O jogador, de 27 anos,
conquistou a sua primeira vitória como profissional em terras
madeirenses já depois das 18 voltas regulamentares, num disputado
play-off com o escocês Scott Henry, líder do último dia. Brooks foi
ganhando terreno ao longo da volta e liderava com três pancadas de
diferença sobre Henry. Nos últimos três buracos, Henry não baixou os
braços e arrancou três birdies, nos três últimos buracos forçando o
play-off com Brooks. Empatados com 135 pancadas, 9 abaixo do par do
campo, dirigiram-se para o buraco 18. Já no green Henry falha um putt de
cerca de um metro e meio para bogey, enquanto Brooks não vacila e
conquista o Par do buraco, para assim sagrar-se campeão.
«Eu estou na lua por
ter ganho no European Tour, joguei um bom golfe nos últimos dias, estou
feliz com isso. O Scott esteve muito bem nos três últimos buracos e foi
uma grande prestação. Eu senti-me bem durante o play-off, mais cansado
do que qualquer outra coisa, e um pouco nervoso, obviamente», referiu o
jogador que conquistou o cartão do European Tour por um ano.
A prova foi marcada
pelo infortúnio da morte do caddie Ian MacGregor, oriundo do Zimbabué,
durante a derradeira volta. O caddie de Alastair Forsyth, vencedor da
prova em 2008, sentiu-se mal no buraco 9, caiu no fairway, onde recebeu
assistência médica. Mais tarde foi anunciado o óbito. A prova esteve
interrompida durante a tarde. A organização, European Tour e promotores,
consultaram os jogadores e caddies envolvidos e em conjunto decidiram
que a volta seria retomada e o torneio concluído. Antes do reinício
todos se reuniram para um minuto de silêncio em memória do falecido
caddie.
Na entrega de prémios,
que contou com a presença do presidente do governo regional da Madeira
Alberto João Jardim, da secretária regional do turismo e transportes
Conceição Estudante, do representante do BPI, Dionísio Filipe, do
presidente do Clube de Golf do Santo da Serra, António Henriques e do
diretor da prova José Maria Zamora, houve também uma palavra de pesar
pela morte de Ian MacGregor.
Lima melhor português em prova
José Filipe Lima foi o
melhor português da 22ª edição do Madeira Islands Open - Portugal – BPI.
O luso que joga na primeira divisão do golfe europeu terminou a sua
prestação na 10ª posição empatada com um agregado de 140 pancadas,
resultado de duas voltas de 69 e 71 pancadas, quatro abaixo do par do
campo. Lima arrancou para segunda volta na quarta posição e chegou a
liderar a ronda depois de um birdie e um eagle no segundo e terceiro
buraco.
«Falhei um ou dois
shots rápidos, depois do bogey no buraco 5, voltei a falhar e fui parar
ao bunker. Os pequenos erros pagam-se caro nestas condições», sublinhou
o jogador.
Apesar de este não ser
o melhor resultado de Lima num Open madeirense, no ano passado ficou na
9º posição, o jogador explica que o resultado confirma que está em
forma. Sobre a decisão de dar-se continuidade à prova depois do
infortúnio da morte do caddie, reitera que se tratou de uma boa decisão.
«Conhecia o caddie e ele gostava muito de golfe e ia gostar que
continuássemos. Foi uma boa decisão. Se acabasse o torneio só amanhã
muitos jogadores teriam de adiar o regresso a casa e perder muito
dinheiro», diz Lima.
O segundo melhor
jogador português em prova foi Tiago Cruz que terminou na 24ª
classificação geral (empatado) com um agregado de 143 pancadas (73 –
70), uma abaixo do par do campo. «O campo hoje continuou difícil, tal
como em toda a semana, o vento está forte, mas é normal foi complicado
para todos, consegui fazer uma boa prestação e estou contente», conta.
O algarvio Hugo Santos
ficou na 39ª posição da geral (empatado) com 144 pancadas (73-71), a Par
do campo. O algarvio mostrou-se satisfeito com o seu jogo, sólido do «tee
ao green» e considerou os putts, o aspeto mais positivo da sua prestação
e desvalorizou a interferência das sucessivas paragens de jogo durante a
semana devido ao nevoeiro. «Os jogadores têm de estar preparados e
manter a concentração são coisas que podem acontecer», afirma.
Ricardo Santos,
vencedor da prova em 2012, acabou por não conseguir mais do que uma 52ª
posição empatado, num total de 146 pancadas (72 /74), duas acima do par
72 do campo. «Esta volta não fui tão regular, mais uma vez não finalizei
bem e desmotivei um pouco. Vou trabalhar mais no putt e continuar a
jogar». Santos conhecia o caddie que faleceu na última ronda e
manifestou os seus sentimentos para os amigos e família.
O amador João Carlota,
que começou a ronda em 4º lugar acabaria por ver o seu arranque
auspicioso desvanecer-se ao longo da prova para terminar na 63ª posição
(empatado), com 148 pancadas (69-79) quatro acima do par do campo.
«Para ser sincero não
pensei muito nos resultados, acabei por ter um dia não. Senti-me fora do
ritmo e isso revelou-se no resultado». A sua primeira volta
impressionante de 69 pancadas e o resultado final foram, no entanto,
suficientes para ser chamado à cerimónia de entrega de prémios para
receber o prémio de melhor amador.