Salvar esse Par deu-lhe uma terceira volta consecutiva de
70 pancadas, 1 abaixo, totalizando 201 (-3), com o consequente 31º lugar
na classificação, empatado com oito jogadores.
“Figgy” é sempre mediático, chegou em tempos a
impressionar o malogrado Seve Ballesteros, é seguido por famosos como o
ex-guarda redes da selecção nacional de futebol, Ricardo Pereira e atrai
muito público. «Sou o mesmo – garante – mas talvez haja mais mediatismo
em meu redor porque fiz alguns bons resultados no passado e as pessoas
já me conhecem» (ver entrevista na íntegra em anexo).
Mas se aquele putt de 8 metros poderá ter sido o momento
do dia, não há dúvida que o melhor jogador luso nesta terceira volta foi
Ricardo Melo Gouveia, que subiu ao 26º lugar, empatado com outros quatro
jogadores, após um cartão de 67 (-4), que o deixou com um agregado de
209 (-4), a apenas 1 pancada do top-20.
Ontem, Ricardo Melo Gouveia, de 21 anos (tal como
“Figgy”), disse que «o facto de o Ricardo Santos ter ganho o Open da
Madeira este ano foi importantíssimo porque toda a gente passou a
acreditar que é possível ter mais portugueses a competir no European
Tour».
Hoje acrescentou que «quando era miúdo, olhava para o
Pedro como um ídolo, porque estava sempre calmo e não mostrava as
emoções, como fazem os profissionais. Eu era sempre mais nervoso».
Ricardo Santos, de 30 anos, que tal como o seu homónimo
jogou pelo Clube de Golfe de Vilamoura como amador, lembra-se de que
«chegou-se a falar que o Ricardo Melo Gouveia iria abandonar o golfe».
O campeão nacional, que sempre viu talento em Melo
Gouveia, sente-se «lisonjeado e honrado» pela referência que passou a
ser para os mais novos e já vê grandes alterações no seu companheiro de
clube: «Melhorou muito o seu jogo e a sua atitude e se continuar assim
chega ao circuito com alguma facilidade».
Foi essa facilidade que levou “Melinho” a arrancar 6
birdies hoje, 4 dos quais nos imaculados últimos 9 buracos, isentos de
bogeys.
O seu 67, foi o segundo melhor resultado de um português
neste Portugal Masters, só superado pelo 66 de Tiago Cruz na segunda
volta e enche-o de confiança para o último dia.
Pelo que Ricardo tem contado aos jornalistas, a grande
questão será lidar com os nervos na última volta num ano de estreia no
Portugal Masters. Para ele, só o US Amateur deste ano foi mais
importante. «Há três ou quatro anos vim ao Portugal Masters e pensei que
um dia seria eu. Cada vez mais tenho a certeza de que é isto que quero»,
afiança.
Quanto ao profissional Ricardo Santos, já não poderá
almejar lutar pelo título e mesmo um top-20 poderá ser complicado, mas
ao partir amanhã mais cedo (ver saídas em anexo), com menos vento e
greens menos pisados, poderá aproveitar para um final em beleza. Para
já, é 55º (empatado) entre 70 jogadores que passaram o cut, com 213
pancadas, a Par do campo, após voltas de 72, 69 e 72. O nº1 nacional não
está a jogar mal, mas perdeu alguma confiança no putt (ver entrevista em
anexo) e por isso ontem foi visto a treinar no putting green até ao
crepúsculo do dia.
O VI Portugal Masters tem um novo líder, o austríaco
Bernd Wiesberger, de 27 anos, que persegue o seu terceiro título do ano
depois os triunfos na Coreia do Sul e na Áustria.
Com uma segunda volta seguida de 65 pancadas (-6), que já
não é o melhor resultado do torneio porque o australiano Andrew Dodt fez
hoje 64 (-7), Wiesberger comanda com 200 (-13), 1 de vantagem sobre o
anterior líder, o inglês Ross Fisher.
A última volta do Portugal Masters começa amanhã às
08H19, a derradeira saída será às 13H40, e o European Tour anunciou que
virá para a cerimónia de entrega de prémios a secretária de Estado do
Turismo, Cecília Meireles, enquanto a Federação Portuguesa de Golfe terá
como convidado Luís Romão, director regional do Algarve do Instituto
Português do Desporto e Juventude. Press-release
13 de Outubro 2012 |