A
primeira ronda do Madeira Islands Open – Portugal - BPI iniciou-se às
9h40, com duas horas de atraso em relação ao horário das saídas
originais. O motivo foi o forte vento que se fazia sentir no campo, logo
nas primeiras horas da manhã. A competição que coloca 144 jogadores em
prova decorreu com normalidade durante todo o dia. Por volta das 18h01 o
torneio foi interrompido após a chuva intensa que alagou os greens.
Faltam, ainda, concluir a ronda os grupos com saídas apontadas para o
período da tarde, num total de 24. A volta será reiniciada amanhã às
8h00 e depois segue-se a segunda ronda e a definição do cut.
O líder
provisório da primeira ronda do Open madeirense é o dinamarquês Joachim
B Hansen com 68 pancadas, 4 abaixo do par do campo. Com
apenas uma pancada de diferença do líder, 69 (-3), estão o inglês Andrew
Marshall e o francês Adrien Saddier. O
dinamarquês de 24 anos mostrou-se satisfeito com a sua prestação: «Não
cometi nenhum grande erro. Bati com um taco errado, no sexto buraco, a
partir do tee, o que me deixou em apuros, mas acabei por bater um bom
putt para par. Esse foi o único problema que tive hoje».
"O campo
é bom, está realmente em boas condições. Foi bom o que fizeram com os
greens, que estão muito mais lentos para que a bola não role com o
vento», referiu o jogador que disputou o Portugal Masters no ano passado
e ficou em 33º lugar.
Entre os dez portugueses em
competição, cinco conseguiram terminar os 18 buracos: Tiago Cruz,
Ricardo Santos, João Carlota, Tomás Guimarães Bessa e Carlos Laranja.
Tiago
Cruz foi o melhor português até ao momento com 71 pancadas (-1), na
provisória 22ª posição empatado. O profissional da Portugal Golf Team
chegou a estar bem posicionado na classificação geral, mas conta que a
desconcentração levou-o aos bogeys no 10, 12 e 16. «Vou tentar não me
chatear com um mau shot e jogar shot a shot. É muito fácil uma pessoa se
desconcentrar com estas condições (vento e frio)». O profissional que
deu os primeiros passos no Clube de Golfe do Estoril remata que no fim
das contas a volta foi positiva. «Terminei com um birdie no 18, acaba
por me dar mais confiança para amanhã».
O
profissional algarvio, Ricardo Santos, terminou a ronda a par do campo
(72), o segundo melhor jogador luso até ao momento. O campeão de 2012
teve uma volta regular, apenas com um birdie no 17 e um bogey no buraco
8. O algarvio explica que chegou ao clubhouse com a sensação de uma
volta positiva. «Joguei sólido do tee ao green, faltam entrar os putts,
mas não posso dizer que tenha ‘patado’ mal. Hoje foi uma volta
complicada com muito vento e frio. Espero amanhã manter este ritmo de
jogo, porque mais dia, menos dia, mais semana menos semana as bolas vão
entrar».
João
Carlota que se estreia no Open madeirense como profissional concluiu os
18 buracos da ronda com um total de 75 pancadas (+3); o amador Tomás
Bessa ficou com 74 pancadas (+2) e o jovem Carlos Laranja, com 79 (+7).
Amanhã,
logo pelas 8h00 os portugueses José Filipe Lima, Gonçalo Pinto, Ricardo
Melo Gouveia, Pedro Figueiredo e João Pedro Sousa terminam as suas
rondas.
Menino do
Clube
Carlos
Laranja tem 15 anos e é o jogador mais jovem a disputar o Madeira
Islands Open- Portugal- BPI. O amador do clube de golf do Santo da Serra
estreia-se nas lides profissionais sob o olhar atento dos pais, Lúcia
Laranja, que trabalha no restaurante do clube, do pai José Manuel
Laranja e da irmã mais velha, Rubina Laranja também ela jogadora de
golfe, tal como o pai. O clube de golf do Santo da Serra recompensou o
esforço e a dedicação deste jogador incansável, (treina cinco a quatro
vezes por semana no Inverno e todos os dias no Verão) com um convite
especial.
No
primeiro dia de prova, à chegada ao clubhouse os sócios paravam-no para
o felicitar e a imprensa nacional abordava-o com um pedido de
declaração. Laranja atendeu a todos os pedidos. O jovem que tem handicap
0.4 jogou ao lado dos profissionais Adam Gee e Mads Sogaard e terminou
com 79 pancadas (+7),mas mostrou-se um bocadinho desiludido com
resultado. «A experiência é sempre positiva, mas o dia não me correu
bem. Não comecei bem, logo com um bogey».
Laranja
que joga golfe desde os seis anos, tem um palmarés invejável. Entre os
seus feitos conta-se o primeiro lugar do Campeonato da Madeira
Individual Absoluto e participações na seleção nacional no Evian
Championship Juniors Cup, em França, – 23º Classificado (melhor
português) e no Match Juvenil Portugal vs Espanha. Apesar de ambicionar
chegar a profissional de golfe, mostrou-se cauteloso. «Primeiro quero
ser reconhecido como um grande jogador amador a nível nacional», remata.
O jovem que frequenta o 9º ano de escolaridade contou que se sente um
privilegiado com o convite e que se preparou para o desafio. «Treinei
todos os dias, preparei-me nos putts, porque nas semanas antes não
estavam a sair». O aluno de João Pedro Sousa, profissional do clube, que
joga no Open, contou, ainda, que antes de iniciar a prova sentia-se
nervoso, com o coração acelerado, mas assim que se dirigiu ao tee de
saída o nervosismo passou e sentiu-se bem.
PRO-AM:
Esforço da equipa compensa
A
cerimónia de entrega de prémios do PRO-AM da 23ª edição do Madeira
Islands Open decorreu ao início da tarde com a presença dos amadores que
conquistaram o primeiro e segundo lugar da prova. O primeiro lugar
pertenceu à equipa do inglês, Tom Murray, com os jogadores Brian
Eustace, Diogo Caires e António Vasconcelos.
Diogo
Caires tem 14 anos e é handicap 12. O jovem das escolas do Clube de Golf
do Santo da Serra participou pela primeira vez num PRO-AM: «Estava mesmo
muito frio, não era fácil, mas toda a equipa fez um esforço para
jogarmos até ao fim». O esforço compensou, na sua estreia num Pro-Am
vence com 60 pancadas, 12 abaixo do par do campo e acabou por ter uma
experiência inesquecível. «Não podia esperar melhor profissional, gostei
muito de jogar com o Murray e espero que ele jogue bem durante o Open»,
disse Diogo Caires que joga golfe há 6 anos. Caires contou que se sentiu
nervoso no primeiro shot, mas a equipa ajudou-o a descontrair. Feitas as
contas, todos contribuíram para o resultado.
Em
segundo lugar ficou a equipa de José Filipe Lima que liderava os
amadores Thimothy Broad, Rui Pedro Cunha e Ana Bento, totalizaram 61
pancadas (-11), em terceiro ficou Ricardo Santos com o mesmo score 61
pancadas (-11)
A entrega
de prémios contou com a presença de Ricardo Abreu, diretor do Santo da
Serra, Miguel Gouveia representante do BPI, Clara Noronha do Governo
Regional da Madeira.
20 de Março 2015
Fonte: Gabinete Imprensa Madeira Islands Open
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