O terceiro classificado, com o mesmo número de pancadas (61)
ficou o norte-americano Brinson Paolini, que alinhou com os
amadores Salvador Costa Macedo, Marco Andrade e Gonçalo
Carneiro.
O melhor profissional português no PRO-AM foi o algarvio
Gonçalo Pinto, com 61 pancadas, as mesmas que os três
primeiros classificados, no entanto com um pior resultado na
segunda volta (critério de desempate). O jovem profissional
esteve em prova com Romano Costa, Bernardo Freitas,
Francisco Fernandes.
A creimónia de entrega de prémios do Pro-Am está marcada
para amanhã durante o período de almoço.
Os 156 profissionais inscritos na prova entram em competição
a partir de amanhã, incluindo os nove jogadores portugueses:
Ricardo Santos, José Filipe Lima, Hugo Santos, Nuno
Henriques, Gonçalo Pinto, Pedro Figueiredo, Tiago Cruz, João
Pedro Sousa e o amador João Carlota, que vão estar na luta
pelo título madeirense.
José Filipe Lima regressa ao Open madeirense como
“full-member” do European Tour, após ter assegurado a
transição para primeira divisão do com a segunda posição no
ranking do Challenge Tour no fim da época passada. O jogador
de 32 anos admite que chega ao Santo da Serra Golf, este
ano, com outras ambições: «No ano passado cheguei aqui para
lançar a minha carreira, agora, vim com um espírito
diferente, para ganhar, claro que no golfe tudo pode
acontecer, mas na minha cabeça estou no sentido de ganhar»,
sublinhou o jogador que no ano passado terminou a prova em
9º lugar.
O profissional luso-francês disputou até agora nove provas
da I divisão do golfe europeu, das quais em seis passou o
cut. «Até agora o torneio em que me senti melhor foi em Abu
Dhabi HSBC Golf Championship, em Janeiro. É um campo muito
difícil e joguei com facilidade, com shots certinhos e sem
acusar muito a pressão. Penso que é fruto da evolução e do
trabalho que tive no ano passado em que fiz algumas mudanças
na preparação física e ao nível técnico», explicou.
O madeirense Nuno Henriques que joga no campo que o viu
crescer como jogador mostrou-se entusiasmado com o regresso,
uma vez que não passa muito tempo na sua terra natal. Nos
últimos meses disputou cinco provas do circuito satélite
alemão Pro Golf Tour, mas planeia participar em pelo menos
oito provas do Challenge Tour este ano, espera conseguir um
lugar já no Fred Olsen Challenge de España, que se realiza
em Junho nas Canárias, ou no Belgian Challenge Open.
Quanto à sua participação no Open Madeirense Henriques
explica que será uma oportunidade para consolidar o seu
jogo. «Fiz muitas mudanças no meu jogo recentemente, desde o
jogo curto até ao swing e estou numa fase de testar em
competição aquilo que faço nos treinos, por isso não venho
com muitas expectativas sobre o resultado, mas isso até pode
ser bom», disse o profissional madeirense que agora treina
com o belga Bart Bollen, também treinador de Thomas Pieters
e Christopher Mivis.
Sobre o campo que conhece tão bem, o profissional madeirense
descreveu-o como “muito difícil”. «Se o vento se mantiver
como está hoje (dia do PRO-AM) penso que será o Open mais
duro de sempre», sublinhou Henriques referindo-se ao forte
vento que se fez sentir durante todo o dia no Santo da Serra
Golf.
O nº 1 português Ricardo Santos corrobora com a opinião de
Henriques e prevê uma semana onde a perseverança do jogador
pode ser determinante. «Há que ter paciência e focar-nos ao
máximo. Com este vento torna-se difícil controlar as
distâncias para o green e ler as linhas de jogo, porque o
vento tem muita influência», refere o profissional algarvio.
Keith Waters, Chief Operating Officer do European Tour,
visitou o Open madeirense e manifestou o seu apreço pelo
papel que esta prova tem no tour europeu: “É um torneio
importante para o European Tour porque dá oportunidade aos
jovens jogadores de jogarem, incluindo aos que estão no
Challenge Tour, tem um bom prize-money e oferece a
possibilidade de conseguirem a isenção. É um torneio com
história, tem 22 edições e é sempre muito bem organizado»,
sublinhou o responsável do European Tour.