O
grupo de portugueses é constituído por Ricardo Santos, Ricardo Melo
Gouveia, José Filipe Lima, Pedro Figueiredo, Tiago Cruz, João Carlota,
Gonçalo Pinto, João Pedro Sousa e os amadores Carlos Laranja e Tomás
Bessa.
Ricardo Santos, vencedor da prova em 2012, regressa ao Santo da Serra
depois de disputar quatro torneios seguidos no principal circuito
europeu. No último, Tswane Open, jogado na semana passada na África do
Sul, ficou na 35ª posição empatado. «Nos últimos três torneios na África
do Sul joguei bastante bem, senti o jogo mais sólido e confiante. Os
resultados não refletem o que tenho jogado. É preciso ter paciência. Sei
que se mantiver este nível de jogo, os resultados vão acontecer», disse
o profissional algarvio de 33 anos.
Santos sente-se confiante para a prova madeirense. «Espero o melhor
possível. O campo está em ótimas condições, mas as condições
climatéricas são as piores, sobretudo a velocidade do vento. Vai ser um
pouco como na lotaria, vou dar o meu melhor e rezar para que as coisas
aconteçam. Já hoje (dia do PRO-Am) senti que a bola não parava»,
sublinhou.
Ricardo Melo Gouveia, jogador da recente criada Portugal Golf Team -
aposta da Federação Portuguesa de Golfe e da PGA Portugal para apoiar os
jovens jogadores – regressa ao Santo da Serra como profissional, a
última vez que jogou no campo madeirense foi em 2005, quando ainda tinha
13 anos. «O campo está como esperava, tinha o campo na cabeça,
lembrava-me praticamente de todos os buracos». Quanto à participação no
open Madeirense, Melinho recorda que é uma grande oportunidade para
todos os jogadores presentes, «é preciso aproveitar ao máximo. Vai ser
um grande desafio». Sobre as condições climatéricas adversas explica que
é «necessário aceitar e ser paciente, esperar que possam acontecer
pancadas menos boas e tentar que o tempo não afete o jogo. O mais
importante é ser positivo», remata o jogador português melhor
classificado no ranking mundial.
Para José Filipe Lima que esteve ausente das competições durante seis
meses devido a um problema nas costas, que o levou a uma cirurgia, o
regresso ao Santo da Serra é encarado de uma forma entusiástica. «Estou
contente de estar cá, há seis meses estava numa cama. Não tenho medo,
agora só posso pensar para a frente. Já vejo as coisas de uma maneira
diferente, não me vou queixar do tempo ou se estou a jogar bem ou mal,
preparo-me bem e jogo por prazer, as coisas vão acontecer», disse o
português melhor classificado no Open da madeira do ano passado, com um
10º lugar empatado.
Lima conta que está 100% preparado a nível físico. «Estou como há 10
anos atrás, recuperei a força física, agora o que falta é jogar e isso
só participando torneio a torneio», o luso-francês adiantou que vai
retomar a competição no Challenge Tour.
O
profissional jogou os 18 buracos no PRO-AM, mas sem os seus tacos e
equipamento que ficaram retidos no aeroporto de Lisboa. «Joguei com
tacos regulares, não tenho a mesma sensibilidade, não posso falar de
como senti o meu jogo».
João Carlota, de 24 anos, nº 1 amador de 2014, estreia-se na prova como
profissional, é jogador da Portugal Golf Team, o único membro que
beneficia da comparticipação a 100% de todas as despesas de
representação, do apoio técnico e logístico da organização, sendo que
reverterá para o PGT 50% do valor dos prémios monetários que auferir,
para serem reinvestidos no projeto. «É essencial ter uma equipa de
trabalho consolidada para trabalhar comigo ao melhor nível. Veio
abrir-me muitas portas», sublinha.
O
algarvio explica que a novidade da sua condição de profissional no open
madeirense não vai alterar em nada a sua forma de encarar o torneio.
«Não sinto mais pressão, só tenho de fazer o que previ a nível de
estratégia, tomar boas decisões ao longo do jogo e encarar tudo o que
vier da melhor maneira».
Gonçalo Pinto, colega de equipa de Carlota, Melo Gouveia, Pedro
Figueiredo e Tiago Cruz na Portugal Golf Team, sublinha a importância do
Madeira Islands Open para as suas carreiras. «O open da Madeira é ótimo
para um jogador como eu que joga no Challenge Tour por convites, este é
o torneio mais importante do circuito, é como um major para mim».
Pinto desvaloriza a questão das condições climatéricas difíceis
previstas para esta semana e lança uma estratégia. «É preciso ter
paciência, quem for mais inteligente, forte e melhor minimizar os erros
melhor resultados consegue. É uma questão de manter a bola sempre
jogável, jogar de forma mais conservadora, para o meio do green e fazer
o maior número de pares e birdies», remata.
Pedro Figueiredo, à semelhança de Gonçalo Pinto, disputam a segunda
edição do open madeirense como profissionais, sendo que nenhum deles
passou o cut do ano passado. “Figgy”, como é conhecido, encara a prova
como uma grande oportunidade. «É o primeiro e mais importante torneio do
Challenge Tour. É um major para todos nós. Pode ser uma rampa de
lançamento, temos de estar preparados e nos adaptar. Gosto do campo, mas
não é fácil jogar num campo com o relevo tão acidentado». O profissional
de 24 anos sente-se confiante e considera que teve uma boa preparação de
inverno ao participar nos torneios do Algarve Pro Golf Tour, organizados
pela PGA Portugal. «As minhas expectativas para esta semana são boas, o
meu único objetivo é dar o máximo em cada shot e no fim do torneio
fazem-se as contas. Primeiro penso em passar o cut e claro fazer um top
10 seria ideal».
Quanto aos planos para esta época, Figueiredo adianta que vai jogar 20
torneios da segunda divisão do golfe europeu através de convites da
Hambric Sports, da Federação Portuguesa de Golfe e da PGA Portugal.
Recorde-se que o jogador que deu os primeiros passos no Clube de Golfe
da Quinta do Peru jogou 15 torneios do Challenge Tour no ano passado,
dos quais passou o cut em 10.
Tiago Cruz, profissional de 32 anos, vem à Madeira com o objetivo de
«fazer melhor do que na edição passada», recorde-se que Cruz foi o
segundo melhor jogador português em prova na 24ª classificação geral
(empatado). «Conseguir fazer uma boa classificação na Madeira é um bom
começo no Challenge Tour. Se aqui correr bem é meio caminho andado para
conseguir ter categoria no Challenge Tour», vaticina o jogador que
compete pelo circuito nacional de profissionais e já venceu uma prova
este ano, o II Morgado Classic.
Cruz é o primeiro português a sair amanhã, com a volta a arrancar às
8:20.