|
14º Portugal Masters
Só Ricardo Melo Gouveia subiu e há um novo líder em Vilamoura
Portugal Masters
Data:
10 a 13 de Setembro
de 2020
Campo: Dom Pedro
Victoria GC
Par: 72
Local : Vilamoura, Algarve, Portugal
Resultados |
|
Os ventos de mudança que sopraram hoje (Sábado) no
Portugal Masters alteraram por completo as condições de jogo no Dom
Pedro Victoria Golf Course e revolucionaram a classificação do mais
importante torneio de golfe português, trazendo um novo líder, o
sul-africano George Cotzee e empurrando os portugueses para o fundo
da tabela.
Tomás Bessa, que era 26.º classificado ontem, tombou
para 65.º, empatado com o espanhol Pablo Larrazábal, consequência de
uma ronda em 75 pancadas, 4 acima do Par. O campeão nacional era dos
jogadores que tinham batido o Par nas duas primeiras voltas (o único
português), mas essa elite ficou hoje reduzida a dez dos 70
jogadores que passaram o cut.
|
|
Um deles é George Coetzee, que assumiu o comando com
202 pancadas, 11 abaixo do Par, após entregar cartões de 60, 70 e
65, dispondo agora de 1 ‘shot’ de vantagem sobre o anterior líder, o
francês Julien Guérrier (62, 66 e 75). Ou seja, Guérrier fez hoje um
resultado igual ao de Tomás Bessa.
«Desde que vi aqui a primeira vez que gostei de jogar
neste campo. Acho que a estratégia é bem simples. Não é preciso
pensar demasiado e basta jogar o campo como ele foi desenhado para
tal. Já tive uma boa dose de sorte neste campo ao longo dos anos»,
disse o sul-africano de 34 anos, que está em boa forma. Com efeito,
ganhou no Domingo passado um torneio do Sunshine Tour no seu país e
hoje terminou com eagle-birdie, quase fazendo um albatroz no buraco
17.
Mas voltando aos portugueses, Ricardo Santos
(69+71+72), que ocupava a 40.ª posição, caiu para a 56.ª, empatado
com outros seis jogadores com 212 pancadas, 1 abaixo do Par, entre
os quais o campeão do Portugal Masters no ano passado, o inglês
Steven Brown (68+70+74), sendo que o n.º1 português no ranking
mundial até jogou melhor hoje do que o detentor do título.
Dos três portugueses que passaram o cut (igualando o
recorde nacional de portugueses nas duas últimas jornadas), só
Ricardo Melo Gouveia melhorou a sua classificação, ascendendo de
56.º para 40.º, empatado com mais oito jogadores, com 210 pancadas,
3 abaixo do Par, depois de um terceiro cartão de 69 (-2).
O atleta olímpico passou a ser, assim, o melhor
português em prova, mas também é preciso salientar que, como saiu
hoje mais cedo, só começou a apanhar o vento mais forte nos dois
últimos buracos, enquanto Santos e Bessa estiveram mais de metade da
volta sob ventania.
De acordo com os serviços de meteorologia do European
Tour, a média de velocidade do vento andou nesta terceira volta nos
20 quilómetros por hora. O tempo está a mudar e amanhã (Domingo),
para o último dia de prova, a previsão aponta para rajadas de 40
Km/h.
Para tentar tornear a situação, a organização
solicitou ao greenkeeper Rui Grave que tornasse os greens um pouco
mais lentos, como o próprio informou numa entrevista concedida à
SportTV, a televisão oficial deste torneio de um milhão de euros em
prémios monetários. E, de facto, Romeu Gonçalves, o diretor do campo
de golfe desenhado pelo saudoso Arnold Palmer, confirmou que a
velocidade desceu de 12,8 de ontem para 12 hoje, sendo previsível
que amanhã possa cair ainda mais para 11,5 ou mesmo 11.
As condições de jogo bem diferentes apresentaram aos
jogadores um problema completamente diferente. Veja-se o caso do
líder no final da sexta-feira, que tinha feito voltas de 9 abaixo do
Par e de 5 abaixo do Par, teve, desta feita, de contentar-se com uma
terceira jornada de 4 acima do Par. E se no primeiro dia não tinha
sofrido um único bogey, hoje não converteu qualquer birdie!
