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14º Portugal Masters
Tomás Bessa e dois Ricardos passaram o cut
e igalaram recorde
Portugal Masters
Data:
10 a 13 de Setembro
de 2020
Campo: Dom Pedro
Victoria GC
Par: 72
Local : Vilamoura, Algarve, Portugal
Resultados |
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Num dia de dois ‘hole-in-one’, três portugueses
passaram o cut no Portugal Masters, fazendo com que se igualasse
hoje (sexta-feira) o recorde nacional de mais golfistas nacionais
nas duas últimas voltas no Dom Pedro Victoria Golf Course, em
Vilamoura, repetindo as épocas de 2012 e 2019.
Tomás Bessa e os dois famosos Ricardos do golfe
nacional – Santos e Melo Gouveia – foram os heróis desta segunda
jornada, sendo que, para Tomás Bessa, trata-se de uma estreia nos
dois últimos dias da competição. Um feito alcançado à sua terceira
participação no mais importante torneio de golfe português, este ano
com um milhão de euros em prémios monetários.
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O dia ficou marcado por, genericamente, os resultados
não terem sido tão bons como na véspera, sendo um bom exemplo disso
mesmo o novo líder, o francês Julien Guérrier, que está bem na
frente com 128 pancadas, 14 abaixo do Par, após voltas de 62 e 66.
Guérrier, de 35 anos, vencedor de dois títulos do Challenge Tour em
2017, sofreu hoje os seus dois primeiros bogeys na prova, e comanda
com uma boa vantagem de 5 pancadas sobre o norte-americano Sihwan
Kim (67+66), que hoje carimbou 1 eagle no buraco 17.
«Estou a sentir-me em grande. Parece fácil mas não é
voltar ao campo depois de ter feito 9 abaixo do Par na véspera.
Estou mesmo contente de ter jogado bem hoje», declarou o francês,
que esteve algum tempo lesionado e só regressou à competição há
exatamente um ano, em setembro de 2019, tendo estado parado os
primeiros oito meses da época passada.
As celebrações desta segunda jornada pertenceram
sobretudo a Mathieu
Fenasse e Jonathan
Caldwell por terem “afundado” os primeiros ‘holes-in-one’ desta 14.ª
edição do Portugal Masters. O torneio já tinha festejado seis
‘holes-in-one’ e manos anteriores, mas nunca tinha acontecido dois
numa mesmoa edição – para mais, no mesmo dia.
A grande diferença é que o francês Mathieu Fenasse,
que fez o ás no buraco 8, com um ferro-8 a 138 metros, foi eliminado
do torneio, com 148 (+6), no grupo dos 113.º classificados em que se
incluíram Pedro Figueiredo e Tomás Santos Silva.
O norte-irlandês Jonathan Caldwell, bem pelo
contrário, fez o seu ‘hole-in-one’ no buraco 6, com um ferro-4, a
192 metros, e continua bem em prova, no grupo dos 19.º classificados,
com 137 (-5).
Caldwell jogou na mesma formação do inglês Jordan
Matthew e do português Tomás Bessa. Pois bem, para além do
‘hole-in-one’ do norte-irlandês, também Jordan Matthew fez 1 eagle
no buraco 11 e Tomás Bessa somou outro eagle no buraco 17, o seu
segundo consecutivo naquele buraco de Par-5. Foi, pois, um grupo de
sonho.
«Esta formação hoje estava ‘on fire’. Nunca tinha
visto um ‘hole-in-one’, muito menos a jogar um torneio do European
Tour, foi qualquer coisa de extraordinário. Celebrámos… como devemos
celebrar (com distância física), é uma sensação tão boa de ver a
bola a entrar. Depois foi estranho, ele fez parecer o buraco fácil e
eu a seguir falhei o green e acabei por fazer 1 bogey. Confesso que
foi um bocadinho difícil concentrar-me no meu shot depois de ter
visto um ‘hole-in-one’. Preferia ter jogado primeiro e que ele
fizesse o ’hole-in-one’ a seguir», reconheceu, sorrindo, Tomás Bessa,
de 24 anos.
Felizmente para o campeão nacional, essa pancada
perdida no buraco 6, e outro bogey sofrido no 7, para além do bogey
no 3, não foram fundamentais para passar o cut. É certo que Tomás
Bessa chegou a andar com um agregado de 1 abaixo do Par, portanto,
mesmo à queima para passar o cut, mas manteve a cabeça fria, fez
birdies nos buracos 4 e 9, e depois sossegou com o tal fantástico
eagle no 17. Ter feito oito pares nos nove últimos buracos mostra a
nova maturidade competitiva que se lhe reconhece. Há um ano e meio
não teria suportado tão bem a pressão. Mas há um ano e meio também
não teria sido campeão nacional sem sofrer qualquer bogey em três
dias!
«Estou muito feliz por ir jogar os dois últimos dias
deste torneio, é a primeira vez no Portugal Masters e é a terceira
vez que jogo este torneio. Estou muito feliz porque tenho
oportunidade de subir na classificação, disse o profissional da
Ping, que ocupa o 26.º lugar (empatado), com 138 pancadas, 4 abaixo
do Par, após voltas de 68 e 70. O jogador de Paredes mas residente
no Algarve foi não só o melhor português pelo segundo dia seguido,
mas, sobretudo, foi o único português a ter jogado os dois dias
abaixo do Par, algo, por exemplo, que foi alcançado pelos 11
primeiros classificados do torneio.
