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58º Open de Portugal at Royal
Óbidos
Vítor Lopes termina no
top-10 - Garrick Higgo o 2.º mais jovem campeão de sempre do Open
Open de Portugal at Royal
Óbidos
Data: 17 a 20
de Setembro
de 2020
Campo:
Royal Óbidos
Par: 72
Local : Óbidos,
Portugal
Resultados |
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Vítor Lopes não conseguiu tornar-se hoje (Domingo) no
primeiro português a conquistar o Open de Portugal at Royal Óbidos mas
obteve de uma assentada a sua melhor classificação, o seu melhor resultado e
o seu prémio monetário mais elevado de sempre em torneios do European Tour,
a primeira divisão europeia.
Ganhou Garrick Higgo, um jogador do Challenge Tour, a segunda
divisão europeia, que, deste modo, ao arrebatar o seu primeiro título no
European Tour, assegurou automaticamente a promoção ao escalão principal. O
primeiro sul-africano a vencer o Open de Portugal, em 58 anos de história do
evento da Federação Portuguesa de Golfe, somou 269 pancadas, 19 abaixo do
Par, depois de rondas de 68, 70, 66 e 65, que rendeu-lhe um prémio de 78.812
euros, de um total de meio milhão em jogo esta semana.
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Vítor Lopes viveu um longo dia. Jogou 34 buracos,
quase o dobro do que é habitual. O cansaço físico e o desgaste
mental da situação inédita de liderar desde o primeiro dia cobraram
uma fatura demasiado elevada ao jovem de 24 anos, que tombou do 1.º
para o 7.º lugar.
O profissional da TaylorMade totalizou 275 pancadas,
13 abaixo do Par, após voltas de 65, 71, 67 e 72. Ficou empatado com
o inglês Jonathan Thompson (73+67+71+64), embolsando cada um 12.749
euros.
Thompson foi um dos dois jogadores que apresentaram
um cartão de 64 (-8), a melhor volta do torneio. O outro foi o
inglês Matt Ford. Não podem, porém, ser homologados como recorde do
campo, porque o Royal Óbidos jogou-se esta semana com colocação de
bola no fairway, as chamadas “regras de inverno”.
Em contrapartida, os ‘holes-in-one’ são oficializados
e ontem houve outro, da autoria do dinamarquês Martin Simonsen, no
buraco 3, de 163 metros, com um ferro-9. Foi o segundo ás desta 58.ª
edição.
Com o sol a brilhar, pouco vento e calor, os
resultados foram substancialmente melhores na última jornada e mais
ainda na quarta volta do que na terceira. É sintomático que dos
primeiros 17 jogadores da classificação final só Vítor Lopes não
tenha conseguido bater o Par-72 do belo campo desenhado pelo saudoso
Seve Ballesteros.
A pressão emocional e o desgaste físico vieram ao de
cima à medida que ia vendo os seus rivais subirem no ‘leaderboard’,
ultrapassarem-no e depois a distanciarem-se dele. Os erros foram
aparecendo: 2 bogeys nos primeiros nove buracos, 1 duplo-bogey nos
segundos nove foram-lhe fatais, apesar de nunca ter deixado de lutar
e de ter carimbado 5 birdies.
«Hoje dei muitas pancadas, desperdicei muitas
oportunidades, fui três vezes à água… isto penalizou-me logo em 3 ou
4 pancadas… tem um sabor amargo porque estive a liderar nos três
primeiros dias, mas tenho de estar satisfeito porque é o meu
terceiro torneio do European Tour como profissional», lamentou-se
Vítor Lopes.
O segredo foi mesmo não ceder pancadas ao campo. O
campeão, Garrick Higgo, foi um poço de consistência: em quatro
voltas, com o mau tempo a prejudicar o torneio e jornadas de mais de
dez horas, só perdeu 3 pancadas – 1 duplo bogey na primeira volta e
1 bogey na segunda. De resto, nos últimos 44 buracos, só fez pares
ou birdies, num jogo inspirado que incluiu 3 ‘chip-in’, 1 dos quais
hoje. Mas não foi o único, o espanhol Pep Angles (72+66+66+66), o
vice-campeão, que ficou a apenas 1 pancada do vencedor, também só
perdeu 2 pancadas nas últimas três voltas.
«Não foi fácil de gerir as emoções, a liderar para a
última volta, dando maus ‘shots’, pois logo no buraco 3 fui à água…
ainda controlei as emoções e fiz a seguir 2 birdies, mas depois ver
os outros a subirem na classificação e eu a descer, não era fácil.
Arrisquei mais, o que originou outras duas bolas na água, mas… são
experiências. (…), é a tensão, mas estou satisfeito, um 7.º lugar
não é mau no European Tour e fui o melhor português», admitiu Vítor
Lopes.
Sucumbir à pressão e ao cansaço é perfeitamente
compreensível. Veja-se o inglês Nathan Kimsey, que estava empatado
com Lopes e Andrew Wilson no comando após a segunda volta:
enterrou-se nas duas últimas rondas de 72 e 71 para tombar para
18.º, um grupo que incluiu Pedro Figueiredo (71+73+70+65), o segundo
melhor português.
