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14 a 17 de Outubro

PORTUGAL MASTERS

 

SANTOS PERSEGUE SONHO, LIMA LUTA PELO TOP-TEN

 

Num dia de recordes no Oceânico Victoria Golf Club, há dois portugueses pela primeira vez na luta por um título do PGA European Tour. Ricardo Santos e Filipe Lima, que até são geridos pelo mesmo empresário e partilham a mesma psicóloga, assumem uma saudável rivalidade no último dia do Portugal Masters, o mais importante torneio de golfe nacional.

 

Filipe Lima partiu para a penúltima volta na terceira posição mas acabou-a no 24º posto, com os mesmos 10 abaixo do Par. O profissional da Federação Portuguesa de Golfe chegou a andar em duas ocasiões a 13 abaixo, mas um ‘bogey’ no 16 e um duplo no 18 (o segundo ‘shot’ foi à água) não lhe permitiram igualar o agregado de 13 abaixo de Ricardo Santos, que vai partir para os últimos 18 buracos no grupo dos sextos classificados, uma melhoria de 24 postos.

 

Deu-se, portanto, uma inversão da realidade de 24 horas, agora com Lima a perseguir o mais novo dos irmãos Santos, que se colocou na luta pelo seu primeiro título do European Tour e logo no campo que ele próprio representa.

 

Há um ano, foi um jogador do Grupo Oceânico, o inglês Lee Westwood, a ganhar o Portugal Masters. O futuro nº1 mundial não foi esquecido e hoje mesmo (sábado) os trabalhadores e directores da empresa reuniram-se no ‘green’ do buraco 18 para assinar uma placa gigantesca que desejava as melhoras ao britânico, impedido de defender o título devido a uma lesão.

 

Westwood é, sem dúvida, um jogador da casa, mas uma vitória de Ricardo Santos teria um sabor ainda maior. André Jordan, o primeiro proprietário do Oceânico Victoria, recordou hoje aos microfones da SportTV «aquele menino que começou a jogar golfe aqui aos 12 ou 13 anos», enquanto Gerry Fagan, um dos actuais proprietários do campo e administrador do Grupo Oceânico sublinhava «a importância para Portugal de ter dois jogadores no topo da classificação».

 

Há um bom relacionamento entre ambos. Ricardo explicou que tem «a mesma psicóloga» de Lima (Zoe Chamberlain) e que se sente melhor «numa equipa com bons jogadores», uma referência a Pedro Ribeiro, o empresário comum (ver entrevista). Também Filipe salientou a novidade positiva de «o público português poder seguir dois jogadores», dado ser a primeira vez que há dois lusos na última volta do Portugal Masters (ver entrevista).

 

Mas na hora da verdade é impossível não haver uma saudável rivalidade, como brincou Lima, ao dizer que «o nº1 é só um», ao mesmo tempo que se manifestava «muito contente pelo Ricardo».

 

Santos nunca ganhou qualquer torneio do European Tour, procurando, por isso, o seu primeiro título. E se jogou todo de vermelho por ser benfiquista, acreditando que isso lhe terá dado alguma sorte, quem sabe se o facto de ter a companhia da sua filha no campo poderá impulsioná-lo amanhã para a vitória? Esta é a palavra certa, dado que a menina chama-se Vitória e o campo Victoria. «Ela poderia ter sido baptizada Francisca ou Vitória e foi este o nome que escolhemos, não pelo campo, mas porque é um bom nome português, um nome com força», comentou Rita Brissos, a mulher de Ricardo Santos.

 

O actual nº3 da Ordem de Mérito da PGA de Portugal está a apenas cinco pancadas do líder, o espanhol Pablo Martín (-18), pelo que tudo é possível. Até mesmo Filipe Lima não está totalmente fora do baralho. Não seria a primeira vez que um jogador venceria após recuperar de um atraso de oito ‘shots’ e o próprio Lima recordou que ontem (sexta-feira) foi exactamente esse resultado (-8) que arrancou. Claro que mais realisticamente o nº1 da Ordem de Mérito da PGA de Portugal visará um ‘top-ten’, ele que já ganhou um torneio do European Tour em 2004, quando ainda era francês.

