen e Charl Schwartzel se apoderarem de Majors como o British
Open e o Masters, respectivamente, Ashleigh Simon sabe que «não é fácil
ganhar um lugar ao sol em casa», mas os 30 mil euros que recebeu hoje
pela vitória elevaram-na à 4ª posição do ranking europeu.
Dominar o vento
No mais ventoso dos três dias de competição, que afectou os buracos mais
elevados do front nine e que fez com que só três jogadoras batessem o
Par-72, Simon construiu nesses 9 primeiros buracos o resultado, com 4
birdies e um único bogey, enquanto a líder dos dois primeiros dias, a
francesa Gwladys Nocera se enterrava com 4 bogeys, não compensados por 1
eagle no 5 (pelo segundo dia seguido).
«Quando me vi com uma vantagem de 6 pancadas fiquei descansada. Confesso
que os 3 birdies seguidos de Gwladys nos últimos três buracos
deixaram-me um pouco nervosa, enquanto eu fazia um bogey no 16, mas o
birdie no 17 acalmou-me e ganhei á vontade», disse a profissional de
Joanesburgo, que ficou com 3 pancadas de vantagem sobre Nocera, a nº1
europeia de 2008, e com 7 pancadas da holandesa Christel Boeljon, a
campeã do Open da Turquia na semana passada.
O terceiro lugar de Boeljon levou-a ao 2º posto da Henderson Money List
e colocou-a bem dentro da qualificação para a selecção europeia da
Solheim Cup, o duelo entre a Europa e os Estados Unidos, marcado para
Setembro, na Irlanda.
No ranking europeu da Solheim Cup, a campeoníssima inglesa Laura Davies
continua a ser a nº1, após um 22º lugar no CampoReal.
Quanto ao Henderson Money List (antiga ordem de mérito europeia),
continua a ser comandada pela inglesa Melissa Reid que foi 25ª no Campo
Real, com 218 (+2), depois de um terrível cartão de 82 (+10) na última
volta.
No mesmo grupo das 25ª classificadas com +2 ficou a luso-francesa
Caroline Afonso que, também sofreu com o vento, fechando com uma volta
de 80 pancadas (+8).
CampoReal em 2012
Na cerimónia de entrega de prémios estiveram presentes
Frederico Costa (membro do Conselho Directivo do Turismo de Portugal),
António Carneiro (presidente do Turismo Oeste), Midori Miyazaki (directora-executiva
da ISPS Handa), Carlos Soares Miguel (presidente da Câmara Municipal de
Torres Vedras), Eduardo Netto de Almeida (presidente do CampoReal),
Manuel Agrellos (presidente da Federação Portuguesa de Golfe), Alexandra
Armas (presidente-executiva do Ladies European Tour) e António Carmona
Santos (promotor do evento).
Houve momentos altos na cerimónia, a começar pela voz
embargada de Ashleigh Simon quando agradeceu aos que a ajudaram nos
momentos difíceis, neste jejum de quatro anos sem títulos.
O LET doou ao Japan Fund Relief, o fundo de auxílio ao
Japão da ISPS Handa para ajudar a recuperar do sismo e tsunami de 11 de
Março. As jogadoras contribuíram com 5 euros por birdie e 10 euros por
eagle, tendo ainda o LET oferecido 500 euros pelo albatroz da nº1
europeia Melissa Reid no buraco 5 de ontem. No total foram angariados 3
mil euros. O objectivo da ISPS Handa é chegar aos 15 milhões de dólares
(pouco mais de 10 milhões de euros) no final do programa.
A outra grande novidade da cerimónia de entrega de
prémios foi a garantia de António Carneiro de que «o terceiro mais
importante torneio de golfe de Portugal vai manter-se no Oeste e aqui no
CampoReal». Uma segurança que permitirá começar a trabalhar mais cedo na
próxima edição que, como explicou António Carmona Santos, irá
«revestir-se de uma enorme expectativa e exigência» depois deste 18º
torneio ter sido o melhor torneio feminino de sempre em Portugal, com
sete nº1 europeias e sete do top-ten europeu.
Classificação
O ‘top-5’ do 18º ISPS Handa Portugal Ladies Open, após 54
buracos ao CampoReal, ficou assim ordenado:
1ª Ashleigh Simon (África do Sul), 200 (66+67+67), -16,
€30.000.
2ª Gwladys Nocera (França), 203 (64+68+71), -13, €20.300.
3ª Christel Boejlon (Holanda), 207 (68+67+72), -9,
€14.000.
4ª Virginie Lagoutte Clément (França), 209 (68+67+74),
-7, €9.640.
4ª Diana Luna (Itália), 209 (67+69+73), -7, €9.640.
25ª Caroline Afonso (França), 218 (68+70+80), +2.
Portuguesas eliminadas
93ª Magda Carrilho (FPG/ Quinta do Peru), 149 (73+76),
+5, amadora.
117ª Susana Ribeiro (FPG/ Estela Golf), 158 (78+80), +14,
amadora.
122ª Sofia Câmara (FPG/ Quinta do Peru), 162 (81+81),
+18.
124ª Mónia Bernardo (Sheraton Pine Cliffs), 79 (-7),
retirada por lesão.
Press-Release
Gabinete Imprensa Portugal Ladies Open
15 Maio 2011 |