Se para Tomás Bessa será uma estreia jogar no fim de
semana no Portugal Masters, para Ricardo Santos será a quarta vez,
depois de 2010, 2012 e 2018. O português melhor classificado no
ranking mundial precisou de 3 birdies nos últimos três buracos, com
putts espetaculares de, sensivelmente, 6 metros (buraco 16), 4
metros (17) e 6 metros (18), para evitar a eliminação iminente
depois dos bogeys sofridos nos buracos 4, 7 e 12.
«Foi seguramente um dos momentos de maior satisfação
da época, por ter terminado desta forma no dia de hoje, e no
Portugal Masters. É um momento especial, conseguir dar a volta e
tendo em conta que não tenho muito boa memória dos dois últimos
buracos… mas hoje consegui supercar isso e estou bastante satisfeito»,
disse Ricardo Santos, que integra o grupo dos 40.º classificados,
com 140 pancadas, 2 abaixo do Par, e rondas de 69 e 71.
Ricardo Santos aludia aos dramáticos fantasmas do
passado. Em 2013 falhou o cut por 1 pancada, por ter ido à água no
buraco 17. Já no buraco 18 viveu três pesadelos: Em 2011 fez 1 bogey
e falhou o cut por 1 pancada; em 2014 foi à água e o duplo-bogey
deixou-o de fora do torneio; em 2015 o penúltimo putt ficou a
mlímetros de entrar e o bogey valeu-lhe a eliminação por 1 pancada.
A força mental com que hoje dominou todas essas
memórias dolorosas é notável. De novo a enfrentar o terrível 18,
saiu bem comprido e para o meio do fairway, jogou com segurança para
meio do green e “enfiou” um putt de sensivelmente 6 metros. Aos 38
anos, o vice-campeão nacional mostrou que está aí para as curvas e
este é já o quarto cut consecutivo que passa no European Tour em
2020.
Entre os portugueses, o campeão dos cuts passados no
Portugal Masters é Ricardo Melo Gouveia. É impressionante como o
desenho do mítico Arnold Palmer ajusta-se ao jogo do algarvio
residente no Reino Unido. Hoje qualificou-se para as duas últimas
voltas em Vilamoura pela oitava vez, a sétima consecutiva –
verdadeiramente extraordinário para um jogador que tem apenas 29
anos.
Ricardo Melo Gouveia surge no grupo dos 56.º
classificados, os últimos a passarem o cut, fixado em 141 pancadas,
1 abaixo do Par. O profissional da Quinta do Lago somou voltas de 69
e 72, e verdade se diga que não esteve verdadeiramente em perigo.
Apesar de bogeys nos buracos 4, 7 e 9, e de birdies no 2 e no 5, que
mostram um ‘front nine’ atribulado, carimbou depois 1 birdie que
sossegou-o com um agregado de 2 abaixo do Par, e o bogey no 18 não
provocou-lhe qualquer ansieade.
«O meu jogo está bastante sólido, os shots de ferros,
as madeiras, só o drive ainda não está a cem por cento. (…) Apesar
de não ter estado tão bem do tee, tive muitas oportunidades para
birdie e se tivesse metido mais um ou dois putts a história teria
sido outra. Estou com confiança de que neste fim de semana posso
fazer duas grandes voltas e vamos a isso», declarou o atleta
olímpico português que, em 2017, estabeleceu (juntamente com Filipe
Lima) o recorde nacional no Portugal Masters, ao terminar no 5.º
lugar.
Filipe Lima que desta feita falhou o cut por 1 única
pancada, devido a ter metido a bola na água no buraco 18,
custando-lhe um duplo-bogey. O igualmente atleta olímpico nacional,
admitiu que jogou bem, mas este erro foi o resultado de não competir
desde janeiro.
As classificações dos jogadores portugueses após a
segunda volta foram as seguintes:
26.º (empatado) Tomás Bessa, 138 (68+70), -4
40.º (empatado) Ricardo Santos, 140 (69+71), -2
56.º (empatado) Ricardo Melo Gouveia, 141 (69+72), -1
Cut falhado
71.º (empatado) Filipe Lima, 142 (69+73), Par
81.º (empatado) Vítor Londot Lopes, 143 (71+72), +1
113.º (empatado) Pedro Figueiredo, 148 (72+76), +6
121.º (empatado) Pedro Lencart (amador), 149 (72+77),
+7
131.º Miguel Gaspar, 156 (82+74), +14
O 14.º Portugal Masters prossegue amanhã (Sábado) com
a penultima volta, a partir das 7h50, só com saídas do buraco 1 e
agora com grupos de dois jogadores em vez de três.
Ricardo Melo Gouveia sai às 8h20 com o vencedor do
Masters da Andaluzia da semana passada, o norte-americano John
Catlin; Ricardo Santos arranca às 10h15 com o holandês Wil Besseling,
3.º classificado na semana passada em Valderrama; e Tomás Bessa
estreia-se em terceiras voltas do Portugal Masters às 11h10 com o
talentoso italiano Guido Migliozzi, um ex-vencedor do Campeonato
Internacional Amador de Portugal que, como profissional, já
conquistou dois títulos do European Tour no ano passado e na última
semana foi 6.º em Sotogrande.
Press-release
11 de Setembro 2020 |
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