O comunicado do Circuito
Europeu diz que amanhã (Sábado) irá completar-se a segunda volta,
ficando uma terceira e última ronda reservada para Domingo.
Relâmpagos matinais levaram o
torneio a iniciar-se atrasadíssimo, apenas às 11 horas. Foi então
possível fechar a primeira volta e iniciar-se a segunda, mas voltou a
haver nova interrupção às 14h15, para se retomar o jogo apenas às
17h45.
Claro que, quando foi preciso
parar por falta de luz natural, só seis jogadores tinham conseguido
concluir 36 buracos.
Os restantes regressam amanhã
ao Oceânico Victoria Golf Course logo às 8h00 para concluir a segunda
volta, havendo ainda outra leva de jogadores a sair a partir das 11h00.
Calcula-se que a jornada de
amanhã possa terminar cedo, antes das 15h00 e a organização não quis
arriscar começar então a terceira volta a essa hora porque a previsão
meteorológica indica 67% de hipóteses de chuva torrencial em Vilamoura a
partir das 15h30.
Recorde-se que, em Portugal,
já houve dois torneios reduzidos para apenas 36 buracos (duas voltas): o
Algarve Open de Portugal de 2002 em Vale do Lobo e a Algarve World Cup
in Portugal/World Golf Championships em 2005, neste mesmo Oceânico
Victoria Golf Course.
Pedro Figueiredo em grande
Pelo segundo dia seguido, no
momento da interrupção, Pedro Figueiredo era o melhor português. Ia com
7 pancadas abaixo do Par, no 14º buraco, com putt de 3 ou 4 metros para
birdie, onde ontem sofreu 1 bogey (ver declarações em baixo).
Hoje de manhã fez 2 pares para
concluir a primeira volta em 67 pancadas, 4 abaixo do Par, e depois, já
na segunda, arrancou 8 pares consecutivos. No 9 converteu o primeiro
birdie do dia e foram três birdies de rajada, para mais dois pares no 12
e no 13.
Uma boa exibição, sem perder
qualquer pancada, que o próprio considerou de «muito consistente» em
entrevista à SportTV (ver declarações completas em baixo).
O segundo melhor português
continua a ser Ricardo Melo Gouveia (-1) que nem começou a segunda
volta, tal como Ricardo Santos (Par), Tomás Silva (+1) e Tiago Cruz
(+2).
Dos portugueses que começaram
a segunda volta, havia naturais expectativas em Hugo Santos, que tinha
conseguido uma boa primeira volta de 70 (-1) e poderia pela primeira vez
passar o cut no Portugal Masters.
O objetivo ainda é possível,
mas o ex-campeão nacional sofreu 1 bogey no 15 e 1 duplo-bogey no 18
(saiu do 10) e agora vai com 2 acima do Par. Só se fizer hoje 9 buracos
de sonho poderá seguir em frente.
Quem sabe que está condenado a
ser eliminado é Gonçalo Pinto (ver declarações em anexo), no fundo da
tabela, com 10 acima do Par e 9 buracos para jogar, mas, apesar de tudo,
bem melhor hoje do que ontem.
Pelo contrário, o vice-campeão
nacional amador, João Carlota, está em grande e hoje jogou os primeiros
15 buracos em 2 pancadas abaixo do Par. Vai a Par do campo, mas o cut
provisório está fixado em -2, pelo que precisa de, pelo menos,
concretizar 2 birdies nos 3 buracos que lhe faltam e, mesmo assim rezar
para que seja suficiente. Não será seguramente fácil.
Para Ricardo Melo Gouveia,
Ricardo Santos, Tomás Silva e Tiago Cruz, tudo é ainda possível com 18
buracos pela frente.
Aléxander Lévy inspirado
Como explicaram ontem vários
jogadores, os factos de o rough estar menos penalizador do que em anos
anteriores e de os greens molhados agarrarem melhor a bola, fazem com
que os jogadores possam mais facilmente arriscar o chamado “shot ao
pau”.
Daí que os resultados estejam
extremamente baixos. Ricardo Melo Gouveia e Ricardo Santos chegaram
mesmo a dizer que o torneio iria «resumir-se a um concurso de putts».
Ora é isso mesmo que está a
verificar-se. Ontem, o belga Nicolas Colsaerts quase carimbava a melhor
volta de sempre do European Tour, ficando a 1 pancada de um histórico
cartão de 59 pancadas (que não seria recorde por estar a jogar-se com
colocação de bola no fairway).
Hoje foi a vez do francês
Aléxander Lévy fazer uma segunda volta em 61 pancadas, 10 abaixo do Par,
fruto de 10 birdies.
Em dois dias, o campeão do
Open da China deste ano ainda não perdeu nenhuma pancada e o resultado
de 124 (-18) é o melhor de sempre do Portugal Masters aos 36 buracos,
superando os 15 abaixo do Par do italiano Francesco Molinari na edição
de 2009.
«O meu jogo de ferros está
muito bom e nas últimas três semanas tenho treinado isso com o meu
treinador e fazer 61 é sempre um bom resultado», disse o jogador de 24
anos, 28º classificado na Corrida para o Dubai do European Tour.
Nicolas Colsaerts, o líder da
primeira volta, está a 3 pancadas de distância com dois buracos pela
frente, o 8 e o 9 (saiu do 10), onde ontem fez par e birdie. O belga
sofreu o seu único bogey no buraco 1.
Press-release
10 de Outubro 2014