 

A terceira volta do evento integrado no Allgarve, de três milhões de euros em prémios monetários, começou com o dinamarquês Jeppe Huldahl a fechar uma volta quase perfeita de 61 pancadas (-11), igualando o recorde do campo desenhado pelo mítico Arnold Palmer, fixado pela primeira vez no Portugal Masters de 2007, pelo actual nº4 mundial e nº1 da Corrida para o Dubai, o alemão Martin Kaymer.

 

Não é a primeira vez que Huldahl se apodera de um recorde de um campo em Portugal. Em 2002, no Campeonato da Europa Amador, o compatriota da nº1 do ténis mundial (Caroline Wozniacki) já tinha surpreendido com um excelente cartão de 67 pancadas (-5) no Tróia Golf.

 

«O que posso dizer? Adoro jogar no vosso país», disse à saída de uma conferência de Imprensa em que foi saudado por não só ter igualado o recorde do Oceânico Victoria, mas sobretudo por ter empatado o recorde do European Tour para o número de ‘birdies’ numa única volta: 12. Nessa estatística figura agora ao lado de nomes consagrados como os vencedores de ‘Majors’ Fred Couples e Ernie Els, e ainda de Darren Clarke e Russell Claydon.

 

Jeppe Huldahl ficou também a apenas um ‘birdie’ de igualar outro máximo europeu, o de ‘birdies’ consecutivos. O lendário Seve Ballesteros, Ian Woosnam, Mark O’Meara, John Bickerton e Tony Johnstone fizeram oito, enquanto o escandinavo ficou-se pelos sete entre os buracos 11 e 17.

 

Mas os recordes poderão ainda não ter ficado por aqui, dado que a excelente volta de 63 pancadas (-9) de Pablo Martín colocou-o no comando da prova com um agregado de 18 abaixo do Par, ou seja, a sete ‘shots’ do ‘score’ de -25 que o inglês Steve Webster apresentou para vencer a primeira edição do torneio organizado pelo Turismo de Portugal e pelo Turismo Algarve, em 2007.

 

Quem se pode esquecer de Webster olhar para o céu após o putt da vitória e das lágrimas vertidas enquanto explicava aos jornalistas que sabia que estava a ser visto pela sua mãe (Valerie) falecida há pouco tempo? Pablo Martín poderá viver algo de semelhante depois de hoje ter contado aos jornalistas que a morte do seu pai (Gonzalo) no passado mês de Janeiro esteve na origem da quebra abrupta de bons resultados após uma vitória logo no início da época no Alfred Dunhill Championship, na África do Sul: «O meu pai morreu na luta contra o cancro. Tenho tentado voltar aos bons resultados mas tem sido frustrante. Vim para este torneio um pouco frustrado e zangado e talvez seja essa a razão que me levou a jogar melhor».

 

Outro dos motivos poderá ser o facto de partilhar com o seu famoso conterrâneo de Málaga, Miguel Angel Jiménez, o prazer de jogar em Portugal. Pablo jogou vários torneios amadores e em 2007, no Oitavos Dunes, tornou-se no primeiro amador a vencer um torneio do European Tour, no Estoril Open de Portugal. Na altura escapou-lhe o cheque de 208 mil euros por não ser profissional, mas desta feita olha de outra forma para o meio milhão de euros que irá premiar o vencedor. Um triunfo no Portugal Masters catapultá-lo-ia para o ‘top-60’ da Corrida para o Dubai que se apura para o Campeonato do Mundo do Dubai. «Jogar em Portugal é ainda melhor do que jogar em casa. Adoro. Vêm imensas pessoas de Málaga, ficamos alojados todos num condomínio durante a semana, criamos um óptimo ambiente e depois… aqui há a cerveja Sagres», gracejou o 87º golfista europeu.

 

Pablo Martín (-18) terá como principais adversários o inglês Oliver Wilson (-15) e o dinamarquês Jeppe Huldahl (-15), numa derradeira jornada que se prevê emocionante e imprevisível (ver resultados e saídas). A primeira saída é às 08:40 horas e a última às 13:48 h. Filipe Lima sai às 11:37 h e Ricardo Santos às 13:21 h. Prevê-se uma forte afluência de público. Segundo dados do PGA European Tour, hoje foi a melhor terceira volta de sempre do torneio, com 7.890 bilhetes vendidos (mais um recorde do dia) e no somatório já se venderam 24.208 ingressos no Portugal Masters de 2010, igualando o total do torneio de 2007!

 

 

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Fonte: Gabinete Imprensa PGA European Tour

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Revised: 18-10-2010 .