O Madeira Islands Open –
Portugal – BPI vive uma edição histórica. A 23ª edição fica
marcada pelo recorde do torneio em número de portugueses a
passar o cut,
ou seja, a passar à volta final. Dos dez portugueses em
prova, sete seguem à final, estão entre os 65 primeiros e
empatados que disputam o título madeirense amanhã, a partir
das 8:00 em sistema de shot
gun. No
ano passado apenas cinco conseguiram o feito. Gonçalo Pinto,
Tiago Cruz, Ricardo Santos, Pedro Figueiredo, Filipe Lima,
Ricardo Melo Gouveia e o amador Tomás Bessa passaram à fase
seguinte. De fora da competição ficam: João Pedro Sousa,
Carlos Laranja e João Carlota.
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O torneio
profissional de golfe, com 600 mil euros em prémios monetários, ficou
reduzido para 36 buracos, devido às condições climatéricas adversas que
se fizeram sentir nos últimos dias. Sábado foi dia dos 24 grupos, que
tinham ainda a ronda para terminar, completarem os 18 buracos. Dos dez
portugueses em prova, cinco ainda tiveram de retomar a volta: Gonçalo
Pinto, Pedro Figueiredo, Filipe Lima, Ricardo Melo Gouveia e João Pedro
Sousa.
Gonçalo
Pinto protagonizou uma reviravolta surpreendente na sua prestação.
Chegou hoje ao Clube de Golf do Santo da Serra com 12 buracos em falta
para completar os 18 da ronda 1. Foi para o campo com o score de
73 pancadas (+1), para terminar com 70 pancadas, 2 abaixo do par do
campo e entre os 10 primeiros e empatados da classificação geral. Pinto,
de 22 anos, é o português melhor classificado.
O
profissional algarvio teve uma volta quase perfeita com apenas dois bogeys.
Hoje, tinha os back
nine para concluir, onde
perfez quatro birdies e
apenas um bogey no
17. «No 17 falhei um putt curtinho. No 18 ia uma pancada abaixo, era um
bom score, sabia que não podia falhar o tee shot para a esquerda, então
concentrei-me em ir só um bocadinho para a direita, joguei conservador
do tee, depois dei um bom ferro 9 para o green e depois decidi vingar-me
no putt, acabei por meter um bom putt no fim», Pinto refere-se ao putt
de 6 metros que arrancou no green do 18 e que lhe valeu uma ovação da
assistência.
Pinto que
disputa apenas pela segunda vez o open madeirense com o estatuto de
profissional explicou que é difícil manter os níveis de concentração com
as interrupções de jogo, mas adianta a “receita” para os bons
resultados: «Isto é igual para todos, todos tiveram as mesmas
dificuldades, até para os que acabaram ontem, não esteve fácil para
ninguém, era uma questão de manter os níveis de concentração e dar o
nosso máximo em cada shot»,
sublinha.
Pedro
Figueiredo foi um dos cinco profissionais que teve de voltar ao Santo da
Serra para terminar a sua ronda. Tinha, ainda, 7 buracos em falta e
concluiu a sua prestação com o mesmo score de 73 pancadas (+1). O
profissional da Portugal Golf Team mostrou-se satisfeito por conseguir o
seu objetivo nº 1, passar o cut: «Sabia que nos últimos quatro buracos
tinha de fazer um birdie para
conseguir. Fiz um birdie no 7, que era o meu 16, consegui fazer que
precisava e estou satisfeito», disse.
Ricardo
Melo Gouveia completou durante a tarde os 8 buracos em falta, retomou a
ronda com 76 pancadas (+4) para terminar ainda dentro do cut fixado nas
74 pancadas (+2). «Hoje sinto que joguei bem. Ontem tive uma série de
buracos maus. Fiz erros em três buracos seguidos que me causaram três bogeys e
depois era muito difícil recuperar. Mas estou muito contente com a minha
reação, depois de saber que precisava de jogar bem os buracos que me
restavam e foi bom. Acho que mentalmente estive bem e consegui recuperar
o que foi bom».
José Filipe
Lima fez o suficiente para passar o cut, também na margem das 74
pancadas (+2). Lima que retomou a prova com um bom impulso, sem erros e
a par do campo, acabaria por deslizar no buraco 16, fez duplo bogey e no
buraco 17, para depois recuperar o par no 18.
O
profissional do Clube de Golf do Santo da Serra, João Pedro Sousa, não
conseguiu o score mínimo para passar à fase seguinte. Terminou com 79
pancadas (+7).
Feitas as
contas entre os portugueses:
T10-
Gonçalo Pinto – 70 (-2)
T18- Tiago Cruz – 71 (-1)
T30- Ricardo Santos – 72 (par)
T45 – Pedro Figueiredo – 73 (+1)
T64 – Tomás Bessa (AM) – 74 (+2)
T64 –Ricardo Melo Gouveia – 74 (+2)
T64 – José Filipe Lima – 74 (+2)
Fora do Cut
T83 – João
Carlota – 75 (+3)
T134 – Carlos Laranja (AM) – 79 (+7)
T134 – João Pedro Sousa - 79 (+7)
A luta pelo título madeirense
prevê-se renhida e repleta de emoções. O dinamarquês Joachim B Hansen
segurou a liderança com 68 pancadas, 4 abaixo do par do campo mas no seu
encalce, com
apenas uma pancada de diferença, 69 (-3), estão agora oito jogadores. Ao
inglês Andrew Marshall e aos francês Adrien Saddier e Jean-Baptiste
Gonnet juntaram-se, hoje, o italiano Tadini Alesssandro, os finlandeses
Antii Ahokas, Roope Kakoo, Jaakoo Makitalo e o escocês Peter Whiteford.
21 de Março 2015
Fonte: Gabinete Imprensa Madeira Islands Open
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