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13º Portugal Masters
TOMÁS SILVA SOBE AO TOP-20, BRANDON
STONE LIDERA PARA O ÚLTIMO DIA
Portugal Masters
Data: 24 a 27 de Outubro de 2018
Campo: Dom Pedro
Victoria GC
Par: 72
Local : Vilamoura, Algarve, Portugal
Resultados |
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Depois de seis ingleses, dois irlandeses, um espanhol,
um australiano, um francês e um dinamarquês, há fortes
probabilidades de o 13.º Portugal Masters poder ser conquistado
neste Domingo (amanhã), pela primeira vez, por um sul-africano, no
Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura.
Após a penultima volta do único torneio português do
European Tour, de 1,5 milhões de euros em prémios monetários, há
dois sul-africanos nas duas primeiras posições e cinco nos oito
primeiros da classificação geral.
No topo do leaderboard surge Brandon Stone que, aos
26 anos, já detém três títulos do European Tour, com grande destaque
para o Open da Escócia em julho do ano passado, um evento da Série
Rolex, ou seja, um dos mais importantes da primeira divisão europeia.
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«Hoje bati incrivelmente na bola. Acertei 18 greens (em
18), o que é fantástico. Tenho estado a trabalhar imenso com o meu
treinador e percebi que estava a colocar demasiada ênfase em bater a
bola direita, quando uma das minhas qualidades é a velocidade de
taco e a capacidade de dominar os campos com a minha distância»,
disse Stone, depois de assinar uma volta de 66 pancadas, 5 abaixo do
Par, pelo terceiro dia seguido.
O seu resultado total de 198 pancadas, 15 abaixo do
Par, dá-lhe o comando por escassos 2 ‘shots’, uma vez que o seu
compatriota Dean Burmester (70+65+65) e o inglês Oliver Fisher
(65+65+70) vêm logo atrás. E, ao contrário de Stone, ambos
necessitam de um bom resultado para se manterem no European Tour.
Os outros três sul-africanos com boas hipóteses de
chegarem ao título estão todos empatados com 202 (-11), no grupo dos
5.º classificados, com o sul-coreano WangJeunghun (66+65+71). São
eles George Coetzee (69+65+68), Haydan Porteous (68+65+69) e Justin
Walters (65+66+71), um antigo vice-campeão do Portugal Masters.
O terceiro dia apresentou-se com bastante calor mas
com um vento de claramente afetou o jogo. Mesmo assim, houve dois
jogadores a fazerem uma boa volta de 65 (-6): Dean Burmester e o
inglês Steven Brown que surge isolado no 4.º lugar com 12 abaixo do
Par.
Foi, por isso, extremamente positivo para Tomás
Santos Silva ter assinado o terceiro melhor resultado do dia, em 66
pancadas, 5 abaixo do Par, a sua melhor volta de sempre no Portugal
Masters, igualada por outros quatro jogadores: o líder Brandon
Stone, o inglês Matt Wallace que é o melhor classificado na Corrida
para o Dubai de todos os concorrentes (5.º), o inglês Andy Sullivan
que venceu este torneio em 2015, e o sueco Joakim Lagergren.
«Esta volta deve-se sobretudo à tranquilidade no
trabalho, em casa, no ambiente fantástico, no caddie que também
transmitiu-me muita tranquilidade, estava um excelente dia para se
jogar. Havia bandeiras apertadas que eu costumo chamar de bandeiras
para os gulosos e eu deixei que as oportunidades de birdie se
criassem naturalmente em vez de ir à procura de criar oportunidades.
Foi assim que fiz 6 birdies e 1 bogey, e 5 abaixo é um grande dia»,
disse o bicampeão nacional, que se vê pela primeira vez no top-20 de
um torneio do European Tour (17.º), com um agregado de 206 pancadas,
7 abaixo do Par.