Para que se perceba bem de como o Dom Pedro Victoria
Golf Course tornou-se hoje num “bicho” distinto, repare-se nestes
números: a volta de -2 de Ricardo Melo Gouveia seria apenas razoável
nos dois primeiros dias, mas hoje só houve 18 jogadores a fazerem
melhor do que ele entre os 70 que estiveram em campo. Hoje
concretizaram-se apenas seis eagles, mas na primeira volta tinham
sido 12 mais 1 albatroz, e na segunda ronda 13 eagles e 2
holes-in-one! Nas duas primeiras voltas houve 10 buracos a terem uma
média de pancadas abaixo do Par, no somatório de todos os jogadores;
e houve também oito buracos com uma média superior ao Par. Pois bem,
hoje só oito buracos alcançaram uma média inferior ao Par e houve
ainda outros dois buracos em que a média igualou o Par. Isto quer
dizer que em quatro buracos os resultados foram mais difíceis do que
nos dias anteriores – quatro em 18, ou seja, mais de 22 por cento
dos buracos do campo ficaram mais complicados.
As principais declarações dos jogadores portugueses
foram as seguintes:
Ricardo Melo Gouveia: «Nos
primeiros nove buracos não entrei bem e estive algo errático do tee,
mas nos segundos nove já impus o meu jogo e tive bastantes
oportunidades. Foi pena ter, mais uma vez, falhado um ou outro putt.
O facto de não ter jogado tão bem nos primeiros nove e depois ter
recuperado com alguns birdies dá-me confiança para amanhã. Acho que
uma volta de -4 ou de -5 está muito perto».
Ricardo Santos: «Hoje
não estive tão bem do tee, sobretudo nos segundos nove buracos e só
consegui acertar dois fairways. O vento começou a soprar na zona do
campo em que temos mais opções de birdie, mas, para isso, seria
preciso meter a bola no fairway e não foi o caso. (…) Isso deixou-me
um pouco frustrado, porque, já ontem tinha acontecido o mesmo,
sempre que falho fico com a bola enterrada no rough e é impossível
controlá-la, não podendo atacar o green».
Tomás Bessa: «Hoje
foi um dia difícil, estive mal em termos de distâncias com os
wedges. O primeiro shot esteve razoável, mas as bandeiras estavam
hoje um bocadinho mais difíceis e paguei caro por ter dado maus
shots ao green. (…) Mas foi uma volta que gostei muito de jogar.
Nunca tinha estado numa formação de apenas dois jogadores e o ritmo
de jogo é diferente. Foi muito bom estar a jogar no fim de semana e
ter oportunidade de amanhã subir na classificação».
As classificações dos jogadores portugueses após a
terceira volta foram as seguintes:
40.º (empatado) Ricardo Melo Gouveia, 210 (69+72+69),
-3
56.º (empatado) Ricardo Santos, 212 (69+71+72), -1
65.º (empatado) Tomás Bessa, 213 (68+70+75), Par
Cut falhado
71.º (empatado) Filipe Lima, 142 (69+73), Par
81.º (empatado) Vítor Londot Lopes, 143 (71+72), +1
113.º (empatado) Pedro Figueiredo, 148 (72+76), +6
121.º (empatado) Pedro Lencart (amador), 149 (72+77),
+7
131.º Miguel Gaspar, 156 (82+74), +14
O 14.º Portugal Masters conclui-se amanhã (Domingo) a
partir das 7h45, só com saídas do buraco 1, com grupos de dois
jogadores em vez de três, saindo a última formação às 13h40. Tomás
Bessa sai às 8h05 com o espanhol Pablo Larrazábal, campeão de cinco
torneios do European Tour, um deles já esta época, logo em dezembro,
na África do Sul; Ricardo Santos arranca às 8h25 com o italiano
Guido Migliozzi, um ex-vencedor do Campeonato Internacional Amador
de Portugal que, como profissional, já conquistou dois títulos do
European Tour no ano passado, na última semana foi 6.º em Valderrama
e hoje jogou ao lado de Tomás Bessa; Ricardo Melo Gouveia começa a
sua última volta às 10h20 com o inglês Matthew Jordan, recente 3.º
classificado no Open do País de Gales.
Press-release
12 de Setembro 2020 |
|
|