«Foi um bom
desempenho, foi ótimo, porque não venho de muitos bons resultados.
Comecei o Open da melhor forma, como já ansiava há algum tempo e espero
que assim continue», disse o n.º2 português, que somou 7 birdies e
sofreu apenas 1 bogey.
Os dois
Ricardos jogaram no mesmo grupo pela primeira vez em torneios do
Challenge ou do European Tour (já tinha acontecido em eventos do PGA
Portugal Tour) e a exibição de Santos inspirou Melo Gouveia a superar-se
num dia em que esteve bem mas não excelente como tem acontecido nos
últimos tempos.
O
impressionante em “Melinho” é o grau de confiança que o leva a alcançar
um bom resultado mesmo quando nem tudo está perfeito.
«O
resultado foi muito bom, mas não estive ao meu melhor nível no jogo
comprido, principalmente com o drive. Consegui recuperar bem dos shots
que falhei e meti alguns putts. Senti que poderia ter metido mais alguns
mas estou contente com a volta», comentou o n.º1 português e líder do
Challenge Tour, depois de entregar um cartão de 68 pancadas, 4 abaixo do
Par.
O algarvio
de 23 anos está a 5 pancadas do líder, empatado no 21º posto, e continua
a ter boas hipóteses: «Ainda falta muito jogo, muita coisa pode mudar e
é bom começar bem. Espero que amanhã consiga outro bom resultado para no
final da semana levantar o troféu».
Lima e Pinto
no cut provisório
Dos dez
portugueses em prova, há mais dois dentro do cut provisório, Filipe Lima
e Gonçalo Pinto, ambos no grupo dos 53º classificados, com 70 (-2), mas
com exibições distintas.
O português
residente em França jogou bem, mas poderia ter estado melhor nos putts,
enquanto o algarvio – que até terminou com um chip-in do bunker à
direita e à entrada do green do 18 – ressentiu-se do approach
desafinado.
Fora do cut
provisório mas com boas hipóteses, abaixo do Par, está João Carlota, com
71 (-1), em 75º empatado.
Já os
restantes portugueses precisam de uma grande segunda volta amanhã para
poderem passar o cut. Pedro Figueiredo e Tiago Cruz estão no grupo dos
119º (+1), Carlos Laranja em 143º empatado (+3), Tomás Bessa em 147º
empatado (+4) e João Pedro Sousa em 152º (+5), empatado com o filho do
malogrado Seve Ballesteros (Javier) e com o inglês Kenneth Ferrie que
até tem no seu palmarés três títulos do European Tour.
Destes
jogadores, merece algum destaque Carlos Laranja, porque tem apenas 15
anos, é um amador de talento e começou de rompante, com 2 birdies, antes
de acusar «ansiedade».
O sol brilhou
para todos
O Clube de
Golfe do Santo da Serra mostrou hoje a sua melhor cara, num dia
soalheiro, de temperaturas elevadas, com pouco vento de manhã e já um
vento bem mais forte à tarde.
O aspeto
mais insólito do dia talvez tenha sido o ruído dos motores do rali que
ontem teve uma jornada de treinos e verificações, forçando os golfistas
a uma concentração diferente ao que estão habituados.
Com
condições de jogo que o ex-campeão nacional, Pedro Figueiredo, catalogou
de «perfeitas, com bons greens, num dia para fazer algumas pancadas
abaixo», os jogadores do circuito europeu mostraram a sua qualidade.
Basta dizer
que 98 dos 156 jogadores bateram o Par-72 dos percursos Machico e
Desertas; houve 26 eagles, sendo que 15 deles aconteceram no buraco 11,
a jogar-se mais como um Par-4 do que como um Par-5; e carimbaram-se 641
birdies!
Foi um
festim, embora seja justo referir que quem jogou de manhã foi
beneficiado, dadas as rajadas de vento bem mais fortes à tarde, como bem
sentiram na pele Tiago Cruz e Tomás Bessa.
Mesmo
assim, foi um dos jogadores vespertinos a assumir o comando aos 18
buracos, o espanhol de 24 anos, António Hortal, apenas o 128º na Corrida
para Omã do Challenge Tour.
Com 1 eagle
e 8 birdies para apenas 1 bogey, Hortal assinou uma volta de 63 (-9) e
comanda com 1 pancada de vantagem sobre o seu compatriota Nacho Elvira,
que ficou isento de bogeys e colecionou 8 birdies.
«Gosto de
jogar com vento, por isso, foi perfeito», disse Hortal, que no ano
passado ganhou o Challenge da Catalunha e que em 2014 terminou em 3º
empatado (-6) neste torneio da Região Autónoma da Madeira: «Sei como se
deve jogar neste campo, devido às boas memórias que tenho do ano
passado, e isso faz com que tudo seja mais fácil».
O torneio
de 156 jogadores oriundos de 23 países prossegue amanhã, a partir das
08h00, com previsões meteorológicas complicadas. No final da segunda
volta, haverá um cut para os 65 primeiros em empatados.
Nacho Elvira
vence Pro-Am
Decorreu
hoje a cerimónia de entrega de prémios do Pro-Am com as presenças dos
representantes do BPI, Rita Lourenço e Diogo Louro, recebidos pelo
presidente do Clube de Golfe do Santo da Serra, António Henriques.
O Pro-Am
abriu ontem (quarta-feira) o programa do 23º Madeira Islands Open
Portugal BPI e foi conquistado pelo profissional Nacho Elvira.
O espanhol
emparceirou com os amadores Miguel Tavares Jr., Bernardo Calção e
Roberto Henriques, conseguindo um resultado de 55 pancadas, 17 abaixo do
Par.
A apenas 1
pancada de distância ficaram três equipas, dos profissionais Jerôme
Casanova (com os amadores Ana Bento, Rui Cunha e Timothy Broad), Tom
Murray (Milton Gouveia, António Vasconcelos e Adelino Pereira) e
Benjamin Hebert (Lino Bento, João Lopes e Manuel Sousa).
Declarações Dia 1
Fonte: Gabinete Imprensa Madeira Islands Open
31 de Julho 2015
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