«O Madeira Islands Open
Portugal BPI vem numa altura ideal para mim, porque estou na minha
melhor forma», sublinhou o algarvio de 23 anos, que este ano conquistou
quatro títulos, um no Challenge Tour (AEGEAN Airlines Challenge Tour by
Hartl Resort), no início deste mês; dois no PGA Portugal Tour (Clube EDP
PGA Open e Taça PGA Portugal Betterball), em março e abril; e ainda o
Morgado Classic, em fevereiro, do Algarve Pro Golf Tour.
A confiança que advém destes
triunfos e, sobretudo de sete resultados de top-ten no Challenge Tour em
dez torneios disputados desde abril, fazem com que sinta que tem uma
importante cartada a jogar esta semana.
«Sem dúvida que o meu objetivo
será vencer esta prova e ingressar logo no European Tour», disse.
O jogador do Portugal Golf
Team que recentemente assinou pelo Guardian Bom Sucesso Golf, sabe que
já tem o seu lugar assegurado no European Tour de 2016, devido ao enorme
avanço que leva na Corrida para Omã, o ranking oficial do Challenge
Tour.
Mas uma vitória no Clube de
Golfe do Santo da Serra – repetindo o sucesso de Ricardo Santos em 2012
– dar-lhe-ia logo o acesso à primeira divisão do golfe europeu e poderia
competir a esse nível já a partir deste momento.
Em março, Ricardo Melo Gouveia
já tinha vindo à Madeira com esse propósito mas, como o próprio recorda,
«tinha passado o cut, rés-vés, no limite, por isso, se calhar, a decisão
(de adiar o torneio) não foi tão má como me pareceu na altura. Um
torneio como este merece, sem dúvida, ter quatro voltas e não apenas
duas, sobretudo pelo segundo ano consecutivo. Foi uma excelente decisão
da organização adiar a prova e agora vem na altura certa».
O profissional da Srixon chega
com outro estatuto importante e histórico para o nosso país, dado ocupar
o 44º posto no ranking olímpico.
Se os Jogos Olímpicos fossem
agora, ele estaria bem dentro do top-60 e, por isso, apurado para o Rio
de Janeiro.
Outro motivo que leva Ricardo
Melo Gouveia a acreditar mais nas suas hipóteses, quatro meses depois, é
agora conhecer melhor o campo.
Em março, tinha explicado que
há dez anos não jogava no campo, «desde o Campeonato Nacional de Clubes
de 2005» e que «na única vez que tinha jogado no Madeira Islands Open
Portugal BPI tinha sido no Porto Santo Golfe», onde falhara o cut.
Agora, a situação é bem
diferente: «Desta vez já sei mais sobre o que me espera e isso poderá
permitir-me preparar-me melhor para o torneio. Vai ser bom ter passado
por lá em março e saber que tipo de shots e que tipo de preparação
preciso de fazer».
Ricardo Santos e Filipe
Lima são candidatos
Ricardo Melo Gouveia é o
português que tem estado mais em destaque, mas nunca se pode retirar da
lista de favoritos um jogador como Ricardo Santos, que conquistou aqui o
seu único título do European Tour, em 2012, depois de uma soberba volta
final em 63 pancadas.
Mesmo atravessando uma fase
menos boa, com três cuts falhados nos seus últimos torneios, o algarvio
de 32 anos renasce quando chega ao Santo da Serra, onde beneficia de um
enorme apoio e onde mostrou porque é apontado como o melhor golfista
português de sempre.
Ricardo Santos é um dos quatro
antigos campeões da prova que regressam para reviver os seus tempos de
glória, juntando-se aos argentinos Estanislao Goyá (2009, no Porto
Santo) e Daniel Vancsik (2007) e ao sueco Jarmo Sandelin (1996).
Ainda entre os candidatos ao
título, é impossível não referir Filipe Lima. É certo que o português de
33 anos nunca venceu a prova, mas é sempre um perigo para a
concorrência.
Foi 10º em 2014, 9º em 2013 e
4º em 2011 (no Porto Santo). Gosta do campo e vem motivado depois de um
top-15 na semana passada no Challenge Tour.
Filipe Lima é, aliás, um dos
15 jogadores na lista de inscritos que sabe bem o que é vencer um
torneio do European Tour.
Para além de Lima e Santos, os
outros 13 jogadores presentes no Santo da Serra que têm a aura de
campeões do European Tour, para um total de 23 troféus são os seguintes:
Jarmo Sandelin (5 vitórias), Kenneth Ferrie (3), Daniel Vancsik (2),
José Manuel Lara (2), Estanislao Goyá, John Parry, Lee Slattery, Simon
Thorton, Rhys Davies, Jeppe Huldahl, Peter Lawrie, Fredrik Andersson Hed
e Maarten Lafeber.
4 top-100 da Corrida
para o Dubai e todo o top-ten da Corrida para Omã na luta pelos 600 mil
euros de prémios
A qualidade do ‘field’ vê-se
ainda por competirem pelo total de 600 mil euros em prémios monetários
cinco jogadores classificados entre os 100 primeiros da Corrida para o
Dubai (o ranking do European Tour): o tailandês Prom Meesawat (75º), o
italiano Renato Paratore (82º), o inglês Chris Paisley (83º) e o
espanhol Adrian Oategui (99º).
