Com este mesmo
resultado estão outros oito jogadores, incluindo Justin Walters, o
sul-africano que foi vice-campeão do Portugal Masters em 2013.
«O meu objetivo de
terminar no top-10 está comprometido. Vai ser complicado. Agora, o
objetivo é subir na tabela», disse “Melinho”, de 24 anos, que apresentou
um cartão de 4 birdies e 5 bogeys.
Quanto ao amador
Tomás Silva, a revelação deste 9º Portugal Masters, perdeu hoje 6
posições e caiu para o 48º lugar, com 212 (-1), empatado com outros
cinco jogadores, entre os quais o dinamarquês Thorbjorn Olesen, que há
duas semanas venceu o Alfred Dunhill Links Championship, na Escócia.
O triplo campeão
nacional amador cumpriu hoje a penúltima volta em 73 pancadas, 2 acima
do Par.
Tomás Silva ainda
fez 4 birdies como Melo Gouveia, mas sofreu 1 duplo-bogey no 15 (falhou
o green) e mais 4 bogeys.
«Consegui acabar com
2 birdies. Estive muito inconsistente do tee, não me senti muito à
vontade do tee, mas acaba por ser um resultado justo pelo que fiz em
campo», analisou o jogador que ontem (sexta-feira) celebrou o seu 23º
aniversário com a passagem do cut.
O selecionador
nacional, Nuno Campino, voltou a gostar do que viu, sem perder o sentido
crítico: «O Tomás jogou bem. Quando esteve em dificuldades. Quando
falhou os shots de saída conseguiu salvar muito bem os pares. Mas
depois, nas alturas teoricamente mais fáceis, em que se colocou em
posição de fazer birdies ou pares fáceis, não concretizou».
«É preciso ter em
conta que as condições eram muito difíceis, os roughs estavam altos,
havia que acertar nos fairways e ele acertou alguns mas foi aí que
cometeu alguns erros, fazendo mais difícil. Mas é uma boa volta e foi
uma boa prestação nesta altura para o Tomás», admitiu Nuno Campino.
É de salientar que,
na classificação geral, atrás dos dois portugueses, há craques do golfe
mundial como o escocês Marc Warren (57º do Mundo e 17º da Europa) e o
ex-nº1 mundial Martin Kaymer, o alemão que é 21º do Mundo e 15º da
Europa, ambos com 1 pancada acima do Par, no 58º posto.
Apesar dos
portugueses se terem aguentado num dia complicado – de ventos com
rajadas a atingirem os 50 quilómetros por hora, jogado em shot gun para
fugir à chuva que só apareceu quando a volta estava praticamente
terminada –, será já difícil termos amanhã (Domingo) um novo recorde
nacional.
Não será fácil
superar o 16º lugar de Ricardo Santos no Portugal Masters de 2012 e será
ainda mais improvável que algum dos portugueses venha a receber o troféu
das mãos de António Pires de Lima, o ministro da Economia, cuja presença
está confirmada na cerimónia de entrega de prémios que poderá
realizar-se entre as 13 e as 14 horas.
O grande candidato
ao cheque de 333.330 euros do primeiro prémio monetário, do total de 2
milhões de euros em jogo esta semana, é o inglês Andy Sullivan.
O líder desde o
primeiro dia aumentou hoje (Sábado) a sua vantagem sobre o 2º
classificado, agora o espanhol Eduardo De La Riva, de 3 para 5
pancadas.
«Jogar em 4 pancadas
abaixo do Par foi espantoso, tendo em conta o mau tempo que se fez hoje
sentir», declarou Sullivan, de 28 anos, que efetuou 67 pancadas,
totalizando 195 (-18).
Só houve outra volta
de 67 (-4), do espanhol Jorge Campillo, que está empatado em 3º (-11)
com o inglês Chris Wood.
Wood foi o autor do
melhor resultado do dia, em 65 (-6). O inglês é o campeão do Lyoness
Open, na Áustria, 24º classificado na Corrida para o Dubai e 76º no
ranking mundial.
Mas voltando a
Sullivan, o líder conquistou este ano o Open da África do Sul e o Joburg
Open e poderá tornar-se no primeiro jogador a vencer três torneios do
European Tour em 2015, mas, para isso, terá de recuperar a frescura
mental que sentiu abalada depois do esforço de hoje
«Foi muito duro hoje
e agora estou a sentir-me mentalmente de rastos porque tive de
concentrar-me muito e sinto que usei toda a energia que ainda tinha no
tanque. Felizmente, ainda tenho muito tempo para recarregar as baterias
para amanhã», acrescentou o 66º classificado no ranking mundial e 26º na
Corrida para o Dubai.
A última volta irá
começar amanhã às 8h00. Pelo segundo dia consecutivo teremos saídas em
shot gun, devido às previsões meteorológicas negativas.
«Será melhor se
completarmos os 72 buracos regulamentares mas, dadas as circunstâncias,
já foi muito bom conseguirmos concluir 54», disse Andy Sullivan, numa
alusão ao torneio do ano passado, que foi reduzido a 36.
Press-release
17 de Outubro 2015