O dia de
aguaceiros, com períodos de sol e de chuva, foi definitivamente
cancelado às 17h22, quando uma autêntica tromba de água se abateu sobre
o Oceânico Victoria Golf Course, alagou os greens, impedindo 16 grupos
de três jogadores concluírem os 18 buracos.
A
conclusão da primeira volta foi, assim, adiada para amanhã,
recomeçando-se a jogar às 8h15 e só três dos oito portugueses terão de
regressar mais cedo ao campo.
Pedro Figueiredo em grande
No
momento da interrupção, Pedro Figueiredo era o melhor português. Ia com
4 pancadas abaixo do Par, no 17º buraco (o 8º do percurso, pois saiu do
10).
Hugo
Santos ia a Par no 14 e Gonçalo Pinto com 9 acima do Par, também no 14.
«Joguei
16 buracos e meio, bem positivos. Hoje os resultados foram bons e o
campo estava acessível mas mesmo assim é uma boa volta, não só pelo
resultado mas porque sinto que estou a jogar bem. As perspetivas são
boas», disse “Figgy” à reportagem da SportTV, depois de 4 birdies no seu
front nine (o back nine do campo), e mais 2 birdies e 2 bogeys entre os
buracos 1 e 7.
Gonçalo Pinto, o 8º português
Note-se
que Gonçalo Pinto recebeu um convite de última hora do Portugal Masters.
O
algarvio, o único português a classificar-se no 1º lugar dos Campeonatos
Nacionais de Amadores e Profissionais num a mesma época (em 2012), foi
beneficiado pelo facto do European Tour ter guardado um convite até à
última hora para um jogador do top-50 mundial que precisasse.
Como não
foi necessário usar esse convite e o presidente da PGA de Portugal, José
Correia, andava há muito a solicitar a participação do jogador da
Oceânico Golf, Gonçalo Pinto acabou por ser contemplado.
Ricardo Melo Gouveia abaixo do Par
Dos
portugueses que conseguiram jogar 18 buracos, o melhor foi Ricardo Melo
Gouveia, a nova estrela do golfe nacional depois da vitória de Domingo
passado, em Itália, no Challenge Tour.
“Melinho” somou 70 pancadas, 1 abaixo do Par, com 4 birdies e 3 bogeys,
surgindo no grupo dos 56º classificados, portanto, ainda dentro do cut
provisório.
Ricardo
Santos, que andou algum tempo no top-ten do leaderboard, aparece apenas
como 75º empatado, tendo igualado o Par-71 do desenho do lendário Arnold
Palmer. Foi uma autêntica montanha-russa do nº1 português, com 6 birdies
e outros tantos bogeys que não o deixaram satisfeito (ver declarações em
anexo).
Tomás
Silva, o campeão nacional amador, que tem como caddie o consagrado
António Sobrinho (recordista de 11 títulos de campeão nacional PGA), é o
único dos oito portugueses a fazer a sua estreia no Portugal Masters e
fixou-se como 91º empatado, com 72 (+1).
Tiago
Cruz, campeão nacional de profissionais, e João Carlota, o vice-campeão
nacional amador, estão empatados no 103º posto com 73 (+2). Como disse
Tiago Cruz (ver todas as declarações em anexo), para praticamente todos
os portugueses, mesmo para aqueles que estão, para já, fora do cut
provisório, «ainda está tudo em aberto».
Nicolas Colsaerts iguala Scott Jamieson
O 8º
Portugal Masters é liderado pelo “bombardeiro” belga Nicolas Colsaerts,
com a tal volta de 60, 11 abaixo do Par, que iguala o resultado do
escocês Scott Jamieson na terceira volta do torneio do ano passado.
Curiosamente, é o mesmo Jamieson a persegui-lo em 2º, depois do cartão
de hoje de 63 (-8), partilhando esse 2º posto com o francês Alexander
Lévy.
Nicolas
Colsaerts, um grande amigo de Filipe Lima, teve um longo putt para
birdie no buraco 18 que lhe teria dado a volta de 59 pancadas e falhou-o
por milímetros, levando as mãos à cabeça.
É
preciso, contudo, esclarecer que não teria sido possível ser homologado
como recorde do campo porque está a jogar-se nos dois primeiros dias com
“prefered lies”, ou seja, com colocação de bola no fairway (devido aos
lençóis de água, ao campo encharcado, que, mesmo assim, resistiu muito
bem).
Thomas Levet pendura os tacos
Entretanto, o francês Thomas Levet, vencedor de 6 títulos do European
Tour, anunciou hoje, em Vilamoura, ao jornal “L’Équipe” que iria
pendurar os tacos aos 46 anos. Uma crónica e dolorosa lesão nas costas e
o facto de não conseguir manter-se no European Tour de 2015 levou-o a
tomar a decisão. Para o ano, fará um “Tour” de despedida, jogando apenas
nos torneios em que for convidado.
“Ollie”
hole-in-one sem automóvel
Num dia
carregado de peripécias, houve ainda um hole-in-one de “Ollie”, o
popular José Maria Olazábal, conseguido no buraco 13 (Par-3), com um
ferro-6 de 183 metros.