RICARDO MELO GOUVEIA AINDA VISA UM
TOP-5 HERBERT SEGURA O COMANDO
Portugal Masters
Data: 20 a 23 de Setembro de 2018
Campo: Dom PedroVictoria GC
Par: 72
Local : Vilamoura, Algarve, Portugal
Resultados
NUM DIA EM QUE PELA PRIMEIRA VEZ HOUVE UM SEGUNDO CUT
NO DOM PEDRO VICTORIA GOLF COURSE, RICARDO SANTOS FOI ELIMINADO E
RICARDO MELO GOUVEIA PERDEU 10 POSIÇÕES, MAS LUCAS HERBERT ESTÁ
FIRME
Ricardo Melo Gouveia perdeu hoje (Sábado) 10 posições
no Portugal Masters e caiu para o grupo dos 19.º classificados,
apesar de ter jogado abaixo do Par do Dom Pedro Victoria Golf
Course, com 70 pancadas (-1) na terceira volta, para um agregado de
10 abaixo do Par.
No entanto, não comprometeu inexoravelmente as suas
aspirações de repetir o 5.º lugar do ano passado no mais importante
torneio de golfe português, de 2 milhões de euros em prémios
monetários. É certo que já não está no top-10 – ele que chegou a
liderar ontem a prova durante cerca de duas horas – e distanciou-se
da liderança, estando agora a 10 pancadas do australiano Lucas
Herbert, que continua na frente (-19) pelo terceiro dia seguido,
depois de uma penúltima volta de 64 pancadas, 7 abaixo do Par.
Mas se virmos bem, há um ano, Ricardo Melo Gouveia
partiu para a última volta ainda pior classificado, no 20.º lugar,
com menos 2 pancadas, com -8, e terminou a prova no tal 5.º lugar
que fá-lo partilhar com Filipe Lima a melhor classificação de sempre
de um portuguêsem
Vilamoura. Tudo depende de amanhã ser capaz de voltar a jogar ao
nível de ontem.
«Tenho de realizar uma grande volta amanhã, mas se
continuar como tenho jogado e se meter os putts como meti ontem,
sinto que tenho boas hipóteses de fazer esse 5.º lugar ou melhor»,
disse o atleta olímpico português, que atraiu hordas de espectadores
atrás de si.
Compreende-se que depois dos 9 birdies de ontem de
Ricardo Melo Gouveia, que a volta de hoje, com apenas 1 birdie e 17
‘pares’ possa saber a pouco ao jogador e aos fãs portugueses, mas o
19.º lugar que ocupa é melhor do que muitas das grandes estrelas da
prova: Sergio Garcia é 27.º (-9), Charl Schwartzel, Danny Willett e
Thorbjorn Olesen estão empatados em 35.º (-8) e estamos a falar de
campeões de Majors e/ou jogadores de Ryder Cup!
Quem ficou definitivamente arredado do único torneio
português do European Tour foi Ricardo Santos. Pela primeira vez na
história de 12 edições do Portugal Masters, houve um segundo cut,
aos 54 buracos, para o top-72, de modo a reduzir o número de
jogadores para o ultimo dia. Ora tinham passado ontem o cut 81 e
Ricardo Santos terminou em 80.º empatado, a Par do campo, depois de
uma terceira volta de 75 (+4). Vai receber prémio monetário, mas já
não joga mais.
«Hoje correu tudo mal. Correu mal do tee, nos greens
também não estive bem, muitos putts a roçarem o buraco e a não
entrarem e é verdade que também não entrei bem e depois foi como uma
bola de neve e não consegui recuperar o jogo», lamentou-se o antigo
bicampeão nacional, que vai agora regressar em duas semanas ao
Challenge Tour, a segunda divisão europeia.
Um segundo cut foi uma estreia no Portugal Masters,
mas foi já a terceira vez que isso aconteceu esta época no European
Tour, repetindo a receita do Open de Itália e do Porsche European
Open na Alemanha. «É algo que se fazia raramente no European Tour
mas o PGA Tour já vem fazendo há algum tempo e acho que agora querem
seguir mais esse exemplo na Europa. A ideia é criar um ambiente mais
mediático no ultimo dia, só com aqueles jogadores que estão mesmo a
jogar muitas pancadas abaixo do Par», explicou David Silva, o
treinador português do jogador finlandês Kim Koivu, que está no 15.º
lugar (-11).
Este ano pensava-se que os resultados do Portugal
Masters iriam ser piores, devido ao rough mais alto e a uma estirpe
de relva diferente nos roughs (Bermuda), mais densa. No entanto, as
estrelas que vieram ao Algarve estão a disparar birdies e eagles em
cascata.
«Nunca pensei que mesmo com as temperaturas elevadas
que temos tido nos últimos dias (que fazem a bola viajar mais rápida
e longe) que os resultados em três voltas estivessem tão baixos (em
relação ao Par). Isto só demonstra que o nível está cada vez mais
elevado», comentou Ricardo Melo Gouveia.
Veja-se como um dia depois do recorde histórico do
inglês Oliver Fisher, o primeiro a fazer 59 pancadas numa volta do
European Tour, outro inglês, Tom Lewis, esteve quase a repetir a
dose e ascendeu ao 2.º lugar depois de entregar um cartão de 61
pancadas (-10), a sua melhor volta de sempre no European Tour.
«Foi ótimo o Ollie ter feito 59 ontem e eu tive
oportunidade de fazer o mesmo hoje. Notei nisso quando faltavam três
buracos para acabar a volta», disse Lewis, que procura tornar-se
amanhã no primeiro jogador a vencer por duas vezes o Portugal
Masters, depois do título conquistado em 2011. Atenção a este Lewis
que está a melhorar de dia para dia, com voltas de 72, 63 e 61 e só
está a 2 pancadas do líder.
O 3.º lugar é ocupado pelo inglês Eddie Pepperell (68
pancadas hoje) e pelo sueco Marcus Kinhult (65), com 15 abaixo do
Par, portanto, a 4 do topo da classificação.
É, no mínimo, curioso verificar como este 12.º
Portugal Masters, que apresenta provavelmente a segunda melhor lista
de inscritos de sempre na história do torneio, está a ser dominado
por jogadores que nem pertencem à elite do European Tour, a primeira
divisão europeia.
Afinal, Lucas Herbert está a jogar com um convite,
pois milita no PGA Tour of Australasia. Se vencer amanhã (Domingo),
ganhará automaticamente o cartão para o European Tour de 2019. Já
Tom Lewis é atualmente um dos rivais de Pedro Figueiredo e Filipe
Lima no Challenge Tour, a segunda divisão, na qual ganhou um torneio
este mês, e só entrou no Portugal Masters com o estatuto e categoria
de ex-campeão da prova.
A quarta e última volta do Portugal Masters começa
amanhã às 7h50, só há saídas do buraco 1; Ricardo Melo Gouveia
arranca às 10h30 e o ultimo grupo sai ás 12h00. A cerimónia de
entrega de prémios poderá realizer-se ainda antes das 17h00.