8º Portugal Masters

PEDRO FIGUEIREDO SOBE AO TOP-15

 

Pedro Figueiredo continua a ser o melhor português numa 8ª edição do Portugal Masters minada pela chuva e, sobretudo, pelas trovoadas quase tropicais que se têm abatido há dois dias consecutivos em Vilamoura. 

Pela primeira vez na história do mais importante torneio de golfe português não será possível realizarem-se quatro voltas e o European Tour tomou hoje (sexta-feira) a sempre difícil decisão de reduzir o programa de 72 para 54 buracos. 

 

O comunicado do Circuito Europeu diz que amanhã (Sábado) irá completar-se a segunda volta, ficando uma terceira e última ronda reservada para Domingo. 

Relâmpagos matinais levaram o torneio a iniciar-se atrasadíssimo, apenas às 11 horas. Foi então possível fechar a primeira volta e iniciar-se a segunda, mas voltou a haver nova interrupção às 14h15, para se retomar o jogo apenas às 17h45. 

Claro que, quando foi preciso parar por falta de luz natural, só seis jogadores tinham conseguido concluir 36 buracos. 

Os restantes regressam amanhã ao Oceânico Victoria Golf Course logo às 8h00 para concluir a segunda volta, havendo ainda outra leva de jogadores a sair a partir das 11h00. 

Calcula-se que a jornada de amanhã possa terminar cedo, antes das 15h00 e a organização não quis arriscar começar então a terceira volta a essa hora porque a previsão meteorológica indica 67% de hipóteses de chuva torrencial em Vilamoura a partir das 15h30. 

Recorde-se que, em Portugal, já houve dois torneios reduzidos para apenas 36 buracos (duas voltas): o Algarve Open de Portugal de 2002 em Vale do Lobo e a Algarve World Cup in Portugal/World Golf Championships em 2005, neste mesmo Oceânico Victoria Golf Course. 

Pedro Figueiredo em grande 

Pelo segundo dia seguido, no momento da interrupção, Pedro Figueiredo era o melhor português. Ia com 7 pancadas abaixo do Par, no 14º buraco, com putt de 3 ou 4 metros para birdie, onde ontem sofreu 1 bogey (ver declarações em baixo). 

Hoje de manhã fez 2 pares para concluir a primeira volta em 67 pancadas, 4 abaixo do Par, e depois, já na segunda, arrancou 8 pares consecutivos. No 9 converteu o primeiro birdie do dia e foram três birdies de rajada, para mais dois pares no 12 e no 13. 

Uma boa exibição, sem perder qualquer pancada, que o próprio considerou de «muito consistente» em entrevista à SportTV (ver declarações completas em baixo). 

O segundo melhor português continua a ser Ricardo Melo Gouveia (-1) que nem começou a segunda volta, tal como Ricardo Santos (Par), Tomás Silva (+1) e Tiago Cruz (+2). 

Dos portugueses que começaram a segunda volta, havia naturais expectativas em Hugo Santos, que tinha conseguido uma boa primeira volta de 70 (-1) e poderia pela primeira vez passar o cut no Portugal Masters. 

O objetivo ainda é possível, mas o ex-campeão nacional sofreu 1 bogey no 15 e 1 duplo-bogey no 18 (saiu do 10) e agora vai com 2 acima do Par. Só se fizer hoje 9 buracos de sonho poderá seguir em frente. 

Quem sabe que está condenado a ser eliminado é Gonçalo Pinto (ver declarações em anexo), no fundo da tabela, com 10 acima do Par e 9 buracos para jogar, mas, apesar de tudo, bem melhor hoje do que ontem. 

Pelo contrário, o vice-campeão nacional amador, João Carlota, está em grande e hoje jogou os primeiros 15 buracos em 2 pancadas abaixo do Par. Vai a Par do campo, mas o cut provisório está fixado em -2, pelo que precisa de, pelo menos, concretizar 2 birdies nos 3 buracos que lhe faltam e, mesmo assim rezar para que seja suficiente. Não será seguramente fácil. 

Para Ricardo Melo Gouveia, Ricardo Santos, Tomás Silva e Tiago Cruz, tudo é ainda possível com 18 buracos pela frente. 

Aléxander Lévy inspirado 

Como explicaram ontem vários jogadores, os factos de o rough estar menos penalizador do que em anos anteriores e de os greens molhados agarrarem melhor a bola, fazem com que os jogadores possam mais facilmente arriscar o chamado “shot ao pau”. 

Daí que os resultados estejam extremamente baixos. Ricardo Melo Gouveia e Ricardo Santos chegaram mesmo a dizer que o torneio iria «resumir-se a um concurso de putts». 

Ora é isso mesmo que está a verificar-se. Ontem, o belga Nicolas Colsaerts quase carimbava a melhor volta de sempre do European Tour, ficando a 1 pancada de um histórico cartão de 59 pancadas (que não seria recorde por estar a jogar-se com colocação de bola no fairway). 

Hoje foi a vez do francês Aléxander Lévy fazer uma segunda volta em 61 pancadas, 10 abaixo do Par, fruto de 10 birdies. 

Em dois dias, o campeão do Open da China deste ano ainda não perdeu nenhuma pancada e o resultado de 124 (-18) é o melhor de sempre do Portugal Masters aos 36 buracos, superando os 15 abaixo do Par do italiano Francesco Molinari na edição de 2009. 

«O meu jogo de ferros está muito bom e nas últimas três semanas tenho treinado isso com o meu treinador e fazer 61 é sempre um bom resultado», disse o jogador de 24 anos, 28º classificado na Corrida para o Dubai do European Tour. 

Nicolas Colsaerts, o líder da primeira volta, está a 3 pancadas de distância com dois buracos pela frente, o 8 e o 9 (saiu do 10), onde ontem fez par e birdie. O belga sofreu o seu único bogey no buraco 1.

Press-release
10 de Outubro 2014

 


 

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Revised: 13-10-2014 .