Haverá sete portugueses a competir no Algarve e matematicamente qualquer um deles poderá ascender ao DP World Tour em 2023, pois uma vitória no campo desenhado pelo saudoso Arnold Palmer atribui uma isenção de um ano na elite do golfe europeu.
No entanto, essa hipótese não é grande. Nos torneios do DP World Tour realizados no nosso país, só por uma vez um português levantou o troféu, quando Ricardo Santos conquistou o Madeira Islands Open BPI em 2012, há exatamente dez anos.
De resto, no Open de Portugal, Filipe Lima foi 2.º classificado em 2018 (e nesse ano era do Challenge Tour) e 3.º em 2005 (no European Tour); enquanto no Portugal Masters as melhores prestações nacionais foram os 5.º lugares de Ricardo Melo Gouveia e de Filipe Lima em 2017.
Por isso, para os profissionais Pedro Figueiredo (que também acedeu diretamente à lista de inscritos), Tomás Melo Gouveia, Tomás Bessa, Vítor Lopes e Pedro Lencart, bem como para o amador Hugo Camelo (estes cinco últimos, convidados pela Federação Portuguesa de Golfe), o Portugal Masters é, sobretudo, o corolário das suas épocas. É a grande festa do golfe nacional, é um privilégio fazerem parte dela e só os melhores golfistas nacionais podem participar.
Bem diferentes são as posições dos dois “Ricardos”. Melo Gouveia, de 31 anos, vem de dois top-20 no DP World Tour e está no 120.º posto do Ranking do DP World Tour, enquanto Santos, de 40 anos, passou o cut em sete dos últimos nove torneios neste circuito e ocupa o 160.º lugar no ranking.
O Portugal Masters tem este ano o estatuto especial de ser o último torneio em que podem somar-se pontos para a manutenção na primeira divisão europeia e isso estará reservado aos 117 primeiros classificados depois de concluída esta semana.
A tarefa será mais fácil para Ricardo Melo Gouveia, porque está a apenas três posições dessa meta, do que para Ricardo Santos, que dista 123 postos, mas não é impossível.
Para mais, Melo Gouveia, que reside em Espanha, já por três vezes veio ao Portugal Masters a necessitar de um grande resultado para “salvar o cartão” e conseguiu-o, com um 5.º lugar em 2017, um 7.º posto em 2018 e uma 27.ª posição em 2019.
«Em termos psicológicos estou bem, o meu jogo está a melhorar, joguei bem as duas últimas semanas, estou a sentir-me mais confiante, com muita vontade de jogar mais um Portugal Masters, com a pressão adicional de manter o cartão», disse o melhor português no ranking mundial (271.º).
«É o torneio certo para mim, porque já o joguei várias vezes com muito boas prestações e já estive algumas vezes nesta situação no Portugal Masters. Não é algo que me assuste muito, se bem que não seja o ideal, jogar com essa pressão adicional», acrescentou o atleta olímpico, que em 2021 faltou ao torneio.
Ricardo Santos joga em casa. Passou o cut em três dos últimos quatro anos e a sua melhor classificação na prova foi um 16.º lugar há exatamente dez anos (2012).
«Sempre foi e continua a ser super especial, por ser onde é, na zona onde eu peguei no taco pela primeira vez e onde vivo até hoje», declarou a antiga estrela amadora do Clube de Golfe de Vilamoura.
«O meu estado de espírito está ótimo. Sinto-me bem e tenho jogado bom golfe nos últimos meses. Sei que os resultados não têm refletido isso, mas também sei que a qualquer momento as coisas podem acontecer. Agora, se irá ser no Portugal Masters ou não, isso já não sei. É algo que nos não conseguimos controlar. Mas será mais uma oportunidade para alcançar o meu objetivo principal. Caso não consiga, também não será o fim do mundo», acrescentou.
Esta última declaração de Ricardo Santos refere-se ao facto de aqueles que não ficarem nos 117 primeiros do ranking, depois da atribuição dos pontos do Portugal Masters, não ficarem totalmente afastados do circuito em 2023. É certo que perdem o cartão, mas seguram, apesar de tudo, uma categoria de permitir-lhes-á, apesar de tudo, participar nos torneios com prémios monetários mais baixos.
O Portugal Masters de 2022 será apenas a sexta vez em 16 edições em que Filipe Lima estará ausente. O campeão nacional de 2017 está praticamente retirado, embora tenha efetuado a sua inscrição, mas ficou de fora. Em 2011, 2014, 2016, 2018 e 2019 foi por opção própria que não esteve presente.
Falando de campeões nacionais, dos jogadores presentes neste Portugal Masters, Ricardo Melo Gouveia foi campeão nacional absoluto (já como profissional) em 2020; Pedro Lencart (já como profissional) é o atual bicampeão nacional absoluto (2021/2022); e no Campeonato Nacional de profissionais Tomás Bessa venceu em 2020, Ricardo Santos em 2011 e 2016, e Pedro Figueiredo em 2013.
No novo ranking de profissionais da FPG, estão cá os sete primeiros: Ricardo Melo Gouveia e Ricardo Santos, ambos membros do DP World Tour (primeira divisão europeia); Tomás Bessa, que em 2022 foi 8.º na Ordem de Mérito final do Alps Tour (uma das terceiras divisões europeias); Pedro Figueiredo, membro do Challenge Tour (segunda divisão europeia); Vítor Lopes, que dividiu a época entre os Alps e Challenge Tours; Tomás Melo Gouveia, membro do Challenge Tour; e Pedro Lencart, membro do Pro Golf Tour (outra das terceiras divisões europeias).
Quanto ao único amador presente, Hugo Camelo, é o n.º1 do Ranking Nacional BPI (também elaborado pela FPG, mas para amadores).
O jogador do Club de Golf de Miramar vem de uma boa presença no Open de Portugal at Royal Óbidos, no mês passado, onde passou o cut, logo na sua estreia em eventos do Challenge Tour.
Este Portugal Masters marca a sua estreia ao mais alto nível, no DP World Tour, com apenas 19 anos.
O Pro-Am de amanhã arranca às 8h10 com saídas em simultâneo de dois buracos e dos portugueses foram convocados Tomás Melo Gouveia, Pedro Figueiredo, Ricardo Melo Gouveia, Ricardo Santos e Tomás Bessa.
Para adquirir o seu ingresso CLIQUE AQUI
https://tickets.europeantour.com/eut/#/ea88988f-da0c-4442-9bd4-f2e551b7fd62/shop/select?fac=EUT&locale=en&skin=PGAETPM
Press-release