Os três portugueses concluíram uma ventosa primeira volta em 70
pancadas, 1 abaixo do Par, ficando a 5 dos líderes, o escocês Stephen
Gallacher, que foi 5º na semana passada na Escócia, no Dunhill Links, e
o inglês Ross Fisher, que fez parte da selecção europeia que venceu a
Ryder Cup em 2010, no País de Gales.
O profissional Filipe Lima, reputado por um jogo indomável, mostrou-se
hoje um poço de consistência, com um eagle (buraco 12), logo seguido de
um bogey. Tudo o resto foi corrido a Par, mas a conclusão no 18 arrancou
um aplauso da multidão de provocar arrepios a qualquer um.
Depois da sua segunda pancada ter ido parar à água, dropou e já contava
com, pelo menos, um bogey, mas um chip-in que ele calcula de 90 metros
(ver entrevistas em anexo) permitiu-lhe salvar o Par-4.
Lima mantém vivas as esperanças de passar o cut e de embolsar no Algarve
o mais elevado prémio monetário da época, num ano em que os patrocínios
escasseiam e uma persistente lesão nas costas tem-no impedido de ser
melhor sucedido no Challenge Tour, onde é o 63º do ranking.
O profissional português residente em França deve ao seu treinador,
Benoit Willemart, a insistência em vir jogar o Portugal Masters, torneio
em que ainda detém o recorde de melhor português, com um 21º lugar em
2007.
Há um ano, Pedro Figueiredo não ficou muito longe, em 23º, e o amador da
Quinta do peru e da UCLA (Universidade Los Angeles Califórnia) até
poderia estar mais à frente na classificação, não fossem quatro
situações em que se viu forçado a dropar, três das quais depois de ter
ido à água (ver entrevistas em anexo).
Tirando isso foi uma volta com quatro birdies e três bogeys. Mas o putt
de 15 metros no 18 foi outro momento de levantar a bancada.
Ricardo Melo Gouveia, que tal como Pedro Figueiredo veio do Campeonato
do Mundo Amador na Turquia, na semana passada, estreou-se no Portugal
Masters com três birdies e dois bogeys.
O jogador do Clube de Golfe de Vilamoura e da UCF (Universidade Central
da Florida) iniciou a volta com um bogey no buraco 2, em parte devido a
nervosismo assumido (ver entrevistas em anexo), mas terminou com dois
birdies nos últimos sete buracos, nos quais não sofreu qualquer bogey.
O cut do Portugal Masters faz-se aos 65 primeiros e empatados, pelo que
Lima, Figueiredo e Melo Gouveia estão provisoriamente apurados, ao
surgirem no 33º lugar, mas os irmãos Ricardo e Hugo Santos, em 68º, com
72 pancadas, 1 acima do Par, têm ainda boas hipóteses de se qualificarem
amanhã para os dois últimos dias de prova. Hugo brilhou com um eagle no
buraco 5 (saiu do 10), enquanto Ricardo reconhece que poderia estar três
pancadas melhor.
Mais difíceis as tarefas de Nuno Henriques, António Rosado e Tiago Cruz.
Henriques, o profissional madeirense que faz a sua estreia no Portugal
Masters e que, com três bogeys e apenas um birdie no back nine, fechou
com 73 (+2), em 91º.
O algarvio Rosado é 106º com 74 (+3) e o estorilista Cruz é 129º com 78
(+7).
A primeira jornada do Portugal Masters ficou marcada pelo vento que se
foi tornando mais intenso ao longo do dia, havendo também mais
nebulosidade, ajudando a que os melhores resultados fossem dos grupos
matinais. A excepção foi Michael Campbell, o neo-zelandês que venceu o
US Open em 2005 e que foi dos últimos a chegar, mesmo assim é 9º com 68
(-3).
As grandes figuras não desiludiram: Martin Kaymer, Padraig Harrington,
Miguel Angel Jiménez e Tom Lewis vão com 69 (-2), no grupo dos 16º.
O sucesso de afluência continua e registaram-se 6.545 entradas, a
segunda melhor quinta-feira de sempre, só superada pelos 7.436 de 2009.
Press-release
11 de Outubro 2012 |