MELO GOUVEIA E HERBERT ARRANCAM EM
FORÇA SOB PRESSÃO DO RANKING
Portugal Masters
Data: 20 a 23 de Setembro de 2018
Campo: Dom PedroVictoria GC
Par: 72
Local : Vilamoura, Algarve, Portugal
Resultados
O AUSTRALIANO E O PORTUGUÊS PRECISAM DE ENCERRAR A
ÉPOCA NO TOP-100 DA CORRIDA PARA O DUBAI PARA MANTEREM-SE NO
EUROPEAN TOUR. SÉRGIO GARCIA TAMBÉM COMEÇA EM BOM NÍVEL
Ricardo Melo Gouveia e Lucas Herbert chegaram a
Vilamoura fora do top-100 da Corrida para o Dubai e sabem que para
manterem-se no European Tour em 2019 necessitam de encerrar a época
naquela elite. A temporada vai longa, restam quarto torneios e o
Portugal Masters é uma oportunidade única.
Ambos arrancaram hoje (quinta-feira) da melhor
maneira no mais importante torneio português, de 2 milhões de euros
em prémios monetários, e ambos ficaram insentos de bogeys nos
primeiros 18 buracos, com o português a figurar entre os 16.º
classificados, com 4 abaixo do Par e o australiano a liderar a prova
isolado, com 8 abaixo do Par do Dom Pedro Victoria Golf Course.
Lucas Herbert, o 103.º na Corrida para o Dubai,igualou
a sua melhor volta de sempre no European Tour, com 63 pancadas (-
8), mostrando que não foi por acaso que este ano já somou três top-5
em provas da primeira divisão europeia.
«Claro que há mais pressão neste final de temporada e
sinto a pressão de ter de jogar bem. Nas semanas anteriores a este
torneio senti dificuldades em encontrar a boa forma e trouxe para
aqui o meu treinador e o meu fisioterapeuta e as coiisas estão a
colocar-se em ordem. Hoje foi uma boa indicação de que as coisas
estão bem e espero continuar assim», disse Herbert.
O australiano tem uma vantagem de apenas 1 pancada
sobre os ingleses Matt Wallace e Eddie Pepperell e ainda o irlandês
Shane Lowry, com a curiosidade de Wallace ser o campeão do Open de
Portugal de 2017 e de Lowry ter ganho o Portugal Masters em 2011.
O caso de Ricardo Melo Gouveia é um pouco mais
complicado do que o de Lucas Herbert porque o único português a
competir a tempo inteiro no European Tour está pior classificado no
ranking da primeira divisão europeia (132.º)
No entanto, as 67 pancadas, 4 abaixo do Par,
abrem-lhe excelentes perspetivas, pois está no grupo dos 16.º
classificados, a apenas 4 da liderança e 1 do top-10. Num dia sem
vento, ter jogado à tarde poderia, mesmo assim, ter sido prejudicial
por os greens estarem pisados, mas o português residente em Londres
lidou bem com a situação e amanhã (sexta-feira) poderá jogar ainda
melhor, dado sair de manhã, com greens mais acessíveis.
«Quero continuar a fazer o mesmo e melhorar um pouco
os drives e os shots de saída», disse o atleta olímpico português
que ficou agradado com a sua exibição: «Foi um ótimo resultado, um
bom começo.Hoje não fiz nenhum bogey e isso foi o mais importante».
Para além de Ricardo Melo Gouveia, outro português conseguiu
terminar o primeiro dia dentro do cut provisório – Tomás Santos
Silva, apenas 1 pancada atrás, ou seja, com 68 (-3), que lhe dá um
27.º lugar, empatado, entre outros, comos
dinamarqueses Lucas Bjerregaard (o campeão do Portugal Masters de
2017) e Thorbjorn Olesen (que para a semana joga a Ryder Cup).
E por falar em Ryder Cup, merece destaque a boa
estreia de Sergio Garcia, o espanhol que nunca tinha jogado o
Portugal Masters e que surge no grupo dos 6.º classificados, com 66
(-5), o mesmo resultado do finlandês Kim Koivu, o vencedor de três
torneios do Challenge Tour em 2018, que é treinado pelo português
David Silva.
«Joguei bem mas não fui extraordinário. Foi simpatico
ter feito uma boa volta e ter estado a um bom nível depois de ter
estado algum tempo ausente do circuito», comentou o antigo n.º2
mundial e atual 28.º, que está a apenas 1 pancada do chinês Li
Haotong (-6), o vencedor do Pro-Am de ontem.
Do forte contingente português de 11 jogadores, para
além de Ricardo Melo Gouveia e Tomás Santos Silva, destacou-se
Ricardo Santos, que não jogava o Portugal Masters desde 2015, e que
começou com uma volta de 71 (Par). O 93.º lugar não impressiona, mas
só está a 2 pancadas do cut provisório.