Uma classificação extremamente positiva para o
jogador do Club de Golf do Estoril que era 87.º no final da primeira
volta e 51.º quando terminou a segunda. Depois de um início de época
menos bom, Tomás Silva está a carburar bem no ultimo mês: revalidou
o título de campeão nacional, passou a Primeira Fase da Escola de
Qualificação do European Tour no Bom Sucesso, em Óbidos, em 13.º
(-1) e está a assinar a sua melhor exibição de sempre em torneios do
European Tour.
«Não planeei estar a jogar bem nesta fase final da
época. Nos últimos dois meses tivemos alguns torneios e penso que só
estive duas semanas sem jogar. Não houve uma preparação específica
para este torneio. O trabalho que tenho feito com o meu treinador
(Steven Bainbridge) e com o meu ‘mental coach’ (Pedro Matos) foi de
procurar sobretudo ter tranquilidade em campo e deixarem as coisas
acontecerem naturalmente», acrescentou o português de Cascais, de 27
anos, que partiu o driver de há alguns anos há duas semanas e não
deixou que isso o afetasse. Diga-se que o seu caddie, o ‘pro’ João
Magalhães, tem ajudado bastante no bom ambiente evidente em campo.
Se para Tomás Santos Silva ir jogar a Segunda Fase da
Escola de Qualificação do European Tour, depois deste Portugal
Masters, é já em si positivo, para Ricardo Melo Gouveia esse seria o
pior cenário possível. O português melhor classificado na Corrida
para o Dubai (167.º) perdeu hoje praticamente as esperanças de
ganhar amanhã o seu primeiro título do European Tour e de garantir
logo a manutenção na primeira divisão europeia.
Uma terceira volta em 70 pancadas, 1 abaixo do Par,
não sendo negativa, foi insuficiente para levá-lo a atacar o top-10
como desejava e, pelo contrário, atirou-o para for a do top-30, para
o 33.º lugar, com 208 pancadas, 5 abaixo do Par. «Ganhar já vai ser
bastante difícil mas amanhã vou tentar fazer o melhor resultado
possível e ver se consigo acabar nos cinco primeiros, mas terei de
fazer uma volta bastante baixa para conseguir esse objetivo», disse
o atleta olímpico.
Um top-5 no Portugal Masters (como o 5.º lugar que
alcançou em 2017) levá-lo-ia a subir na Corrida para o Dubai para o
top-145 que tem acesso direto à Final da Escola de Qualificação,
isentando-o da Segunda Fase. Mas se o Portugal Masters terminasse
agora, este 33.º lugar que ocupa iria apenas permitir-lhe subir para
164.º no ranking europeu.
Também no grupo dos 33.º classificados em Vilamoura
está Tiago Cruz, que foi o melhor português durante as duas
primeiras voltas e que até começou o dia no 9.º lugar. Foi um
valente tombo na classificação que não se previa, até porque o
antigo bicampeão nacional arrancou em força, com birdies nos buracos
1, 4 e 6, este último com o ‘shot’ do dia do torneio – uma bola
tirada do bunker diretamente para o buraco! Nessa altura, Tiago Cruz
estava com 10 abaixo do Par, a apenas 2 pancadas da liderança do
torneio, mas foi o último birdie que fez. Em contrapartida sofreu
bogeys nos buracos 7, 8 e 17, e 1 duplo-bogey no 16 para a sua pior
volta da prova em 73 pancadas, 2 acima do Par.
«Estou um bocado triste porque foi um grande tombo
mas amanhã vou fazer tudo para fazer uma boa volta. Hoje ia a jogar
bem e depois dos dois bogeys tive várias oportunidades de birdie com
putts de três metros para baixo, umas três ou quatro, não consegui
concretizar. Nos outros dias “patei” muito bem e hoje a bola não
entrou e depois foi como no futebol, quem não marca sofre e cometi
dois erros que me custaram caro», admitiu o profissional do BiG.
Press-release
26 de Outubro 2019 |
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