Com voltas de 72, 63, 61 e 66, para um total de 262
pancadas, 22 abaixo do Par, Tom Lewis ficou a apenas 1 pancada do
recorde de 72 buracos (-23) do campo algarvio desenhado por Arnold
Palmer, estabelecido pelo inglês Andy Sullivan quando venceu o Portugal
Masters de 2015 e depois igualado em 2016 pelo irlandês Padraig
Harrington.
A 3 pancadas de distância ficaram dois jogadores a
partilharem o 2.º lugar: o australiano Lucas Herbert (voltas de
63+67+64+71), que tinha liderado desde o primeiro dia, e o inglês Eddie
Pepperell (64+66+68+67), que no ano passado tinha sido 3.º classificado.
Lewis embolsou os 333.330 euros de prémio monetário
destinado ao campeão e ascendeu do 163.º ao 62.º posto na Corrida para o
Dubai, ao mesmo tempo que irá aproximar-se do top-100 do ranking mundial
que for publicado amanhã (segunda-feira).
Com apenas esta vitória, o inglês deixou de andar na vida
de “aflitos” da segunda divisão europeia, para lutar agora pela
qualificação para a Final Series do European Tour, a primeira divisão.
«É incrível, estou muito feliz. Tem sido uma caminhada
dura, mas fazer isto de novo, aqui, em Portugal, torna-o ainda mais
especial, diante de todo este público. Acho que este título tem mais
siginificado para mim do que o de 2011», disse o «amigo dos tempos de
amador de Pedro Figueiredo», que referiu-se justamente à enorme
afluência de público em Vilamoura.
Com 12.974 entradas registadas, o dia de hoje passou a
ser um novo recorde numa única jornada do Portugal Masters, e as 39.623
entradas ao longo dos cinco dias (incluido Pro-Am) são a segunda maior
afluência de sempre, superadas apenas pelas 40.177 de 2012.
Para estes números foram muito importantes dois fatores:
a presença inédita de Sergio Garcia e a boa prestação de Ricardo Melo
Gouveia. O espanhol, antigo n.º2 mundial, veio rodar para a Ryder Cup e
conseguiu o que queria. Vai para França, defrontar os Estados Unidos na
próxima semana, cheio de confiança depois de assinar voltas de 66, 70,
68 e 65. «Senti-me bem esta semana. Foi positivo antes de ir para
Paris», comentou o campeão do Masters de 2017.
Sergio Garcia totalizou 269 pancadas, 15 acima do Par, e
embolsou 46.320 euros de prémio por integrar o grupo dos 7.º
classificados que contou ainda com o francês Raphael Jacquelin
(66+68+67+68), o inglês Oliver Fisher (71+59+69+70), o finlandês Kim
Koivu (66+68+68+67) e o português Ricardo Melo Gouveia (67+66+70+66). Um
grupo de luxo.
Fisher entrou na história pela melhor volta de sempre do
European Tour e o “Sr. 59” recebeu hoje um troféu de Keith Cousins e
Stefano Saviotti a assinalar ter sido no Dom Pedro Victoria Golf Course
que esse recorde europeu foi alcançado.
Jacquelin tem 4 títulos no European Tour e ostenta um dos
swings mais lindos do Mundo.
Koivu cotou-se este ano como uma estrela do Challenge
Tour, onde ganhou 3 torneios esta época, ascendendo automaticamente ao
European Tour, apenas oito meses depois de ter-se tornado profissional,
e tem ainda a curiosidade de ser treinado por um português (David Silva)
e de ter um caddie português (Daniel Silva, filho de David).
Melo Gouveia tornou-se no primeiro português a somar dois
top-10 consecutivos no Portugal Masters.
Depois de ter partilhado o 5.º lugar há um ano com Filipe
Lima, Ricardo Melo Gouveia alcançou agora a segunda melhor classificação
de sempre de um português no Portugal Masters com este 7.º posto. E se
não falarmos de classificação, mas de resultado, 15 pancadas abaixo do
Par iguala a melhor marca de sempre de um português na prova, que já lhe
pertencia desde 2015, quando esses mesmos -15 não lhe deram mais do que
o 22.º lugar.
«Não tenho palavras para descrever a alegria e o apoio
que tive esta última semana aqui. Foi sem dúvida uma grande ajuda para
este resultado. Foi mais um bom domingo aqui no Portugal Masters. Foi
pena aqui no (buraco) 18 não ter conseguido meter o putt para birdie,
mas no geral foi uma grande semana e estou bastante contente», disse o
português de 27 anos residente em Londres, que saiu daqui muito mais
animado para o futuro próximo.
Tal como há um ano, o atleta olímpico português chegou a
Vilamoura a lutar para manter-se no European Tour, no 132.º lugar da
Corrida para o Dubai. Esta 7.ª posição no Portugal Masters permitiu-lhe
ascender ao 120.º posto, ou seja, mais perto do top-100 que lhe garante
a permanência no escalão principal. E tem ainda três torneios até ao
final da época para atingir esse objetivo.
«No ano passado foi igual. Era uma semana em que
precisava de jogar bem e este ano aconteceu de novo. Há qualquer coisa
especial neste torneio que faz com que o meu jogo fique bastante melhor
de um momento para o outro. Os meus próximos torneios são o Dunhill
Links Championship, o British Masters e Valderrama, e se tudo correr bem
a Turquia, e se tudo correr muito bem África do Sul e se tudo correr
ainda melhor, o Dubai», disse, esperançado.
Na cerimónia de entrega de prémios, durante a qual Tom
Lewis anunciou que o Portugal Masters poderá voltar a jogar-se em
outubro em 2019, estiveram Filipe Silva (Turismo de Portugal), João
Fernandes (Turismo do Algarve)Stefano Saviotti (Dom Pedro Hotels & Golf
Collection), Keith Cousins (Dom Pedro Golf), Luís Correia da Silva (Dom
Pedro Golf), Marilyn Zacarias (C.M. Loulé), Miguel Franco Sousa (FPG),
Ricardo Lopes (PGA Portugal), Custódio Moreno (IPDJ), Carlos Luís
(Associação de Turismo do Algarve), Peter Adams (European Tour) e José
Maria Zamora (European Tour).
Press-release
23 de Setembro de 2018