Como é hábito, o Madeira
Islands Open Portugal BPI não conta apenas para os rankings mundial e do
European Tour. Este ano tem a novidade de também atribuir pontos para o
ranking olímpico mas um aspeto sempre importante é ser o torneio mais
importante do calendário do Challenge Tour.
É o Major da segunda divisão
europeia e atrai a nata deste circuito, não sendo de admirar que tenham
vindo à Madeira todos os jogadores do top-ten da Corrida para Omã: 1º
Ricardo Melo Gouveia (Portugal), 2º Sebastien Gros (França), 3º Rhys
Davies (País de Gales), 4º Nacho Elvira (Espanha), 5º Jack Senior
(Inglês), 6º Thomas Linard (França), 7º Jens Fahrbring (Suécia), 8º Ryan
Fox (Nova Zelândia), 9º Haydn Porteous (África do Sul), e 10º Jamie
McLeary (Escócia).
Aliás, todos os vencedores de
torneios do Challenge Tour desta temporada disseram presente, incluindo
Ryan Fox, o vencedor de Domingo passado no Le Vaudreuil Golf Challenge,
que conta ainda com dois títulos do Australasian Tour.
Os campeões deste ano no
Challenge Tour são: Nacho Elvira (campeão em Madrid e Áustria), Rhys
Davies (Turquia e Espanha), Borja Virto Astudillo (Eslováquia), Max
Orrin (Dinamarca), Jens Fahrbring (República Checa), Daniel Im (Suíça),
Jack Senior (Escócia), Sebastien Gros (França, Aa St. Omer), Jamie
McLeary (Bélgica), Haydn Porteous (Quénia), Ryan Fox (França, Le
Vaudreuil) e, claro, Ricardo Melo Gouveia (Alemanha).
Outros jogadores destacam-se
na lista de inscritos:
Morritz Lampert e Benjamin
Hébert por terem conquistado, cada um, três títulos no Challenge Tour de
2014 – um feito!
Justin Walters quase venceu
uma das edições do Portugal Masters; Scott Henry perdeu num play-off
deste torneio madeirense; Garrick Porteous e Julien Guérrier são antigos
vencedores do British Amateur; François Calmels, Adrien Bernadet e
Renato Paratore são ex-campeões do Campeonato Internacional Amador de
Portugal; e Joachim B. Hansen, que liderava o torneio em Março, quando
foi cancelado e adiado.
Outros sete portugueses
com ambições
Claro que para o público e os
media portugueses, a cereja no topo do bolo seria uma nova vitória
portuguesa.
Para além de Ricardo Melo
Gouveia, Ricardo Santos e Filipe Lima, que integram o grupo dos
candidatos ao título, há mais sete jogadores portugueses em prova, que
necessitaram de convites para entrar.
Entre os amadores, a Federação
Portuguesa de Golfe enviou Tomás Bessa e o Clube de Golfe do Santo da
Serra premiou Carlos Laranja, um sub-16 de enorme potencial.
Entre os profissionais, o
Clube de Golfe do Santo da Serra recompensou o seu treinador, João Pedro
Sousa, enquanto a PGA de Portugal, mediante protocolo em vigor com o
clube, atribuiu os seus convites a Pedro Figueiredo, Tiago Cruz, João
Carlota e Gonçalo Pinto.
Entre estes jogadores, há que
dar algum destaque a Tiago Cruz que este ano venceu a Taça Ibérica em
Espanha, o Open da Ilha Terceira e o II Morgado Classic do Algarve Pro
Golf Tour, para além de ser o atual campeão nacional.
Impacto mediático
internacional
O Madeira Islands Open
Portugal BPI é muito mais do que um evento desportivo, embora seja o que
mais impacto mediático traz à Região Autónoma da Madeira e tem um
impacto económico relevante na região.
«As imagens do torneio chegam
a 400 milhões de lares em todo Mundo, através das transmissões
televisivas. Promovem não só o golfe, como também a ilha da Madeira. O
Open tem-se revelado a forma mais económica de projetar a Madeira ao
mais alto nível», explicou o presidente do clube anfitrião, António
Henriques.
Com efeito, segundo os últimos
dados do European Tour apresentados em conferência de imprensa, o
Madeira Islands Open Portugal BPI chegou a 429 milhões de lares em todo
o mundo através de 340 horas de transmissões televisivas, divulgadas por
38 canais/estações. Só no site do European Tour, na página do Open
Madeirense registaram-se cerca de 350 mil usuários, sendo que 100 mil
foram visitantes do Reino Unido.
Importante na propagação da
imagem da Região Autónoma é a diversidade da lista de participantes e
este ano temos 156 jogadores de 23 países: Portugal, Espanha, França,
Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, Escócia, País de Gales, Inglaterra,
Irlanda, República Checa, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Estados
Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Chile, Argentina, Tailândia e África
do Sul.
Entretanto, o European Tour
anunciou no seu site oficial que está a fazer-se jurisprudência na
Madeira, na medida em que tornou-se «no primeiro torneio a ser
‘rejogado’ na história do European Tour».
Fonte: Gabinete Imprensa Madeira Islands Open
29 de Julho 2015
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