O 7.º lugar de Vítor Lopes é a quarta melhor
classificação de sempre de um português no Open de Portugal desde
que o torneio fez parte da fundação do European Tour em 1973, só
superado pelo 2.º posto de Filipe Lima em 2018 no Morgado Golf
Course, pelo 3.º de Filipe Lima em 2055 no Oitavos Dunes e pelo 4.º
de Tiago Cruz em 2018.
Só que Vítor Lopes vinha com um sonho: «Coloquei-me a
imposição de ganhar o torneio, foi com este objetivo com que vim no
início da semana, não consegui concretizá-lo, mas estou satisfeito,
porque demonstrei que posso estar no topo do ‘leaderboard’».
Se esta foi a melhor prestação de sempre de Vítor
Lopes em torneios desta categoria, Pedro Figueiredo, com uma última
ronda de 65 (-7) igualou a sua melhor marca de sempre em torneios do
European Tour e do Challenge Tour: «Já tinha feito -7 como amador
num Portugal Masters e também -7 no torneio do Challenge Tour que
ganhei na Bélgica há uns anos». Por outro lado, ‘Figgy’ alcançou
pela primeira vez um top-20 no European Tour. Mesmo no Challenge
Tour, o 18.º lugar (-9) é a sua melhor classificação desde que foi
13.º na Grande Final do Challenge Tour em 2018.
Para Ricardo Santos, o 24.º lugar (-8) é a melhor
prestação no European Tour desde o Open de Itália de 2015, onde foi
20.º (-14) e no Challenge Tour é o seu melhor desde novembro e o
21.º posto atingido na Grande Final em Maiorca.
Stephen Ferreira, residente no Zimbábue, jogou pela
primeira vez um torneio do European Tour em Portugal e o 28.º lugar
(-7) fê-lo atingir os objetivos de mostrar aos portugueses que
existe. «Espero jogar mais vezes no meu país», prometeu, depois de,
também ele, alcançar a melhor exibição em provas da primeira divisão
europeia. Este ano já tinha sido 27.º mas num torneio do Challenge
Tour na Cidade do Cabo.
Ricardo Melo Gouveia não ficou, obviamente,
satisfeito com o 35.º lugar (-8), mas não deixa de ser a primeira
vez que passou o cut no Open de Portugal. E, finalmente, Tomás
Bessa, que nunca tinha superado um cut em torneios do European Tour,
fê-lo agora em duas semanas seguidas. E se no Portugal Masters foi
64.º (+1), neste Open de Portugal já entrou no top-50 e terminou
pela primeira vez em números vermelhos, na 49.ª posição, com 3
abaixo do Par.
Foi, portanto, um 58.º Open de Portugal at Royal
Óbidos positivo para o golfe nacional, num torneio marcado pelo mau
tempo, pela capacidade da organização e da equipa de manutenção de
preparar o campo para as intempéries, mas uma edição do torneio
vincada igualmente pela juventude.
Vítor Lopes, de 24 anos, brilhou durante três dias e,
no final, o título foi para Garrick Higgo, de 21 anos, o segundo
mais jovem campeão de sempre da prova, depois do amador espanhol
Pablo Martin Benavides, que tinha 20 anos quando se impôs no Oitavos
Dunes em 2007.
«É sem dúvida a maior emoção da minha carreira, é
esmagador, eu adoro ganhar e é espantoso», disse Higgo, o segundo
sul-africano a vencer em semanas consecutivas no nosso país depois
de George Coetzee no Portugal Masters. Higgo, que só estava a
disputar o seu sétimo torneio no European Tour, já tinha no seu
palmarés dois títulos do Sunshine Tour, a primeira divisão
sul-africana, mas nada que se compare ao nosso Open nacional: «Saber
que sou agora membro do European Tour é um sonho, sobretudo depois
desta pandemia da COVID-19 ter cancelado as promoções do Challenge
Tour para o European Tour. Esta era a única maneira de fazê-lo, era
ganhar».
As classificações finais, resultados e prémios do
campeão e dos 14 jogadores portugueses que participaram na prova
foram os seguintes:
Campeão
1.º Garrick Higgo (África do Sul), 269 (68+70+66+65), -19, €78.812
Portugueses que passaram o cut
7.º (empatado) Vítor
Lopes, 275 (65+71+67+72), -13, €12.749
18.º (empatado) Pedro Figueiredo, 279 (71+73+70+65),
-9, €5.501
24.º (empatado) Ricardo Santos, 280 (68+74+71+67),
-8, €4.751
28.º (empatado) Stephen Ferreira, 281 (71+71+69+70),
-7, €4.195
35.º (empatado) Ricardo Melo Gouveia, 283
(69+76+68+70), -5, €3.112
49.º (empatado) Tomás Bessa, 285 (72+74+72+67), -3,
€1.947
Portugueses que falharam o cut
78.º Tiago Cruz, 147 (77+70), +3
78.º Filipe Lima, 147 (76+71), +3
98.º Francisco Oliveira, 149 (72+77), +5
98.º Miguel Gaspar, 149 (74+75), +5
98.º Tomás Melo Gouveia, 149 (76+73), +5
104.º Pedro Lencart (amador), 150 (73+77), +6
124.º João Magalhães, 161 (75+86), +17
125.º Alexandre Abreu, 169 (86+83), +25
Press-Release
Gabinete de Imprensa da FPG 20 Setembro 2020
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