VI Portugal Masters

TRÊS RECORDES NACIONAIS E O MÁXIMO DE AFLUÊNCIA

 

O profissional Ricardo Santos e os amadores Pedro Figueiredo e Ricardo Melo Gouveia fizeram hoje (sexta-feira) história a triplicar no Portugal Masters, o principal torneio de golfe português, de 2,25 milhões de euros em prémios monetários, que o PGA European Tour organiza no Oceânico Victoria Golf Club, em Vilamoura, sob o patrocínio do Turismo de Portugal.

 

Pela primeira vez três portugueses passam o cut no Portugal Masters e vale a pena recordar que em 2007 (Filipe Lima e Tiago Cruz) e 2010 (Filipe Lima e Ricardo Santos) tinham sido dois, e em 2008 (António Sobrinho), 2009 (Lima) e 2011 (Pedro Figueiredo) foram apenas um.

 

No ano passado, Pedro Figueiredo tornara-se no primeiro amador português a passar o cut no Portugal Masters. Um marco histórico porque já houvera amadores lusos a seguirem para os derradeiros 36 buracos em eventos do European Tour, nos Opens de Portugal e da Madeira, mas essas provas não têm a cotação internacional do Portugal Masters.

 

Volvidos doze meses, “Figgy” mostrou que não foi por acaso que ameaçou então, com o seu 23º lugar, superar o 21º posto de Filipe Lima em 2007, ainda a melhor classificação de um golfista nacional. Aí está ele de novo às portas do top-20, em 25º, com duas voltas de 70 pancadas, um agregado de 2 abaixo do Par, como melhor português na entrada para a terceira volta.

 

Nunca é fácil repetir um feito, mas Figueiredo tem mostrado que tem perfil psicológico de campeão e é por isso que entra também para a história do golfe nacional como o primeiro amador a passar o cut em dois anos consecutivos no mesmo torneio do European Tour!

 

Mas os recordes nacionais não se ficaram hoje por aqui. Ricardo Melo Gouveia, a estrear-se na competição, foi o que mais brilhou, chegando a andar a 4 abaixo do Par antes de ser traído pelo nervosismo de uma situação inédita. Fechou, aflito e aliviado, a Par do campo, mesmo à queima do cut, em 51º.

 

O quartofinalista do US Amateur e oitavofinalista do British Amateur junta-se a Pedro Figueiredo para marcar a primeira vez que dois amadores portugueses passam o cut num mesmo torneio do European Tour.

 

No meio dos dois amadores ficou o profissional Ricardo Santos, em 37º, com 1 pancada abaixo do Par, num dia muito sofrido, mas que coloca um ponto final em cinco cuts consecutivamente falhados pelo campeão nacional no European Tour. Aliás, desde que venceu o Madeira Islands Open, é apenas o quarto cut que passa em 15 torneios disputados.

 

Tinha razão Manuel Agrellos, presidente da Federação Portuguesa de Golfe, para estar orgulhoso ao final da tarde, na tenda que a FPG estreou este ano junto ao green do buraco 9, onde recebe todos os filiados. Faziam-lhe companhia Álvaro Barreto, dos corpos sociais da FPG, Miguel Franco de Sousa, secretário-geral da FPG, João Coutinho, director-técnico nacional, e Nuno Campino, seleccionador nacional.

 

«Isto é o fruto de muito trabalho. Parece fácil, mas foram muitos anos para se chegar aqui», disse Agrellos, no seu último mandato, presidente há 12 anos.

 

É certo que Ricardo Santos e Ricardo Melo Gouveia devem muito a Clube de Golfe de Vilamoura e Pedro Figueiredo ao da Quinta do Peru. Santos tem recebido ajuda preciosa da sua equipa técnica actual, dos seus patrocinadores privados e de algum apoio da PGA de Portugal, enquanto “Figgy” admite muito ter aprendido na Universidade de Los Angeles Califórnia e “Melinho” da Universidade Central da Florida. Mas estes três jogadores sabem bem que só chegaram onde estão hoje devido ao enorme investimento que a FPG fez neles ao longo de anos, nas suas carreiras amadores. É um trio resultante do programa de alto rendimento colocado em marcha em 2002.

 

Pelo caminho ficaram hoje Tiago Cruz (+2), Filipe Lima (+3), Nuno Henriques (+4), António Rosado (+4) e Hugo Santos (+5), mas seria injusto não referir a volta em 66 pancadas de Cruz (5 abaixo do Par), o segundo melhor resultado do dia, e o eagle de Hugo no 5, o segundo seguido nesse buraco.

 

A presença inédita de três portugueses nas duas últimas voltas do Portugal Masters irá atrair ainda mais público nos dois últimos dias, numa sexta edição caracterizada por afluências recorde.

 

Se no Pro-Am os 3.012 bilhetes foram um máximo, também hoje as 9.543 entradas foram a melhor afluência de sempre a uma sexta-feira. No total dos três dias, já passaram pelo Oceânico Victoria 19.100 espectadores!

 

O Portugal Masters de 2012 é comandado por Ross Fisher, com 132 pancadas, 10 abaixo do Par, após uma segunda volta em 67 (-4).

 

O inglês de 31 anos persegue o seu quinto título no European Tour e apanhou um valente susto pois no tee do buraco 1 escorregou, fez uma entorse e teve de ser assistido pelo fisioterapeuta que lhe enfaixou o tornozelo esquerdo. Jogou inchado e com dores, mas nem por isso deixou de isolar na frente com uma vantagem para 3 pancadas.

 

Fisher, vencedor da Ryder Cup em 2010, partilhava o comando após a primeira volta de 65 (-6) com o escocês Stephen Gallacher, mas este não conseguiu melhor do que uma segunda volta em 70 (-1) e partilha agora o segundo lugar com o austríaco Bernd Wiesberger, com 135 (-7), este último autor do melhor resultado do dia, 65 (-6), só igualado pelo sueco Johan Edfors. 

Press-release
12 de Outubro 2012

 



 

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Revised: 13-10-2012 .